Os brasileiros conheceram o ASX em 2010, quando o ele chegou ao país importado do Japão. O gosto foi mútuo, o carro resolveu criar raízes aqui e começou a ser produzido na fábrica brasileira da Mitsubishi, em Catalão, Goiás. É o sétimo veículo da marca a ganhar nacionalidade brasileira, nos moldes dos demais. A Mitsubishi é representada pelo Grupo Souza Ramos, que produz os veículos sob licença da japonesa.
Visualmente, o ASX nacional não sofreu mudanças, já que uma leve reestilização foi apresentada no começo do ano. A central eletrônica do motor foi reprogramada e a suspensão teve melhorias. Molas e amortecedores passaram por reajuste de carga, visando aumentar o conforto em pisos acidentados. O carro ficou 15 mm mais alto, mas a engenharia brasileira afirma que a alteração não trouxe prejuízos à estabilidade. “Sob grande solicitação, os amortecedores reagem à pressão maior e tornam-se mais firmes”, diz Reinaldo Muratori, diretor de engenharia da Mitsubishi. Além disso, o ASX brasileiro agora conta com rodas de 18 polegadas. Para compensar o aumento, os pneus têm a medida 225/55, ante 215/60 R17 do japonês.
O revés está no consumo, que piorou. O ASX japonês fez 8,5 e 10,6 km/l, nos ciclos urbano e rodoviário – marcas mais convidativas que as do “nosso”.
A nacionalização do ASX exigiu um investimento de 77 milhões de reais e faz parte de um projeto de expansão da Mitsubishi, que contará com a ampliação da planta goiana – cuja meta é dobrar a capacidade produtiva no Centro-Oeste.
Hoje cerca de 64% dos componentes do ASX são nacionais, mas o índice será elevado para 80% até o fim do ano, quando alguns itens importados passarem a ser produzidos aqui. O motor, por exemplo, é montado em Goiás, mas as peças vêm de fora, bem como transmissões e componentes eletrônicos.
A produção local não trouxe reduções maiores que 1,5% no preço. A versão CVT AWD custa 99 990 reais, ante 101 490 reais do importado. Com teto de vidro e xenônio, vai a 105 990 reais.
VEREDICTO
O preço alto vem acompanhado de uma generosa lista de equipamentos. Consumo poderia ser melhor, mas não falta conforto.