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Mercedes-AMG S 63 é esportivo de 802 cv disfarçado de sedã de luxo

Primeiro Classe S AMG híbrido mantém boa parte da aparência do modelo padrão, mas ganha sistema híbrido que garante desempenho impressionante

Por João Vitor Ferreira
9 dez 2022, 19h46

Esta não é a primeira vez que a AMG trabalha em uma versão do Mercedes Classe S, mas é a primeira vez que a divisão esportiva usa motores elétricos para melhorar o desempenho do sedã de luxo.

O Mercedes-AMG S 63 E Performance combina um motor V8 com outro elétrico no eixo traseiro para criar o Classe S mais potente já feito.

Logo de cara já vemos que se trata de um AMG. A grade dianteira com os tradicionais filetes verticais da divisão esportiva, combinada com a grande estrela da Mercedes ao centro, não deixam o modelo mais agressivo que sua versão padrão. O para-choque dianteiro, com seu visual batizado de “jet-wing” traz mais esportividade ostentando as duas grandes entradas de ar nas extremidades.

Mercedes AMG S 63 E PERFORMANCE
(Divulgação/Mercedes-Benz)

Na outra extremidade, todo o conjunto é mais pacífico, passando aquele ar de sedã familiar que o Classe S costuma ter. As lanternas não mudam e a principal diferença encontra-se no para-choque, que traz um pouco mais de esportividade e abriga os dois pares de escapamento em forma de trapézio – esses sim são verdadeiramente esportivos. No geral, ele ainda parece um sedã luxuoso, o que da esse impressão de “lobo em pele de cordeiro”

Mecânica

O que realmente empolga no S 63 é o seu conjunto mecânico. Diferente dos Classe C (C63 e C43, especificamente), o Classe S não abandonou os motores grandes, mantendo-se com o tradicional 4.0 V8 biturbo, que gera 612 cv e 91,77 kgfm e está montado na dianteira.

Mercedes AMG S 63 E PERFORMANCE
(Divulgação/Mercedes-Benz)

No eixo traseiro há um motor elétrico de 190 cv e 32,6 kgfm. Montada um pouco acima do motor, está a pequena bateria HPB 150 — inspirada em tecnologias da equipe de Fórmula 1 — de 13,1 kWh, que permite um alcance elétrico de 33 km. É bem pouco, mas de acordo com a Mercedes o foco é na esportividade. Ao todo, o conjunto híbrido soma 802 cv e 145,8 kgfm.

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Cada uma das 1.200 células da bateria é resfriada individualmente por um líquido de arrefecimento que é bombeado entre elas. Desse modo, a bateria consegue manter-se na média de 45ºC, que de acordo com a Mercedes, ajuda a prolongar a sua vida útil e maximizar sua eficiência.

Mercedes AMG S 63 E PERFORMANCE
(Divulgação/Mercedes-Benz)

A regeneração da carga da bateria tem níveis diferentes que vão desde o 0, em que o carro funciona basicamente como um modelo a combustão, aumentando até o três, onde ele quase vira um elétrica com função “one pedal”. Segundo a Mercedes, até 90 kW podem ser recuperados no nível máximo.

A montadora afirma que o S 63 chega facilmente aos 100 km/h, precisando apenas de 3,3 segundos para isso. Sua velocidade máxima é limitada aos 250 km/h, na Europa. Quem quiser atingir os 290 km/h no Velho Continente terá que desembolsar um dinheiro a mais para adquirir o kit AMG Driver Package, que virá de série na versão americana. Um detalhe interessante é que acima dos 120 km/h, automaticamente, o Classe S é rebaixado em 10 milímetros.

O S 63 tem sete modos de direção, que além de mudar a atuação dos motores, também alteram os quatro modos do AMG Dynamic, que comanda os controles de suspensão e estabilidade e o diferencial de deslizamento limitado automaticamente.

Mercedes AMG S 63 E PERFORMANCE
(Divulgação/Mercedes-Benz)

Como o nome sugere, no modo Electric apenas o motor elétrico traciona o carro, através de uma transmissão de duas marchas (frente e ré). Mesmo assim, graças ao sistema AMG Performance 4MATIC+, a tração integral é garantida, mas só quando as rodas traseiras patinam. Nesse caso, o torque do motor elétrico é enviado ao eixo dianteiro.

