Exclusivo: Polo GTS toma lugar do Golf GTI como o VW nacional mais rápido
Informações oficiais obtidas por QUATRO RODAS revelam os dados de desempenho do próximo esportivo brasileiro
Aceleração até os 100 km/h em menos de 8,5 segundos, velocidade máxima acima dos 200 km/h. Esses são alguns números de desempenho do inédito Volkswagen Polo GTS apurados por QUATRO RODAS.
O hatch esportivo chega entre janeiro e fevereiro de 2020, com produção em São Bernardo do Campo (SP), para preencher o nicho de esportivos puro-sangue nacionais que ficou vazio com a saída de linha do Golf GTI.
Ao contrário do irmão maior, o Polo (e também o Virtus) GTS não serão o ápice de desempenho dentro da gama — este é o papel do Polo GTI europeu, que não virá ao Brasil.
A dupla fabricada em São Bernardo do Campo (SP) usará o mesmo 1.4 turbo de 150 cv e 25,5 mkgf com câmbio automático por conversor de torque e seis marchas já usados por Jetta, T-Cross e Tiguan.
Segundo dados oficiais da Volkswagen ainda não tornados públicos, mas obtidos em primeira mão por QUATRO RODAS, o Polo GTS acelera de 0 a 100 km/h em 8,4 segundos, com velocidade máxima de 207 km/h.
Como referência, o antigo Golf 1.4, também conforme informações de fábrica, faz a mesma aceleração em 8,7 segundos e alcança até 203 km/h. Naturalmente isso se dá pelo peso do esportivo compacto, 1.213 kg, ligeiramente mais leve que os 1.238 kg do Golf.
Pimenta familiar
O Virtus GTS é ligeiramente mais lento na pista, de acordo com os números oficiais. O sedã chega aos 100 km/h em 8,7 segundos, mas a aerodinâmica superior típica dos sedãs resultou em uma maior velocidade máxima: 210 km/h.
O Jetta 250 TSI, que usa o mesmo motor, faz o 0-100 km/h em 8,9 segundos, mas consegue atingir a mesma máxima do Virtus. Aqui a diferença de peso é maior: 1.255 kg no GTS ante 1.331 kg do sedã mexicano.
O lançamento da versão esportiva do sedã do Polo foi uma batalha pessoal do designer José Carlos Pavone. Entusiasta dos esportivos da VW, ele foi responsável pela dupla GTS e pelo conceito Gol GT Concept, que acabou não sendo produzido.
“Defendemos a oferta da linha GTS também para o Virtus visando a atender clientes que possuem famílias maiores e não abrem mão de desempenho”, afirmou o brasileiro.
Além do novo trem de força, a dupla conta com um interior exclusivo, com elementos vermelhos, peças em preto brilhante no retrovisor e spoiler traseiro, e faróis totalmente em leds do Polo GTI.
O hatch europeu também empresta as lanternas para o irmão nacional.
Já o Virtus manteve as lanternas das demais versões nacionais, pois não há um Virtus GTI (afinal, o sedã sequer é vendido na Europa) e o custo de desenvolver novas peças não justificaria o investimento.
Outra característica única da dupla é a saída dos nomes “Virtus” e “Polo” da tampa do porta-malas. Em seu lugar há apenas a sigla GTS, que ganhou exclusividade na peça “por ser um nome forte”, segundo Pavone.
Justamente por conta disso, foi necessário explicar aos executivos alemães a importância da sigla, ilustre desconhecida do lado europeu da Volkswagen.