“Não somos mais competitivos”, afirma CEO da VW em meio a crise na empresa
Apesar de ainda se manter como segunda maior vendedora de carros no mundo, a VW não está passando por momentos facéis atualmente
A fama da Volkswagen é inegável. Em 2022, juntando todas as marcas do grupo alemão, ele foi o segundo que mais vendeu carros em todo o mundo, ficando atrás somente da Toyota.
No entanto, mesmo com esses dados positivos, parece que a Volkseagen como marca não passa por um momento estável financeiramente e deve demitir alguns funcionários para tentar se “salvar” do esquecimento.
Segundo a Reuters, os gerentes da VW teriam afirmado a seus funcionários que algumas demissões serão necessárias para ajudar a poupar € 10 bilhões (cerca de R$ 54 bilhões) para a recuperação plena da saúde da marca em um cenário automotivo de tantas mudanças.
A Volks tem duas principais causas pra essa baixa. A primeira está na perda de mercado na China, muito por conta do crescimento de montadoras chinesas e da Tesla. Outro motivo é a baixa procura sobre seus modelos elétricos na Europa, forçando a empresa a interromper a produção destes veículos por lá.
Thomás Schaefer, CEO do Grupo Volkswagen, não mediu palavras e em recente reunião afirmou às pessoas presentes que a empresa, no cenário atual, “não é competitiva” como resultado de altos custos e ineficiências dentro da organização. “Com muitas de nossas estruturas, processos pré-existentes e custos elevados, não somos mais competitivos como a marca Volkswagen”, disse Schaefer durante uma reunião de equipe na sede em Wolfsburg, na Alemanha, segundo da Reuters.
Gunnar Kilian, membro do conselho de Recursos Humanos, afirmou na mesma reunião que seria possível diminuir alguns gastos com reduções nos números de funcionários se alguns deles concordassem com a aposentadoria parcial ou antecipada. Porém, Gunnar também explicou que apenas essa estratégia não será possível poupar todo o montante que a VW precisa e outras medidas devem ser tomadas.
“Precisamos finalmente ser corajosos e honestos o suficiente para jogar fora coisas que estão sendo duplicadas dentro da empresa ou que são simplesmente lastro de que não precisamos para bons resultados”, disse Kilian, segundo a Reuters.
O primeiro passo já foi dado. Recentemente, a Volkswagen já anunciou que vai criar uma nova plataforma para elétricos exclusiva para China, mercado onde a montadora mais sofre para conseguir clientes. Com essa estratégia a montadora buscar reduzir os gastos de produção, já que a custo de fabricação no território chinês é mais barato que na Europa.