Seguindo a tendência do mercado europeu, a Audi anunciou que, a partir de 2026, os seus lançamentos serão focados integralmente na fabricação de modelos totalmente elétricos.
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A informação foi dada pelo CEO da empresa, Markus Duesmann, na Conferência Climática de Berlim no último dia 22. “Nós estamos mandando um sinal de que a Audi está pronta (para as novidades)”, afirmou o executivo.
Duesmann explicou que a “descontinuidade dos motores a combustão será decidida, em último momento, pelos clientes e pelas legislações”. Na China, a demanda por motorizações que utilizam combustíveis fósseis deve crescer até 2033, então o mercado local deverá contar com uma fábrica que disponibilize essa opção aos consumidores.
Em paralelo, a Audi já colocou em prática o seu plano para eletrificar sua frota. Com os novos modelos do e-tron GT, RS e-tron GT, Q4 e-tron e Q4 Sportback e-tron, a empresa terá mais lançamentos elétricos do que movidos a fósseis já em 2021. Até 2025, a meta é contar com pelo menos 20 modelos elétricos em seu catálogo.
É claro que para implantar uma política de fabricação em peso de veículos elétricos, o território precisa contar com infraestrutura de carregamento dos modelos. Para isso, a Audi está desenvolvendo sua própria solução com uma estação de recarga.
A decisão da empresa segue o panorama europeu de aumento da utilização de veículos livres de emissão de gases poluentes. De acordo com um levantamento feito pela BloombergNEF (New Energy Finance) para o Transport & Environment (T&E), até 2027, os veículos elétricos serão mais baratos que os movidos a combustíveis fósseis.
A previsão se dá, principalmente, por conta da expectativa de queda de até 58% no preço das baterias automotivas até 2030. Além disso, a pesquisa afirma que, caso as agências legislativas da Europa atuem para aumentar as metas de redução de emissões de CO₂, os veículos movidos a bateria podem atingir 100% de novas vendas em 2035.
Mesmo assim, a Audi diz que irá continuar desenvolvendo seu motor a combustão até a sua descontinuação, mesmo após ter deixado claro que não seguiria essa linha. Em relação a isso, o CEO da empresa foi enfático ao falar que “o último motor de combustão interna da Audi será o melhor que já fizeram”, concluiu.