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Governo divulga marcas com isenção de imposto para importar carros desmontados

Além das chineses BYD e GWM, que estão prestes a começar a produção local, empresas como Renault, Honda e Hyundai também obtiveram o benefício

Por Nicolas Tavares
10 ago 2025, 10h39
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BMW X1  (Divulgação/BMW)
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Anunciada há pouco mais de uma semana, após o governo negar o pedido da BYD para baixar os impostos para kits de veículos desmontados, a cota com alíquota zero de importação foi oficializada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O benefício foi disponibilizado para 15 fabricantes no total.

A lista das montadoras comtempladas foi divulgada pelo MDIC na plataforma Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex). As cotas com isenção estarão disponíveis somente para veículos elétricos, híbridos e híbridos plug-in desmontados, e as empresas podem conseguir a permissão para quantas categorias quiser.

BYD SKD
Esquema mostra como é um kit SKD da BYD, em documento enviado ao governo (MDIC/Reprodução)

Segundo o MDIC, as fabricantes comtempladas são Audi, BMW, BYD, Caoa, GAC, GWM, Honda, Hyundai, Jaguar Land Rover, Kia, Mercedes-Benz, Omoda Jaecoo, Porsche, Renault e Volvo.

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Pelas regras criadas pela Câmara de Comércio Exterior (Cacex) do MDIC, as empresas listadas terão uma cota para importar o equivalente a US$ 463 milhões em kits de veículos, que serão montados aqui. Estes kits podem ser de carros semi-desmontados (SKD), quando a carroceria já está armada; ou totalmente desmontados (CKD), o que envolve uma montagem local da carroceria. Outra restrição é que a isenção vale por somente seis meses.

Audi, BMW, Caoa, Honda, Hyundai, JLR e Renault já produzem carros no Brasil, enquanto Kia, Mercedes-Benz, Porsche e Volvo não têm nem sequer uma fábrica no país. A Mercedes até chegou a erguer um complexo que fazia montagem em SKD, porém fechou o local e vendeu para a GWM.

Fábrica GWM Brasil

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Falando na chinesa, ela irá inaugurar a fábrica no dia 15 de agosto, começando a montagem pré-série do Haval H6 e também dos inéditos H9 e Poer P30. A operação iniciará com kits desmontados, porém a fabricante promete aumentar o índice de nacionalização até chegar a uma produção real no país.

A BYD, que pediu pela redução do imposto sobre o CKD e SKD para 5% e 10%, respectivamente, acabou ficando só com as cotas para carros híbridos plug-in e elétricos. Assim como a GWM, a chinesa também está para começar a produção nacional, esperando por algumas licenças do governo para inaugurar o complexo em Camaçari (BA).

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Entre as marcas restantas estão GAC e Omoda Jaecoo, duas fabricantes que já manifestaram seu desejo de produzir no Brasil. Porém, nenhuma delas avançou neste sentido. A GAC anunciou um investimento de US$ 1 bilhão no país para ter uma fábrica e um centro de desenvolvimento, enquanto a Omoda Jaecoo segue analisando se tentará reaver a linha de montagem em Jacareí (SP), hoje controlada pela Caoa, ou se optará por construir um novo local.

A presença da Renault nesta lista pode ser por causa da Geely. A marca chinesa fez uma joint venture com o grupo francês para operar no Brasil e há uma negociação para o uso da fábrica em São José dos Pinhais (PR). Com a isenção dos veículos desmontados, ficará menos custoso iniciar uma montagem local dos carros chineses.

O inesperado é a adição de nomes como Honda e Hyundai. A sul-coreana está para encerrar a montagem em Anápolis (GO) por conta do fim da parceria com a Caoa e nenhum dos carros feitos lá são híbridos ou elétricos. No caso da Honda, a japonesa atualmente produz seus carros integralmente no Brasil e não haveria necessidade de conseguir a isenção dos kits. Uma possibilidade é que a empresa vá montar algumas unidades dos primeiros híbridos nacionais com peças importadas.

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