Carros elétricos

Os absurdos do Mercedes-AMG EQS 53, o sedã elétrico que anda como Ferrari

Primeiro elétrico da AMG é um sedã com duas toneladas e desempenho equiparável ao de uma Ferrari Roma

Por Henrique Rodriguez SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 1 dez 2022, 17h40 - Publicado em 1 dez 2022, 17h20

Mercedes-AMG EQS 53 4MATIC+, 2021Mercedes-AMG EQS 53 4MATIC+, 2021

A AMG, divisão de alto desempenho da Mercedes, nunca havia colocado as mãos em um carro elétrico até a criação do Mercedes-AMG EQS 53. Dando spoiler dos absurdos desse carro, vai além de ser a versão mais potente do EQS e também é o Mercedes mais rápido da atualidade.

Absurdo 1 – Desempenho

O Mercedes-AMG EQS 53 tem dois motores elétricos, instalados um em cada eixo, que somam 658 cv de potência e 96,9 kgfm de torque em condições normais, sendo capaz de chegar aos 100 km/h em 3,8 segundos.

Mas o carro testado está dotado do pacote AMG Dynamic Plus, que libera o pico de 761 cv e o torque, para 104,01 kgfm, reduzindo o tempo de aceleração até os 100 km/k para 3,4 segundos, exatamente o mesmo tempo que obtivemos em nosso teste de pista. É a mesma aceleração de uma Ferrari Roma. Todo esse desempenho extra custa R$ 60.000.

Absurdo 2 – Som de motor a combustão

Sim, carros elétricos são absolutamente silenciosos e não seria diferente no sedã elétrico equivalente ao Classe S. Mas aqui o sistema de som tem uma segunda função que é emular o som de um bom motor seis cilindros em linha da Mercedes quando o modo de condução mais esportivo está ativado. Você vai precisar assistir ao vídeo para ver que é um som falso, mas um som convincente.

Absurdo 3 – Modos de condução mudam bastante o carro

Mercedes-AMG EQS — – (Divulgação/Mercedes-AMG Petronas Motorsport)

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São cinco modos de condução: Slippery, Comfort, Sport, Sport+. E a mudança no comportamento da direção e da suspensão entre eles é gigante. A suspensão é pneumática e ela se adapta a cada condição rapidamente, graças às suas duas válvulas de alívio de pressão.

A unidade de controle da suspensão analisa os dados, incluindo dados dos sensores de aceleração e trajetória da roda, para ajustar a força de amortecimento de cada roda em alguns milissegundos para se adequar à situação.

Absurdo 4 – Eixo traseiro direcional

Na hora de estacionar esse sedã de mais de cinco metros, um outro absurdo muito bem-vindo. Ele tem um eixo traseiro direcional. O ângulo de até 10° facilita muito as manobras de estacionamento. O diâmetro de giro é de 11,5 metros, mesmo patamar de veículos médios.

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Absurdo 5 – Maçanetas ocultas e aerodinâmicas

As maçanetas ocultas e escamoteáveis impressionam por aparecerem, iluminadas, apenas quando o motorista se aproxima do carro. E elas não só conferem sofisticação para a carroceria, mas têm função aerodinâmica.

Absurdo 6 – Um dos melhores em aerodinâmica

Para tornar possível o coeficiente aerodinâmico de apenas 0,23 cx, a carroceria do Mercedes EQS é repleta de difusores, aletas e tem spoiler traseiro maior. E o próprio desenho do teto com caimento próprio de cupê e das rodas de 21” são otimizado para reduzir o arrasto. Essa redução do arrasto permite um aumento de desempenho e também de autonomia.

Absurdo 7 – Sedã ou notchback?

Na traseira, a tampa do porta-malas abre como em notback, ou seja, junto com o vidro. É uma forma de permitir um bom vão de acesso ao compartimento quando se tem um terceiro volume tão curto. Por sinal, o porta-malas tem capacidade de 530 litros.

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Absurdo 8 – Telas gigantes

O painel do Mercedes-AMG EQS é uma enorme placa de vidro Gorilla Glass, como as telas de smartphones. Esse vidro dá a impressão de ser uma enorme tela, mas são três telas na verdade.

Mercedes-AMG EQS 53 4Matic (Divulgação/Mercedes-Benz)

A tela central tem 17,7” e as das extremidades têm 12,8”. A tela do passageiro é touch e permite configurar o bluetooth, o sistema de massagem dos bancos dianteiros e até escutar uma música diferente do motorista por meio do pareamento de um fone sem fio. Já o quadro de instrumentos não é touch, mas pode ser controlado por meio de botões sensíveis ao toque na parte esquerda do volante.

Absurdo 9 – GPS nativo

A multimídia é equipada com GPS nativo que avança por todo o painel e traz uma experiência inédita para o condutor – é possível visualizar uma área bem maior do mapa e quando se está aproximando.

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Absurdo 10 – Realidade aumentada

Outro auxílio importante é a combinação da imagem da câmera frontal, exibida na tela com setas indicativas para evitar qualquer engano – a chamada realidade aumentada. Os comandos também podem ser exibidos no quadro de instrumentos e no HUD (Head Up Display) – esses últimos podem assumir uma série de grafismos personalizados.

Há mais 10 absurdos que você só vai conferir em nosso vídeo, mas posso adiantar uma informação importante: o Mercedes-AMG EQS 53 custa a partir de R$ 1.350.090 no Brasil. Custa pelo menos um terço do preço de uma Ferrari Roma e ainda pode levar três passageiros no banco traseiro com muito conforto.

Teste Quatro Rodas – Mercedes-AMG EQS 53

Aceleração
0 a 100 km/h: 3,4 s
0 a 1.000 m: 21,6 s – 234,1 km/h
Velocidade máxima: 220 km/h (Limitado eletronicamente)
Retomadas
D 40 a 80 km/h: 1,4 s
D 60 a 100 km/h: 1,6 s
D 80 a 120 km/h: 2 s
Frenagens
60/80/120 km/h a 0: 12,9/23/51,7 m
Consumo
Urbano: 5 km/kWh
Rodoviário: 4,1 km/kWh
Ruído interno
Neutro/RPM máx.: n/d/-
80/120 km/h: 57,7/63,3 dBA
Aferição
Velocidade real a 100 km/h: 97 km/h
Rotação do motor a 100 km/h: –
Volante: 2 voltas

Ficha Técnica – Mercedes-AMG EQS 53

Motor: dois, elétricos, síncronos, dianteiro com 238 cv e 42,3 kgfm; traseiro com 455 cv e 42,3 kgfm; total de 761 cv e 104,01 kgfm com Dynamic Plus
Câmbio: automático, 1 marcha, tração integral
Bateria: íons de lítio, 107,8 kWh
Direção: elétrica progressiva, 11,3 m (diâm. de giro)
Suspensão: Duplo A (diant.), multibraços (tras.)
Freios: discos ventilados (diant. e tras.)
Pneus: 265/40 R21
Peso: 2.655 kg
Dimensões: comprimento, 522,3 cm; largura, 192,6 cm; altura, 151,8 cm; entre-eixos, 321; porta-malas, 580 litros; autonomia 580 km