Donos de Haval H6 PHEV34 2025 reclamam de perda potência e GWM chama todos

Proprietários do GWM Haval H6 PHEV34 2025 começaram a relatar, no início de julho, que ao trafegarem em rodovias com o ar-condicionado ligado enfrentaram uma redução da potência do motor até a parada completa do carro. As reclamações começaram no aplicativo My GWM, onde os proprietários podem participar de uma comunidade para o envio de relatos.

Diante de um volume maior de reclamações, a GWM enviou um comunicado oficial aos proprietários na última segunda-feira (12) assumindo o problema e convocando todos os modelos 2025 a comparecerem a uma concessionária GWM para inspeção.

QUATRO RODAS solicitou uma entrevista exclusiva com a marca para esclarecer melhor o problema.

“Nós identificamos o problema por meio do nosso aplicativo e prontamente a nossa área de engenharia começou a atuar para resolução da falha, de forma simultânea atendemos os clientes afetados em nossa rede”, diz Ricardo Bastos, diretor de relações institucionais e governamentais da GWM.

O problema em questão é uma falha na válvula termostática do sistema de refrigeração da bateria de alta tensão. A peça defeituosa não cumpre sua função, que é enviar o fluido refrigerante para resfriar o sistema de baterias. Devido a esse comportamento, a bateria começa a aquecer ativando o Modo de Proteção. Esse modo aciona uma luz-espia no painel com o desenho de uma tartaruga e a potência do motor é reduzida drasticamente com o objetivo de fazer o motorista parar o carro. 

Nos relatos que tivemos acesso, os clientes não conseguiam mais ligar o carro e alguns, após esperar cerca de uma hora, puderam seguir viagem. Isso acontece porque o sistema de baterias resfriou e o Modo de Proteção foi desativado. 

Todos os casos relatados ocorreram em rodovias, portanto com velocidades elevadas, e com o ar-condicionado ligado. Essa condição exige mais energia do pacote de baterias, que se aquece ao entregar mais energia. O arrefecimento eficiente, com líquido refrigerante, é primordial para o bom funcionamento e evita o superaquecimento. 

Segundo Bastos, em um primeiro momento a solução para o problema foi a substituição da válvula. “Ao todo 24 unidades realizaram a troca da válvula em nossa rede de concessionárias e o reparo físico teve êxito segundo relato dos clientes”, afirma Bastos.

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Mas, ainda segundo o executivo, o time de engenharia da GWM encontrou uma nova solução que demanda apenas a atualização do software de gerenciamento das baterias. “Com essa atualização o problema é resolvido e ela leva apenas 18 minutos para ser realizada, mas exige que o modelo esteja fisicamente na concessionária.” Estas atualizações começarão na próxima semana. 

Questionado se a atualização não poderia ser feita de forma remota “Over the Air” Bastos esclarece que quando se trata de módulos que envolvem segurança o sistema não permite que o reparo seja remoto. 

Segundo Bastos, a resolução do problema levou apenas 25 dias e credencia essa rapidez na solução ao bom relacionamento com os clientes no aplicativo My GWM. “Nós temos uma comunidade muito ativa e isso é valioso para a marca. Todos os clientes têm acesso ao app e as reclamações são acompanhadas em tempo real pelo nosso time de atendimento”, conclui.

Vale ressaltar que a marca informa que essa ocorrência não foi observada em nenhum outro modelo da linha GWM, nem mesmo no Haval H6 PHEV34 modelo 2024 (que usava válvula termostática diferente), portanto apenas os modelos 2025 do Haval H6 PHEV34 que foram chamados para verificação junto a rede de concessionárias.