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Comparativo: Jeep Renegade manual x automático

Nada mais diferente do que dois carros iguais: nosso Renegade automático encara o irmão gêmeo manual

Por Péricles Malheiros
Atualizado em 14 Maio 2018, 16h18 - Publicado em 12 jan 2016, 14h13
Renegade manual x Renegade automático
Manual contra automático. E o vencedor é… (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Se tem algo que todo mundo aqui de QUATRO RODAS reclamava do Jeep Renegade Flex é a performance sofrível do conjunto formado entre o motor 1.8 e câmbio automático de seis marchas.

“Mesmo dosando o pé sobre o acelerador, as marchas são esticadas até as 2.500 rpm, o que eleva o índice de vibração e o consumo. O mesmo acontece nas retomadas”, conta o editor Péricles Malheiros.

“Você pisa de leve, mas, em vez de manter a marcha selecionada, o câmbio faz uma redução e, de novo, o giro sobe excessivamente”, completa Malheiros, ao descrever uma situação reclamada por praticamente todos os outros motoristas que se revezavam ao volante do Renegade automático de Longa Duração.

Tela multimídia do Renegade é menor que um smartphone, mas tem GPS. Acabamento é o melhor
O câmbio automático do Renegade Flex é o mesmo usado no Argo e Cronos com motor 1.8 (Christian Castanho/Quatro Rodas)
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Foi daí que surgiu a ideia de uma ação comparada com um Renegade igual ao que havia no Longa Duração (1.8 flex), mas com câmbio manual.

“Achava que a diferença de aceleração seria maior. Na cidade, o manual passa a impressão de ser muito mais ágil”, diz Péricles. No consumo, deu a lógica: o modelo manual é bem mais econômico que o automático – 13% melhor na cidade e 22,2% na estrada.

Câmbio manual Jeep Renegade
Câmbio manual só equipa as versões de entrada do Jeep Renegade (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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Mesmo sendo dotados de mais tecnologia, os câmbios automáticos ainda têm maior perda energética do que as caixas manuais.

Um de seus problemas é o peso: no caso do Renegade, a opção pelo automático (na versão Sport) adiciona 32 kg à balança.

O conversor de torque, por ficar constantemente bombeando fluido, também provoca a perda de potência. Para reduzir isso, os sistemas mais modernos possuem um recurso chamado de lock-up, que trava o conversor (eliminando o bombeamento) quando o carro está em velocidades constantes.

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Nas medições de ruído, o nosso carro se saiu melhor do que o cedido pela Jeep, assim como nas retomadas (nessas medições, o automático obrigatoriamente reduz as marchas, enquanto o manual permanece na mesma posição).

Em contrapartida, nos testes de frenagem, o Renegade de Longa foi pior.

Em dirigibilidade, vitória incontestável do manual: ele foi o preferido entre os sete motoristas que dirigiram os dois.

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Para botar mais pimenta nessa briga doméstica, colocamos no quadro de resultados (abaixo) os números do Honda HR-V de Longa, também automático.

Comparativo: automático x manual (com etanol)
Renegade 1.8 automático Renegade 1.8 manual HR-V automático
0 a 100 km/h 13,7 s 13,3 s 10,7 s
retomada de 40 a 80 km/h 6,2 s (em D) 8,2 s (em 3ª) 5 s (em D)
retomada de 60 a 100 km/h 7,7 s (em D) 11,8 s (em 4ª) 5,6 s (em D)
retomada de 80 a 120 km/h 10,8 s (em D) 21,5 s (em 5ª) 7,4 s (em D)
frenagem de 60 a 0 km/h 17,6 m 17,4 m 15 m
frenagem de 80 a 0 km/h 31,1 m 29,8 m 25,1 m
frenagem de 120 a 0 km/h 71,2 m 68,3 m 61,1 m
consumo urbano 6,9 km/l 7,8 km/l 8,2 km/l
consumo rodoviário 8,1 km/l 9,9 km/l 10,2 km/l
ruído PM / RPM máximo 44,7 / 69,2 dBA 38,6 / 73,5 dBA 39,4 / 71,3 dBA
ruído a 80/120 km/h 59,7 / 67,4 dBA 63,9 / 69,3 dBA 61,5 / 67,4 dBA

Após o confronto, nosso Renegade passou um dia na autorizada Sinal, onde foi feita a segunda revisão. A troca da bieleta, fonte dos ruí­dos na suspensão dianteira, saiu de graça, pois foi feita em garantia.

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