A reunião que seria nesta terça-feira (7) decidiria sobre a proibição de carros a gasolina na Europa a partir de 2035, mas ela foi adiada pela presidência rotativa da União Europeia após pressão da Alemanha e manifestações contrárias de Itália, Hungria e Polônia.
O acordo fechado proibiria a venda de veículos a combustão — gasolina ou diesel — na região. Até mesmo os híbridos seriam barrados. A exceção ficaria para superesportivos de baixo volume, o que ficou conhecido no grupo como “emenda Ferrari”.
Berlim, porém, quer garantias de que haverá a possibilidade de deixar de fora da proibição carros que utilizam soluções livres de CO², como combustíveis sintéticos ou e-fuel, obtidos a partir de energias renováveis e não de combustíveis fósseis.
O governo italiano enviou aos representantes dos estados-membros uma carta criticando a proibição, de acordo com agências de notícias. No documento, Roma diz ser “favorável” à eletrificação de veículos leves, porém destaca que, durante a transição, esse “não deve ser o único percurso para zerar as emissões”.
Não há ainda nova data para o encontro. A presidência da UE, hoje ocupada pela Suécia, apenas disse que discutirá o assunto mais tarde.