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Gasolina sintética da Porsche não polui e pode salvar motores a combustão

Além de não colaborar para o aumento da poluição, o eFuel dispensa qualquer trabalho de adaptação nos motores

Por Paulo Campo Grande
Atualizado em 19 fev 2021, 19h27 - Publicado em 8 dez 2020, 09h58
Porsche GT3RS
A Porsche está preocupada com o futuro dos esportivos equipados com motor a combustão (Divulgação/Porsche)

Se você tem gasolina nas veias, como se costuma dizer, com certeza vai gostar desta notícia: um grupo de empresas vai produzir combustível sintético em larga escala.

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Explico: este combustível poderá substituir os combustíveis fósseis e permitir que os carros equipados com motores a combustão circulem sem culpa de aumentar a quantidade de poluentes na atmosfera.

Você não é o único que, por mais entusiasta que seja das novas tecnologias, está preocupado com o futuro dos carros a combustão.

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Existem muitas pessoas e empresas interessadas em mantê-los rodando. E os eFuels podem fazer isso, sem a necessidade de se promover mudanças nos motores, conforme os especialistas afirmam.

e-benzin desevolvida pela audi
Amostra de eFuel, combustível sintético produzida em laboratório (Reprodução/Audi)

O consórcio em questão reúne empresas de diferentes partes do mundo como as alemãs Porsche e Siemens, a chinesa AME, a italiana Enel e a chilena ENAP, além da parceria da norte-americana ExxonMobil, como convidada.

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O governo alemão também participa entrando com suporte financeiro de 8 milhões de euros, enquanto entre as empresas associadas sabe-se que a Porsche vai investir cerca de 20 milhões de euros.

O combustível sintético, também chamado de eFuel, é um produto feito a partir da formação de cadeias de hidrocarbonetos, resultantes da reação do hidrogênio retirado da água, com carbono, extraído da atmosfera.

Ele é considerado um combustível limpo porque o carbono resultante de sua queima é o mesmo que foi retirado da atmosfera para a sua produção. Assim, no final das contas, ele não aumenta a quantidade desse gás no ambiente.

fazenda eólica Siemens
A energia elétrica da usina será captada por turbinas eólicas (Divulgação/Porsche)

O custo de produção não é barato. Apesar dos ingredientes do eFuel serem encontrados em abundância na natureza, a captação e as reações químicas para a separação do hidrogênio e a união dele com o carbono precisam da estrutura de uma fábrica, para acontecer.

E, todo o processo consome energia elétrica que precisa ser limpa para fazer sentido do ponto de vista ambiental.

Por isso, o projeto prevê a construção de uma fazenda eólica, com turbinas de captação. Se bem que não existe solução sem efeitos colaterais, uma vez que estudos mostram que as turbinas interferem no meio-ambiente produzindo ruído e gerando correntes de ar que alteram as rotas naturais de aves, insetos e até do pólen das plantas, na regiões em que são implantadas.

O local escolhido para a instalação da fazenda, junto com a usina, foi a cidade de Magalhães no sul do Chile, lugar onde mais venta no planeta, segundo os técnicos.

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laboratório de eFuel
O eFuel é resultado de reações químicas (Reprodução/Audi)

De acordo com os criadores do projeto, apesar de toda a complexidade da operação da usina, um litro de eFuel pode chegar nas bombas pelo mesmo preço de um litro de gasolina comum; com a ressalva de que os governos precisam colaborar na hora de cobrar os impostos.

Tecnicamente, a usina de eFuel poderia produzir gasolina, diesel ou qualquer outro combustível composto por cadeias de hidrocarbonetos. Mas os empresários optaram por fabricar metanol.

Todo o complexo deverá começar a operar em 2022. Em um primeiro momento, o volume de produção será de 130 mil litros/ano, chegando 55 milhões de litros/ano em 2024 e a 550 milhões de litros/ano em 2026.

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No início, o combustível será fornecido misturado com gasolina. Mas, no futuro, passará a ser vendido puro.

A Porsche será o primeiro comprador, utilizando o combustível em corridas e eventos automobilísticos em seus carros.

Porsche Taycan
Lançado em 2019, o Porsche Taycan é o primeiro superesportivo elétrico da marca (Divulgação/Porsche)

Apesar de planejar ter 50% de sua linha composta por modelos elétricos até 2025, a Porsche sente os efeitos das novas tecnologias em suas vendas.

Seu diretor de pesquisa e desenvolvimento, Michael Steiner, declarou recentemente ao site português Observador, que está bastante animado com o potencial dos veículos elétricos, mas admitiu que “a eletrificação está a desacelerar a evolução dos resultados da marca, apesar de assegurar a necessária sustentabilidade”.

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Capa 739
(Arte/Quatro Rodas)
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