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Depois de 34 anos, Volkswagen aposenta o motor VR6

Motor seis cilindros marcou época por ser compacto e potente, sendo usado em modelos como Golf, Passat, Cayenne e até deu origem ao W16 da Bugatti

Por João Vitor Ferreira
Atualizado em 25 dez 2024, 15h18 - Publicado em 25 dez 2024, 09h00
Motor do automóvel Golf GTI VR6, modelo 2003 da Volkswagen, testado pela revista Quatro Rodas.
O motor VR6 é um velho conhecido nosso em roupagem nova. Ele equipava uma versão do Passat importado em 1995 e 1996. Na época, tinha 174 cavalos. Do conjunto original, a Volkswagen só deixou o bloco e fez a potência subir para 200 cavalos. (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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O dia 12 de dezembro de 2024 ficará marcado na história da Volkswagen. Como informou o porta-voz da montadora, Andreas G. Schleith, em seu Linkedin, essa foi a data em que o último motor VR6 foi fabricado.

Histórico, o motor foi lançado em 1991 no Salão de Genebra com a terceira geração do Golf. Na época, ele tinha 174 cv e era um marco da engenharia da empresa, sendo desenvolvido para atender, principalmente, o mercado americano, que demandava por um motor que fosse compacto e mais confiável que sua antiga família G-Lader.

O conceito do motor VR6 é marcante por ter conseguido fazer um motor de seis cilindros mais compacto. Neles, as duas bancadas de três cilindros são dispostas em um ângulo menor que o usual nos motores V6, permitindo inclusive o uso de apenas um cabeçote. Assim, a Volkswagen conseguiu fazer motores de seis cilindros quase tão pequenos quanto os quatro cilindros e mais leves que os V6, levando mais potência aos carros menores. Mas até os maiores carros do grupo VW usaram os motores VR6.

Golf terceira geração VR6

Essa foi a receita do sucesso que a Volkswagen criou. Além do Golf, o motor VR6 também equipou diversos modelos da marca, como o Corrado, New Beetle, Passat, Vento/Bora/Jetta, Touareg, Phaeton, Transporter, Eos, CC e Sharan. 

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Indo além, o propulsor também marcou presença em carros de outras marcas do grupo, como o Porsche Cayenne, Audi Q7, Audi TT, SEAT Leon, SEAT Alhambra e o Skoda Superb. Inclusive, o motor estava em produção apenas para dois modelos na China: o Audi Q6 e o SUV VW Talagon, o maior já feito pela montadora.

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Mas o VR6 foi além, sendo usado até mesmo por outras montadoras. A Ford utilizou o motor na minivan Galaxy, enquanto a Mercedes usou na Vito. A fabricante de motorhomes americana, Winnebago, também ficou famosa por usar o VR6.

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Furando ainda mais a bolha, o motor serviu de base para outros motores maiores. Por exemplo, o famoso W12 da Bentley, que saiu de linha em julho deste ano. Ainda mais potente, o VR6 também deu origem ao W16 dos Bugatti Veyron, Chiron e Mistral, chegando ao auge dos 1.500 cv. 

Motor Bugatti W16 8.0
Para quem não sabe, o famoso W16 da Bugatti veio do VR6 da VW (Divulgação/Bugatti)

Dentro da VW, o seis cilindros deu originou o W8 usado no Passat no início dos anos 2000, e ao VR5, que apareceu em uma série de modelos, como o próprio Passat, além de Golf, Bora e Beetle. A montadora alemã até produziu um do Golf de sexta geração com um VR6 3.2 turbo de 457 cv, mas ele nunca foi lançado.

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E se em sua época o VR6 fez sucesso por ser compacto e potente, hoje em dia ele já está obsoleto. A chegada de motores quatro cilindros turbo menores, mais leves, mais potentes e mais eficientes é o principal motivo para a sua morte. Esse motores também são mais viáveis para a Volkswagen, economicamente falando, pois pode ser usado em dezenas de veículos diferentes.

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