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Nesse modo, o S 63 pode chegar aos 140 km/h e emite um som amplificado do motor elétrico para quem está do lado de fora.

Mercedes AMG S 63 E PERFORMANCE
(Divulgação/Mercedes-Benz)

Caso a bateria descarregue ou o motorista solicite mais potência, automaticamente, o modo Comfort é acionado. Ele é o ideal para o dia a dia, controlando a atuação dos dois motores de acordo com a necessidade. Em velocidades baixas, o elétrico atua sozinho e em velocidades maiores, ambos trabalham para maximizar o consumo. Já o câmbio de nove marchas acoplado ao V8 faz trocas mais suaves para manter o conforto.

Mercedes AMG S 63 E PERFORMANCE
(Divulgação/Mercedes-Benz)

Há ainda a opção de colocar o carro em “Battery Hold”, atuando como o Comfort, mas mantendo a carga da bateria sempre no mesmo nível. Nos dois modos mais suaves, o AMG Dynamic fica configurado automaticamente no modo “Basic”, que configura o conjunto de suspensão e o controle de estabilidade para deixar o S 63 com um rodar mais confortável.

A coisa começa a ficar séria no modo Sport. O motor elétrico libera mais impulso e o câmbio faz trocas mais curtas e reduções mais rápidas, enquanto o acelerador fica mais responsivo. O AMG Dynamic fica configurado no modo “Advance”, diminuindo o amortecimento de guinada e deixando o carro mais preparado para uma condução esportiva.

Mercedes AMG S 63 E PERFORMANCE
(Divulgação/Mercedes-Benz)

O modo Sport+ entrega tudo do anterior, só que em nível máximo. A marcha lenta tem sua velocidade aprimorada para beneficiar as arrancadas enquanto o conjunto de suspensão e tração assume o modo Pro, que dá mais assistência ao motorista em manobras dinâmicas de direção, enquanto a agilidade e o feedback da estrada nas curvas são aprimorados.

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Por fim, o modo Slippery (ou escorregadio) é ideal para estradas lisas e sinuosas, deixando a curva de torque plana e desligando a condução exclusivamente elétrica. Já o Individual permite que o motorista configure como bem entender todas as características de tração, transmissão, AMG DYNAMICS, suspensão, direção e sistema de escape.

Mercedes AMG S 63 E PERFORMANCE
(Divulgação/Mercedes-Benz)

Outro detalhe interessante do S 63 é que o motor tem coxins controlados eletronicamente, que variam sua rigidez para favorecer o conforto ou a esportividade. As barras estabilizadoras são divididas em duas partes por um atuador eletromecânico, que pode separar as metades, para um rodar suave, ou juntá-las, para melhorar o desempenho nas curvas.

O freio dianteiro tem pinça fixa de alumínio de seis pistões com discos 400×38 mm ventilados internamente e perfurados. Na traseira, pinça é flutuante e há apenas um pistão. Um conjunto de cerâmica é opcional.

Mercedes AMG S 63 E PERFORMANCE
(Divulgação/Mercedes-Benz)

Por dentro, o S 63 traz a elegância de um bom sedã. O acabamento e os bancos são em couro Napa com costuras contrastantes. O volante multifuncional AMG Performance tem design de raio duplo e permite alternar entre os modos de condução, além de selecionar os níveis de regeneração de energia.

Mercedes AMG S 63 E PERFORMANCE
(Divulgação/Mercedes-Benz)

O MBUX controla tanto a central multimídia, quanto o painel de instrumentos digital. Os dois transmitem informações e gráficos de desempenho exclusivos da AMG e são totalmente configuráveis, além de serem auxiliados por um head-up display.

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O sedã traz uma série de itens de segurança e assistentes de direção, como frenagem de emergência autônoma com reconhecimento de pedestres e ciclistas, assistente de troca de faixa, controle de distância ativo, leitor de sinais de trânsito e semáforos e alerta de ponto cego.

Mercedes AMG S 63 E PERFORMANCE
(Divulgação/Mercedes-Benz)

Porém o Drive Pilot (sistema autônomo de nível três da Mercedes), que permite ao motorista fazer outras coisas enquanto dirige em estradas até 60 km/h ou em um trânsito carregado, só estará disponível após seu lançamento.

Mercedes-AMG S 63 E Performance está programado para o segundo trimestre de 2023 e ainda não tem preço definido.

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