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ONG ambientalista WWF pede a proibição de propagandas de SUVs

Apesar do esforço europeu a favor dos carros elétricos, ambientalistas defendem que espaços publicitários sejam obrigados a promover modelos mais limpos

Por Eduardo Passos
30 mar 2021, 18h37
Se não conseguir banir propagandas de SUVs, a WWF pretende ao menos taxá-las
Se não conseguir banir propagandas de SUVs, a WWF pretende ao menos taxá-las (Takahiro Taguchi/Unsplash)

Com normas ambientais cada vez mais rígidas, praticamente todas as fabricantes de carro já preparam um futuro dominado pelos veículos elétricos. A ONG WWF, entretanto, quer ir além e propõe banir propagandas de SUV na televisão.

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O apelo foi divulgado nesta semana, junto à divulgação do estudo “Le Trop Plein de SUV dans la publicité” (O Excesso de SUVs na Publicidade, na tradução livre), realizado pela filial francesa da organização.

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De acordo com o relatório, a venda dos utilitários na França aumentou em sete vezes na última década, levando o Alto Conselho para o Clima (órgão ambiental do governo) a tecer alertas quanto à participação desses e outros veículos na emissão de carbono da França, que usa fontes fósseis em apenas 8% de sua energia elétrica.

Em seu estudo, a WWF concluiu que mais de 1,8 bilhão de euros foram gastos com publicidade de SUVs, correspondendo a 42% de toda verba publicitária da indústria automotiva local. Isso equivale a 2.300 euros de publicidade por cada SUV vendido, contra 1.700 euros, no caso de sedãs e hatches.

Por consequência, as TVs francesas veiculam cerca de 3,5h diárias de propagandas dos ‘grandões’, contra apenas 3 minutos de campanhas segurança no trânsito, por exemplo. Na mídia impressa, os anúncios do tipo equivalem a 18 páginas de jornal por dia.

Na configuração 110 (5 portas), são quase 5 m de comprimento e 2 m de largura e altura
Quilos a mais custarão caro aos SUVs grandes na França (Press-Inform/Reprodução)

Esse é o terceiro manifesto da WWF contra os utilitários, além dos estudos “O Peso Esmagador dos SUVs no Clima” e “O Impacto Esmagador dos SUVs nos Orçamentos Domésticos”, na tradução do francês.

O presidente Emmanuel Macron parece concordar, e a França instituiu novo imposto veicular baseado no peso dos automóveis Semelhante à franquia de bagagens aéreas, cada quilo além do limite de 1.800 kg resultará em €10 de taxa. Um BMW X7, por exemplo, pagará, além de outros tributos, cerca de R$ 5.111 pelo excesso de peso.

Além da cor de lançamento verde Olivine, há outras seis opções de pintura do hatch
O recém-lançado Peugeot 308 apresenta eletrificação tímida, com muita dependência de motores a combustão (Divulgação/Peugeot)

A presidente da WWF local, Isabelle Autissier, afirmou ser pouco e cobrou mais espaço para os carros leves nas mídias. “Os SUVs também obstruem o espaço publicitário em detrimento de outros veículos do futuro, leves e com emissões muito baixas. Não pode continuar assim. Para conter essa tendência, o governo deve agir banindo a publicidade dos veículos mais pesados ​​e redirecionando-a para a promoção de veículos leves e de baixa emissão ou mobilidade do futuro”, protestou.

Conto do vigário?

WWF criou peças gráficas para denunciar supostas mentiras da propaganda automotiva
WWF criou peças gráficas para denunciar supostas mentiras da propaganda automotiva (WWF/Reprodução)

Os ambientalistas ainda listaram uma série de argumentos que a indústria automotiva propaga acerca dos utilitários e que, na verdade, não seriam verdade. 

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Um desses mitos seria o “casulo de conforto imaginário”, que protegeria os passageiros enquanto, afirma, os dados mostram que motoristas da categoria tem 10% mais chances de se envolver em um acidente. Os pedestres ainda teriam o dobro de risco de morte em um atropelamento por tais modelos.

Além de clamar a proibição do que julgam ser a segunda maior fonte poluidora da Franças — atrás apenas dos aviões —, a WWF finalizou seu documento com um apelo aos políticos locais por incentivo à propaganda de modelos menores e elétricos, inclusive taxando propagandas não-ecológicas.

É importante lembrar que, em 2025, entra em vigor a norma ambiental Euro 7, ainda mais rígida nos limites de poluição automotiva. Analistas preveem que, de tão exigente, o documento significará o fim prático dos veículos a combustão em larga escala.

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