Como o Chevrolet Onix roubou cliente que queria Argo ou Polo na quarentena
Em tempos de acesso restrito às concessionárias, atendimento por telefone, internet e disposição para negociar são os melhores meios de garantir uma venda
Mesmo com o isolamento social provocado pela covid-19, o interesse por carros novos não parou. Por isso, muitos fabricantes se adaptaram às novas condições para venda. E alguns estão se saindo melhor que outros.
Vendas online, atendimento na casa do cliente (com direito a test-drive e avaliação do usado) e até agendamento de horários são algumas das estratégias das marcas e suas concessionárias. Mas a atenção ao cliente, mais do que nunca, é o que pode definir a venda.
O momento não impediu a leitora Nina Faria, do interior de São Paulo, de buscar um substituto para seu Toyota Etios 2017. Entre as opções, ela pesquisou sobre Fiat Argo, Hyundai HB20, Volkswagen Polo e Chevrolet Onix.
Um outro Etios chegou a ser cogitado, mas foi descartado por não ter central multimídia. “Eu já sabia que o Yaris seria muito mais caro e pouco equipado, então nem considerei”, explicou.
Outro descartado de pronto foi o HB20, por sua linha de cintura elevada. “Como sou baixa, não gostei das janelas pequenas e mais altas. Eu preciso ver o carro e saber se me adapto a ele”, disse.
O favorito, no primeiro momento, era o Argo 1.3 Drive com pacote S-Design, central Uconnect e kit Tech. Mas aí veio o contato com a Fiat.
“Liguei para uma concessionária e o vendedor disse que não tinha esse carro em estoque e que não estava mais sendo fabricado. Na segunda, disseram que havia o carro em estoque e que iriam retornar, mas isso nunca aconteceu”, contou.
A segunda opção era o Polo 1.6 MSI, mas a concessionária se mostrou inflexível. “O vendedor disse que não tinha condições de agendar test-drive porque a loja estava fechada, então desanimei nessa hora”.
O Chevrolet Onix não tinha muitas chances no início, por causa do motor turbo, mas ganhou pontos pelo atendimento da concessionária.
“Liguei interessada em um LT turbo com câmbio manual e o vendedor me retornou no dia seguinte para marcar um horário e ir à concessionária ver o carro e fazer o test-drive. E ainda se dispôs a mostrar as diferenças da versão LT para a LTZ”.
“Eu tinha a opção de dirigir o Virtus do meu sogro, que tem os mesmos motor e câmbio [do Polo], para ter ideia de como é. Mas acabei fechando negócio em um Onix LTZ turbo com câmbio manual antes disso”, finalizou Nina, que já está de carro novo.
E, claro, a entrega foi com hora marcada.
Mais que o preço ou os equipamentos de série, neste momento a disponibilidade dos vendedores e o atendimento ganha peso e pode dar vantagem a um modelo ou marca na hora da escolha. E isso vale para vendas feitas agora ou depois da quarentena.
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