Os boatos de que a FCA seria comprada pelos chineses estão cada vez maiores. Mas a venda pode ser diferente do que muitos imaginavam. Isso porque a Automotive News revelou que a Great Wall Motor Co. estaria interessada em adquirir a Jeep, e não todo o grupo FCA.
Se isso realmente acontecer, a Jeep seria separada do restante do conglomerado, deixando em xeque o futuro de Fiat, Chrysler, Dodge e RAM. Esse movimento não seria inédito para a empresa, já que a própria FCA admitiu que cogita fazer o mesmo com Alfa Romeo e Maserati. A Ferrari não faz mais parte do grupo desde 2016.
A presidente da Great Wall, Wang Fengying, confirmou à Automotive News que a Great Wall pretende adquirir a Jeep e já “contatou a FCA” para iniciar as negociações. A declaração de Fangying, aliás, contradiz o discurso da FCA, que desmentiu qualquer tipo de contato por parte da Great Wall.
O interesse dos chineses na Jeep faz sentido. Afinal de contas, analistas de mercado asseguram que a marca off-road é a mais desejável do portfólio da FCA, valendo mais do que o próprio grupo, aliás.
Xu Hui, porta-voz da Great Wall, afirmou que a empresa expressou interesse indireto na Jeep, mas ainda não fez uma proposta oficial de compra.
“Estamos muito interessados na marca e a monitoramos há muito tempo. Nosso objetivo é se tornar a maior fabricante de SUVs do mundo, e adquirir a Jeep, uma marca forte e reconhecida globalmente neste segmento, nos daria condições de atingir esta meta mais rapidamente”, declarou Hui.
Possível interesse da concorrência
Se a Great Wall surge como possível candidata à adquirir a Jeep, uma fabricante de peso do mercado norte-americano também estaria na lista de interessados.
A Automotive News cita que a GM (que já rejeitou veementemente qualquer chance de fusão com a FCA em 2015) poderia adquirir a Jeep para preencher a lacuna deixada pela extinta Hummer dentro do grupo General Motors. Por enquanto, nada passa de mera especulação.
De qualquer maneira, a Jeep não seria a primeira nem a última empresa adquirida pelos chineses. A Geely já adquiriu a Volvo e a Lotus, enquanto a Pirelli também virou propriedade dos asiáticos. O mercado norte-americano ainda não foi assediado pelos poderosos da China. Pelo menos por enquanto.