O presidente Jair Bolsonaro declarou no último domingo (31), em seu perfil no Twitter, que ordenou o cancelamento da instalação de 8 mil novos radares em rodovias de responsabilidade do governo federal.
“Após revelação do Ministério de Infraestrutura de pedidos prontos de mais de 8.000 novos radares eletrônicos nas rodovias federais do país, determinei de imediato o cancelamento de suas instalações”, escreveu o presidente.
“Sabemos que a grande maioria destes têm o único intuito de retorno financeiro ao estado [sic]”, completou.
Após revelação do @MInfraestrutura de pedidos prontos de mais de 8.000 novos radares eletrônicos na rodovias federais do país, determinei de imediato o cancelamento de suas instalações. Sabemos que a grande maioria destes têm o único intuito de retomo financeiro ao estado.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 31, 2019
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Bolsonaro também prometeu revisar contratos já existentes em estradas federais fiscalizadas por radar.
“Ao renovar as concessões de trechos rodoviários, revisaremos todos os contratos de radares verificando a real necessidade de sua existência para que não sobrem dúvidas do enriquecimento de poucos em detrimento da paz do motorista.”
Esta não é a primeira declaração polêmica do presidente contra medidas de fiscalização que ele considera serem parte de uma “indústria das multas”.
Desde que assumiu o mandato, Bolsonaro já prometeu ampliar a validade da CNH de cinco para 10 anos, bem como aumentar o limite de pontos para sua suspensão de 20 para 40.
Também afirmou que vai extinguir as lombadas eletrônicas e estuda revogar a lei do farol baixo nas estradas. Por outro lado, quer submeter motoristas ao “teste do drogômetro”.
De todas essas medidas, a única a ter saído do papel – ou da página do Twitter, se preferir – de fato foi o cancelamento da resolução que estabelecia multas a pedestres e ciclistas. Esta foi substituída por uma campanha educativa.