Nissan Leaf tem desconto de R$ 62.690 para bombar suas vendas
Sentindo o tempo e com novos concorrentes, Leaf ficará sensivelmente mais barato para reajustar seu foco no mercado brasileiro de elétricos
Em um mercado tão recente quanto o de carros elétricos, o tempo passa mais rápido. Lançada em 2017, a atual geração do Nissan Leaf certamente tem seu lugar na história, dada a inovação que representou. Mesmo assim, seis anos é tempo demais para um elétrico, e o Leaf já sente as marcas do tempo.
Para amenizar essa situação, a Nissan anunciou um imenso desconto no modelo, que atualmente custa R$ 298.940 e passará a custar R$ 235.800. Segundo fontes que adiantaram o desconto de R$ 62.690, o principal motivo diz respeito às vendas, que estariam em baixa. Mas esse preço só vale para 30 unidades em todo o Brasil.
QUANTO ERA? R$ 298.940
QUANTO SERÁ? R$ 235.800
Em dezembro, o Leaf teve apenas 6 unidades emplacadas. Novembro foi um pouco melhor (63 emplacamentos), após um outubro que viu apenas 9 vendas. Em números absolutos, não é um desastre para o pequeno segmento de elétricos do Brasil, mas representa um sinal de alerta iminente para o carro do tipo mais vendido em 2021.
Em 2023, a coisa pode piorar, pois esse segundo escalão de EVs terá concorrência bem maior. Projetos mais recentes, como o BYD Yuan Plus e o Peugeot e-2008, devem roubar fatia de mercado na faixa dos R$ 260.000. Quem se dispõe a pagar mais do que R$ 300.000 dificilmente fugirá de alguma versão do Volvo XC40.
Com o imenso desconto, o Leaf deixará de ser o terceiro carro mais caro do seu grupo (abaixo do XC40 e do Chevrolet Bolt). O modelo da Nissan agora será a opção imediatamente acima do Peugeot e-208 (R$ 219.990) e do primeiro nível de preços dos elétricos, constituído pelos subcompactos urbanos Renault Kwid E-Tech, Caoa Chery iCar e JAC e-JS1.
Enquanto não traz sua nova geração de EVs ao Brasil, a redução no preço é saída encontrada pela marca para amenizar as fragilidades do Nissan Leaf. Entre pontos mais destacados no nosso último teste, o hatch peca principalmente na autonomia, de apenas 270 km (WLTP). Outro ponto falho é o carregador rápido, que opta pela tomada padrão CHAdeMO, incomum no Brasil.