Novo BMW X3 ganha frente polêmica e agora só vem com tração integral
Ainda que um facelift, novo visual do BMW X3 é ação ousada da marca. Nova linha ainda traz melhorias tecnológicas e alterações mecânicas
O visual do novo BMW X3, ao menos de frente, surgiu antes da hora graças a uma imagem vazada há alguns dias. Agora, a montadora alemã decidiu apresentar a nova linha do SUV com todas as novidades que não conhecíamos ainda.
Visualmente, o novo BMW X3 está mais parecido com o esportivo XM. Com o lançamento oficial, descobrimos que o polêmico desenho da grade, que causou diversas comparações na internet, é opcional no modelo mais básico (X3 20 xDrive) e no híbrido plug-in (X3 30e xDrive). Na versão M50 XDrive, com pegada esportiva, a peça é iluminada de de série, substituindo, entretanto, a combinação de linhas verticais e diagonais por simples aletas horizontais.
Vale lembrar que esse será um ponto de virada para a família de SUVs. Isso porque a próxima geração do iX3, versão elétrica do X3, não compartilhará o mesmo visual do seu ‘irmão’, sendo baseado no conceito Neue Klasse. A imagen vazada não mostrava como eram interior, de forma que agora podemos ver que a BMW deu uma bela renovada na cabine, com intuito de deixar o X3 mais próximo dos seus carros mais novos.
O SUV ganhou o onipresente par de telas unido sob uma moldura curvada, num total de aproximadamente 25″ que servem como quadro de instrumentos e a central multimídia. O novo sistema traz recursos como a possibilidade de baixar jogos e utilizar aplicativos de streaming e navegação com realidade aumentada sem necessidade Apple Carplay e Android Auto, ainda que eles estejam disponíveis sem fio.
Outro destaque é a decoração com uso intenso da BMW Interaction Bar, que é o nome dado às luzes coloridas nos frisos do painel que pulsam e mudam de cor para indicar algo para o motorista.
O X3 também ganhou melhorias no seu motor: as versões mais baratas são híbridas leves, com a tração integral e transmissão automática de oito marchas. No X3 20 xDrive, com motor 2.0 turbo a gasolina, isso resultou em 6 cv e 5 kgfm extras, levando-o aos 258 cv 40,78 kgfm. Essa versão vem equipada de quatro cilindros em linha. Também há o X3 20d xDrive, com motor 2.0 a diesel e também híbrido leve; são 197 cv que levam-no de 0 a 100 km/h em 7,7 s, mas um propulsor mais robusto está previsto talvez para a próxima linha.
Enquanto isso, o plug-in usa o mesmo 2.0 turbo do modelo mais básico e um outro motor elétrico para chegar aos 299 cv. A bateria não foi especificada, mas garante autonomia elétrica de até 90 km, segundo a BMW. O câmbio também é automático de oito velocidades e a tração é integral.
Já no mais esportivo BMW X3, o M50 xDrive, sob o capô vai um motor 3.0 turbo de seis cilindros em linha, cujo ganho foi de 12 cv e 8,15 kgfm. Agora são a 399 cv e 59,1 kgfm, mas o tempo de 0 a 100 km/h permaneceu em 4,6 s.
No mais, a BMW também trouxe mudanças que, segundo a montadora, melhoram a capacidade do SUV de fazer curvas. Entre as alterações, os engenheiros rebaixaram o SUV, adicionaram bitolas mais largas na traseira, deixaram a carroceria mais rígida e fizeram ajustes de geometria da suspensão.
Como de costume, a versão M50 ainda tem seus toques especiais, como amortecedores adaptativos, freios M Sport, rodas de 20 polegadas, exclusivas diferencial traseiro M Sport e saídas de escape quádruplas.
Sem uma versão com tração traseira, o preço-base do X3 sobe um pouco. O SUV parte dos US$50.675 e vai até os US$65.275, cerca de R$ 340.000 e R$ 356.650, respectivamente. A BMW ainda não disse quando a atualização chega ao Brasil.