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Guia de Usados: Hyundai ix35

Bonito, potente e confortável, ele está entre os melhores SUVs do mercado

Por Felipe Bitu
Atualizado em 20 mar 2024, 15h51 - Publicado em 26 dez 2013, 23h39
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O Hyundai ix35 é como o caçula que pega carona na popularidade do irmão mais velho e famoso: aproveitou a fama pavimentada pelo Tucson (que até hoje não saiu de linha) e chegou aqui em meados de 2010, logo após sua apresentação nos EUA. Com estilo ousado, seu desenho tornou-se referência frente aos sisudos japoneses Honda CR-V e Toyota RAV4. Tamanho alvoroço eclipsou o brilho do primo Kia Sportage (basicamente o mesmo projeto).

Ninguém sentiu falta do V6 do Tucson: o ix35 veio com um 2.0 de 166 cv, garantindo boa desenvoltura e consumo comedido. A versão básica (código G596) traz câmbio manual, som com comandos no volante, computador de bordo, ABS e EBD, ar-condicionado, airbag duplo e rodas de aro 18. Como opcional, câmbio automático de seis marchas, sempre com tração dianteira. A versão intermediária (G595) adiciona bancos de couro, ar digital bizona, maçanetas cromadas, banco do motorista elétrico, piloto automático, sensor de ré e partida por botão. A tração 4×4 é exclusiva desta versão, não sendo oferecida nem na topo de linha (G551), que acrescenta câmara de ré, controle de tração e interface para iPod.

A maior mudança veio na linha 2012, quando virou flex e ficou mais potente (178/169 cv), ganhando ainda kit multimídia com GPS, câmera de ré, controle de descida DBC, câmbio manual de seis marchas e volante com ajuste de profundidade, mas perdendo registro de consumo no computador de bordo.

Com 4,40 metros, o ix35 é ligeiramente maior que o Tucson e oferece bom espaço interno para cinco adultos, em especial para cabeça e perna. O acabamento ainda deixa a desejar, mas apresenta detalhes de plástico imitando metal e evoluiu quando comparado ao Tucson, repetindo no interior a ousadia das linhas da carroceria. A dirigibilidade é outro ponto forte: suspensão dianteira McPherson e traseira multilink fazem dele estável e confortável em curvas e frenagens. Outra evolução é a facilidade de manutenção: quase todas as peças são encontradas em estoque, a preços tabelados e razoáveis, muito importante num veículo com garantia de cinco anos.

FUJA DA ROUBADA

A versão intermediária oferece o melhor custo-benefício, mas só a top tem controle de estabilidade e airbags laterais e de cortina, que fazem a diferença na segurança ativa e passiva. Para identificar essa versão, basta olhar para cima: o teto solar panorâmico é exclusivo da top.

NÓS DISSEMOS Agosto de 2010

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>> Confira o teste na edição

Teste: ix35 x Sportage. “Houve o equilíbrio de forças esperado, afinal entre os dois carros avaliados existe um empate técnico. A base é a mesma: motor 2.0 16V e caixa automática de seis marchas. Na prova de aceleração de 0 a 100 km/h, ix35 e Sportage cravaram médias de, respectivamente, 12 e 12,7 segundos. (…) No consumo, o Hyundai recuperou a ponta tanto na cidade (média de 8,5 km/l) como na estrada (10,8 km/l) – o Sportage indicou consumo urbano de 8 km/l e rodoviário de 10,3 km/l. Numa análise geral, ainda que por pequenas diferenças, o ix35 conseguiu andar mais e consumir menos gasolina que o Sportage.”

PREÇO DOS USADOS (EM MÉDIA) ix35 4×2 mec. 2011: 68 394

2012: 72 882

2013: 77 626

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ix35 4×4 aut. 2011: 75 894

2012: 82 950

2013: 88 366

PREÇO DAS PEÇAS Para-choque dianteiro Original: 1 094

Paralelo: 615

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Farol completo (cada um) Original: 1 440

Paralelo: 700

Disco de freio (cada um) Original: 784

Paralelo: 280

Pastilha de freio (par) Original: 389

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Paralelo: 600

Retrovisor (cada um) Original: 1 595

Paralelo: 900

PENSE TAMBÉM EM UM… Kia Sportage

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O Sportage compartilha a mesma plataforma e concepção mecânica do ix35 e chegou ao mercado por preços menores. Logo ganhou status e ultrapassou o ix35 no ranking de vendas, oferecendo o mesmo nível de equipamentos, maior espaço interno e porta-malas mais generoso. Não oferece a mesma ousadia em estilo, mas é muito atraente: é obra de Peter Schreyer, ex-chefe de design da Audi. Reconhecido pela sua dirigibilidade, só fica devendo as rodas de aro 18 na versão básica e uma política de preços das peças de reposição mais definida: a variação de preços entre as concessionárias só complica a vida dos proprietários.

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ONDE O BICHO PEGA

650_usado_05.jpeg 650_usado_05.jpegAcabamento interno Melhorou em relação ao Tucson, mas ainda deixa a desejar quando comparado aos rivais japoneses. Por serem rígidos demais, porta-trecos, botões e difusores de ar podem se soltar ou apresentar trincas.

Transmissão manual Alvo da seção Autodefesa de novembro de 2012, o ix35 manual sofre de um problema comum ao Tucson: ruídos e trancos nas trocas de marcha, provocados por uma falha de usinagem no garfo seletor das marchas. É possível pedir sua substituição grátis na autorizada, desde que ainda esteja coberto pela garantia.

Câmbio automático Também foi alvo da mesma seção Autodefesa: uma falha na válvula solenoide impede o correto funcionamento da transmissão. Cheque se as revisões estão em dia, pois na pior das hipóteses você será obrigado a recorrer à garantia de cinco anos.

Disco de freio Pesado e com bom desempenho, não é raro encontrar um ix35 com os discos de freio empenados, principalmente nos automáticos. O mais indicado é fazer uma revisão geral com substituição de todos os discos e pastilhas, que custa em torno de 2 700 reais (mão de obra inclusa).

A VOZ DO DONO

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“Seu desenho é singular e atemporal: ele não envelheceu e continua chamando atenção. Tem arrancadas fortes e o consumo é baixo considerando seu tamanho e desempenho: 11 km/l no meu caso. Mas o plástico do acabamento é muito rígido, o assento curto é cansativo em viagens longas e o ESP deveria ser de série em todas as versões.”

Bruno B. Santos, 25 anos, coordenador de vendas, São Paulo (SP) O QUE EU ADORO

“É um veículo familiar: o motor tem bom fôlego e a dirigibilidade é ótima, como a de um carro de passeio. É bonito, seguro e espaçoso: o carrinho de bebê não sacrifica o porta-malas.”

Flavia Lisboa, 35 anos, médica, Campinas (SP)

O QUE EU ODEIO

“O barulho e a vibração do motor invadem a cabine em rotações mais altas. A garantia de cinco anos prende o cliente a um pós-venda deficiente e caro.”

Silberto Pulita, 62 anos, diretor comercial, Caxias do Sul (SP)

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