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Dodge Polara: a estrela guia

Enorme e versátil, o modelo americano foi um dos carros mais populares dos anos 60 nos EUA, agradando famílias, frotistas e policiais de pé pesado

Por Felipe Bitu
Atualizado em 24 nov 2016, 19h55 - Publicado em 2 jan 2015, 16h06
Em seus 13 anos de vida, o modelo foi de um V8 7.2 a um seis-cilindros de 3,7 litros
Em seus 13 anos de vida, o modelo foi de um V8 7.2 a um seis-cilindros de 3,7 litros (Marco de Bari)

A estrela Polar é uma das mais brilhantes e a única fixa no Hemisfério Norte: guia dos navegantes por séculos, ela serviu de inspiração para batizar o Dodge Polara, um dos modelos mais versáteis da Chrysler Corporation, firmando sua posição entre as três grandes montadoras de Detroit.

Apresentado em 1960, ele era o topo de linha da Dodge, divisão entre a popular Plymouth e a requintada Chrysler. Oferecido como sedã, cupê, perua e conversível, tinha como rivais Chevrolet Impala e Ford Galaxie. A traseira ainda exibia discretos rabos de peixe.

Sob o capô estava o renomado V8 de bloco grande Chrysler B, com 6,3 litros e 325 cv: pesando cerca de 1 500 kg, não demorou para que se tornasse um dos sedãs mais rápidos e velozes do mercado, fazendo com que logo caísse nas graças das forças policiais, ao lado do primo Plymouth Fury.

O estilo polêmico do modelo 1961 provocou uma queda drástica nas vendas: crente de que a General Motors planejava um Impala menor, a Chrysler aderiu a essa tendência. Para surpresa de todos, o Impala manteve suas dimensões, mas ganhou a companhia do compacto Chevy II. O Polara ostentava um porte intermediário entre os dois.

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O Polara americano tinha 5,4 metros em sua versão cupê
O Polara americano tinha 5,4 metros em sua versão cupê (Marco de Bari)

Além de tamanho, o modelo também perdeu prestígio em 1962: o Custom 880 era o novo topo de linha da marca Dodge. No entanto houve um ganho expressivo de cilindrada e potência: o V8 Max Wedge com dois carburadores de corpo quádruplo chegava a 6,8 litros e 410 cv. Não havia nenhum outro mais rápido na sua faixa de preço.

No extremo oposto estava o modelo 1963, que ganhou motores menores: um seis-cilindros em linha de 3,7 litros (145 cv) e um V8 de bloco pequeno e 5,2 litros (230 cv) faziam a alegria dos frotistas que só queriam espaço, como os taxistas. O V8 6.3 estava de volta, dessa vez recalibrado para 305 cv.

O Polara retornou às grandes dimensões em 1965, mesmo ano deste cupê, que pertence ao colecionador paulista Pedro Ramiro Horn, de Santos (SP). O cupê na versão Monaco voltou ao topo da linha Dodge, mas tornou-se modelo independente em 1966. Quase idênticos, Polara e Monaco eram diferenciados por detalhes discretos, como a largura das lanternas traseiras.

Interior rico em cromados refletia tendência dos anos 60
Interior rico em cromados refletia tendência dos anos 60 (Marco de Bari)

O modelo 1969 trouxe vidros de perfil baixo e laterais curvas, definidos pelo estilo Fuselagem. Com o motor V8 de 7,2 litros e 375 cv, o Polara era a viatura mais rápida da polícia rodoviária da Califórnia: 0 a 100 km/h em 6,3 segundos e as perseguições poderiam atingir 235 km/h, recorde que levou décadas para ser quebrado.

O grande número de versões e carrocerias reduzia as margens de lucro da Dodge, selando o destino do Polara. Descontinuado em 1973 em favor do Monaco, o modelo é cultuado até hoje pelos entusiastas da marca americana.

IGUAL NO NOME

Se nos EUA o Polara era um sedã grande e potente, na América do Sul ele não ostentava o mesmo status: o argentino era uma variação do Dodge Dart, ao passo que o Polara brasileiro era uma evolução do Dodge 1800, baseado no Hillman Avenger inglês.

Ficha Técnica – Dodge Polara 1965

Motor 8 cilindros em V de 6,3 litros
Potência 325 cv a 4 800 rpm
Torque 59 mkgf a 2 800 rpm
Câmbio automático de 3 marchas
Carroceria fechada, 2 portas, 5 lugares
Dimensões comprimento, 539 cm; largura, 203 cm; altura, 157 cm; entre-eixos, 307 cm;
Peso 1 746 kg
0 a 100 km/h 7,2 segundos
Velocidade máxima 205 km/h
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