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Volkswagen Parati Surf era a queridinha de quem queria pegar uma onda

Para os entusiastas da VW, o modelo representou o momento mais feliz nos 30 anos de história da perua

Por Felipe Bitu | Fotos: Marco de Bari
Atualizado em 27 fev 2021, 10h31 - Publicado em 7 dez 2015, 14h23
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  • VW Parati Surf

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    Quando o Passat Surf foi lançado em 1978, houve quem sentisse falta de um bagageiro para transportar pranchas no teto. A temática praiana empregada pelo fabricante de São Bernardo do Campo (SP) conquistou um público jovem que buscava um carro versátil e confortável, com boa dirigibilidade e desempenho satisfatório para curtir os fins de semana no litoral.

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    O Passat deixou a praia de mansinho, mas entregou a parafina à Parati, nascida em 1982. A perua derivada do Gol tornou-se queridinha dos jovens surfistas e também dos pais de família trintões e quarentões que surfaram em verões passados.

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    O sucesso era tanto que aniquilou a concorrência, formada por Fiat Panorama, Chevrolet Marajó e Ford Belina.

    VW Parati Surf

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    Com o fim do Passat em 1988, a Parati desceu a serra sozinha. Seu carisma era tão forte que, nos anos 90, enfrentou sem medo rivais mais atuais, como Fiat Elba e Chevrolet Ipanema, ambas com quatro portas. Mas a iminente chegada do Gol Bolinha (G2) em 1994 indicava que se aproximava a hora de se aposentar.

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    Foi uma despedida em grande estilo: a velha rata de praia ganhou um banho de loja que a deixou mais vistosa que a top de linha GLS.

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    Denominada Surf, a série especial trazia em 1994 – ainda com a cara da primeira geração – itens exclusivos e acessórios vindos de outros modelos, facilmente identificáveis pelos entusiastas da marca alemã.

    A pintura metálica (sempre na cor Azul Havaí) se estendia pela carcaça dos espelhos, servindo de base para a decoração externa formada por grafismos em forma de onda aplicados nas laterais.

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    Sobre o teto, o prático bagageiro que o Passat nunca ofereceu. Os faróis auxiliares de longo alcance sobre o para-choque dianteiro eram um charme à parte.

    VW Parati Surf

    O interior continuava o mesmo: espaço para quatro adultos e um bom porta-malas (para a época) de 382 litros, comprometido só pelo estepe posicionado na vertical. Os encostos de cabeça eram vazados, de acordo com a tendência. A manopla de câmbio do Gol GTS e o volante de quatro raios do Santana encerravam os últimos retoques de esportividade.

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    Mesmo assim, a Parati não escondia sua origem franciscana: o painel de instrumentos trazia velocímetro, conta-giros, hodômetro parcial, relógio digital e marcador de temperatura, mas sem manômetro de óleo. O sistema de som se resumia a quatro alto-falantes: além do rádio toca-fitas, faltava também o acionamento elétrico de travas, vidros e espelhos.

    VW Parati Surf

    De opcional, só ar-condicionado e a direção hidráulica progressiva, notável pela sua leveza e precisão. As rodas de liga eram outra herança do Santana e vinham com largos pneus 185/60 R14. Neutra, a Parati Surf era levemente subesterçante no limite da aderência, mas a falta de discos ventilados comprometia as frenagens.

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    O motor VW AP-1800 tinha ânimo de sobra. Seu torque generoso casava perfeitamente com o câmbio de relações longas, que permitia ao motor girar a menos de 3 000 rpm a 120 km/h. A aerodinâmica precária comprometia o rendimento: velocidade máxima de 163,5 km/h e consumo rodoviário de 12,16 km/l, no teste da QUATRO RODAS de abril de 1993.

    Hoje, os poucos exemplares remanescente da Parati Surf são mais disputados que ondas na praia de Waikiki – a que ilustra esta reportagem, um modelo 1995, pertence ao colecionador paulista Samuel Rezaghi Souza.

    Reeditada em 2008, a série especial Surf (agora com mais cores) foi apenas uma vã tentativa de disfarçar as rugas da combalida quarta geração, que já não era referência de conforto, dirigibilidade ou desempenho. O melancólico crepúsculo nem de longe lembrava os áureos tempos em que a Parati reinava absoluta pelas praias brasileiras.

    FICHA TÉCNICA
    Motor longitudinal, quatro cilindros em linha, 8V
    Cilindrada 1.781 cm³
    Potência 88 cv a 5.200 rpm
    Torque 14,7 mkgf a 3.400 rpm
    Câmbio manual, cinco marchas, tração dianteira
    Dimensões 407,5 cm (comprimento); 144,6 cm (altura); 162,2 cm (largura); 235,8 cm (entre-eixos)
    Peso 975 kg
    Pneus 185/60 HR14 radiais
    Consumo urbano 8,22 km/l
    Consumo rodoviário 12,16 km/l
    0 a 100 km/h 13,33 s
    Velocidade máxima 163,5 km/h

     

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