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Donos do Mirai estão processando a Toyota por mentir sobre o hidrogênio

Proprietários do Toyota Mirai entraram com ação coletiva contra a montadora alegando dificuldades no abastecimento e autonomia menor do que a anunciada

Por João Vitor Ferreira
18 jul 2024, 10h00
Toyota Mirai
Toyota Mirai, carro a hidrogênio testado no Brasil (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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A Toyota está entrando em uma briga judicial com os proprietários do Mirai, seu carro a hidrogênio de produção em série. Os condutores entraram com uma ação coletiva contra o departamento de marketing da empresa por “conduta ilegal”, pois estariam encontrando diversas dificuldades para abastecer o sedã com hidrogênio.

O sedã é vendido apenas na Califórnia, nos Estados Unidos. Os proprietários alegam que, diferente do que dizia a Toyota, não é tão fácil assim ter acesso ao hidrogênio. Os demandantes alegam que precisam percorrer distâncias muito longas para encontrar um posto de abastecimento que, na maioria das vezes, está inoperante ou sem o combustível disponível.

O principal problema relatado é o congelamento das bombas. Por muitas vezes, os motoristas precisam esperar para que o bico da bomba de abastecimento descongele para que então possam desconectá-lo de maneira segura, um processo que pode levar cerca de meia hora. Algo que passa longe de ser “comparável com o abastecimento de gasolina”, como dizia a Toyota nos anúncios do Mirai.

A frustração dos proprietários aumenta ainda mais quando o hidrogênio fica “dias indisponível”. Outro detalhe que também está incomodando proprietários do Toyota é a incompatibilidade do cartão de combustível oferecido pela fabricante com muitos postos. A montadora ofereceu um “vale abastecimento” de 15.000 dólares no momento da compra, como forma de incentivo para a venda do sedã.

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Toyota Mirai
Segundo os proprietários, não é tão fácil ter acesso ao hidrogênio como prometeu a Toyota (Fernando Pires/Quatro Rodas)

A promessa era que o cartão garantiria o abastecimento do carro por pelo menos cinco anos, mas essa parece ser outra promessa que foge da realidade. O preço do hidrogênio subiu cerca de 200% nos últimos dois anos, passando de U$ 13 por quilo em 2022, para U$ 36 por quilo neste ano.

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Se não bastasse isso, muitos também reclamam que a autonomia máxima do carro fica bem aquém do que foi anunciado. De acordo com a Toyota, o Mirai seria capaz de rodar até 575 km na versão Limited, e 675 km na XLE topo de linha. Mas os condutores alegam uma perda de aproximadamente 160 km no alcance máximo dos carros.

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Toyota Mirai
Ele está em sua segunda geração e é pouco maior do que um Camry (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Somando todos os problemas, os proprietários dizem que o carro é “praticamente inutilizável para o dia a dia”, sendo necessário o uso de um transporte alternativo e, no pior dos casos, de um guincho.

O Toyota Mirai teve sua primeira geração lançada nos EUA em 2015, com a segunda geração estreando 5 anos depois. A venda e aluguel do carro é exclusiva para o estado da Califórnia, justamente pela escassez do hidrogênio em outras localidades.

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É algo que tende a piorar: a Shell anunciou recentemente que fechará 55 postos de hidrogênio na Califórnia devido a problemas de abastecimento na rede.

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