Dez tecnologias que já foram motivo de prestígio para os carros
Injeção eletrônica, ABS e ar-condicionado: esses itens eram tão exclusivos que mereciam um emblema para mostrar aos vizinhos o que os olhos não viam
Catalisador
Para atender a fase L2 do Proconve, o conversor catalítico – que reduz a toxicidade das emissões dos gases – foi introduzido no Brasil em 1992.
VW e Ford aproveitaram a novidade para inserir em seus veículos o “selo de qualidade” na traseira junto ao nome dos carros.
Se você até hoje ainda não sabe o que o catalisador faz, ou para quê serve, não se preocupe. Nos anos 90 ninguém sabia também.
Fuel Injection
A partir da linha 1957, o sistema de injeção de combustível entrou para a lista de opcionais do Chevrolet Corvette e, para destacar, os modelos foram diferenciados com uma plaqueta Fuel Injection colada em cada para-lama dianteiro.
ABS-T
Em 1995, as Chevrolet D-20 passaram a ser equipadas com freios ABS só no eixo traseiro para compensar a pressão exercida sobre os tambores de acordo com a carga do veículo.
Para fins de marketing, em uma época que só uma minoria de carros tinham sistema antitravamento, esse sistema foi denominado ABS-T.
Climatizzata
Nos anos 70, ar-condicionado ainda era artigo de luxo e, nos pequenos Fiat 131 (Mirafiori Special 1300 ou Familiare Special 1600), o acessório teve direito a uma plaqueta “Climatizzata” (climatizada em italiano) na tampa do porta-malas.
Não bastava viver o frescor dentro do carro. Era preciso mostrar à quem estava do lado de fora que as coisas lá dentro iam melhor.
Disc Brakes
O Mark 2 da Jaguar ganhou uma série de evoluções mecânicas em relação ao Mark 1 e uma delas ocorreu no sistema de freios, com discos no lugar dos velhos tambores.
A novidade veio tímida através de um pequeno emblema colado ao centro no para-choque traseiro. Mas estava lá, à mostra.
Electronic
A injeção eletrônica chegou ao Uno em 1992, mas o popular Mille ainda sobreviveu sem ela.
Nele, a Fiat instalou um carburador de corpo duplo e ignição eletrônica, mais eficaz que o platinado, mas precisava do “Electronic” na tampa traseira?
Não. Mas, na dúvida, o pessoal do marketing não hesitou em ressaltar o “avanço” tecnológico. As aspas são válidas porque a injeção eletrônica já existia.
Twin Cam
Algumas versões do Nissan Leopard, como a 3.0 Ultima, traziam motor V6 com duplo comando de válvulas.
Para diferenciá-la, a marca optou por um logo na tampa traseira: “V6 TWIN CAN 24 VALVE”.
Deu certo. Isso acabou virando uma espécie de grife, como o VTEC da Honda.
Ainda bem que o ar-condicionado era de série…
4DSC
“Carro esporte de quatro portas” é como a Nissan apresenta o Maxima desde a terceira geração mostrada nos EUA nos anos 80.
Não satisfeita, reforçou a esportividade nas janelas do sedã com o adesivo “4DSC” (four-door sports car).
Lambda Sond
Coube ao Volvo estrear no modelo 244 em 1976 a sonda lambda, ou sensor de oxigênio, responsável por medir a quantidade de oxigênio presente nos gases eliminados pelo motor.
A estreia foi comemorada com direito a um “logo” na grade do carro.
ABS
Os anos 90 foram importantes para os Pontiac, sobretudo os Firebird, que ganharam evoluções de estilo e mecânicas, como os freios ABS.
A inscrição ABS nas calotinhas centrais das rodas não são de alguma marca de terceiros: é realmente a sigla do sistema antitravamento.