Logan, Polo, Kwid: os carros que mais perderam vendas com a pandemia
O mercado vem retomando as vendas aos poucos, mas alguns modelos ainda não perceberam essa melhora
Aos poucos, a normalidade está se estabelecendo no mercado de automóveis, retomando os números do começo de 2020, depois da queda vertiginosa provocada pela crise do novo coronavírus. Nem todos os modelos estão conseguindo se recuperar nas vendas, porém.
Clique aqui e assine Quatro Rodas por apenas R$ 7,90
O Renault Kwid, por exemplo, é um que não alcançou o volume dos dois primeiros meses de 2020 – que em condições normais já são naturalmente ruins para as vendas de automóveis. Em outubro, o compacto teve 5.022 unidades emplacadas, 1.717 veículos a menos que o mês de janeiro e longe da média do segundo semestre de 2019, 7.433 registros mensais.
Fechou 2020 com 49.476 emplacamentos, uma queda de 41,9% frente as 85.123 unidades emplacadas em 2019, quando foi o quarto modelo mais vendido – e não o 12°.
O Volkswagen Polo é outro que sofre com as mazelas da pandemia. Com apenas 3.455 emplacamentos em outubro, ficou distante dos números de janeiro de 2020 com uma queda de 47% nas vendas, se comparadas com outubro de 2019. No ano, fechou com 41.844 unidades – frente aos 72.068 carros de 2019, também teve uma queda de 41,9%.
A picape VW Amarok acumula mais um desempenho ruim para a marca alemã. Desde a queda de suas vendas, em abril, a picape não consegue atingir a marca de 1.000 unidades mensais e chegou ao pico de 908 veículos em dezembro. A queda na comparação entre 2019 e 2020 foi de 43,8%.
Na verdade, a situação da Renault é a mais alarmante. Os Sandero e Logan viram suas vendas despencarem ainda mais que as do Kwid. O hatch, que teve 50.286 registros em 2019 só teve 26.347 em 2020, queda de 47,6%. Para o sedã, que conseguiu 27.005 compradores em 2019, em 2020 amargou meros 13.785 vendas, despencando 48,9%. O Logan só não foi pior que o concorrente Ford Ka Sedan, agora fora de linha, que registrou queda de 49,7%.
A recuperação fica evidente em modelos como o Fiat Uno, que não só retomou o ritmo de vendas como ultrapassou, por dois meses seguidos (setembro e outubro), o pico do volume mensal de 2019. Fechou 2020 com 22.942 emplacamentos, uma alta de 14,5% contra as 20.034 unidades de 2019, resultado surpreendente perante as circunstâncias extraordinárias.
Os utilitários também tiveram um respiro. O Fiat Fiorino, valorizado no mercado de usados e seminovos, bateu os números mensais de 2019, nos últimos três meses, com o abrandamento das medidas restritivas. Contudo, a alta nas vendas foi discreta: 2,9% com 17.852, ante 17.343 de 2019.
Não pode ir à banca comprar, mas não quer perder os conteúdos exclusivos da Quatro Rodas? Clique aqui e tenha o acesso digital.