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Toyota Corolla (2008 a 2014) é carro automático confiável por R$ 40.000

Robusto, confortável e fácil de revender, Toyota Corolla vendidos entre 2008 e 2014 têm câmbio automático e são mais baratos que populares 1.0

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 4 abr 2024, 11h05 - Publicado em 25 fev 2024, 16h00
Toyota Corolla GLI 2009
Toyota Corolla GLI 2009 (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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O Toyota Corolla nacional já apareceu nesta seção diversas gerações, até na penúltima, sua 11a. Este das fotos é da décima geração, a terceira fabricada no Brasil, onde foi lançado em abril de 2008. Maior e mais largo, ele manteve a confiabilidade, o valor de revenda, o desempenho, a economia e o conforto que há anos fidelizam sua clientela.

A confiabilidade é um valor inerente da Toyota: os projetos são norteados pela simplicidade, mas materiais e mão de obra são de qualidade.

Toyota Corolla SE-G 2008
Toyota Corolla SE-G 2008 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

O resultado é a fama de inquebrável, que tem seu preço, quase sempre superior ao de rivais maiores. A alta liquidez faz do Toyota Corolla um cheque visado no mercado: basta anunciar que vende.

Zero KM
Toyota Corolla GLi 1.8 Flex 2009 (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Discreto, o Corolla prioriza o conforto: todos têm direção elétrica, ar-condicionado, airbags, trio elétrico, computador de bordo e som com MP3. O porta-malas de 470 litros é um trunfo, mas não espere muito do espaço traseiro para as pernas: tinha 2,60 m de entre-eixo, mesma medida do Renault Logan.

Toyota Corolla 2008
Toyota Corolla XEi 2008 (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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O básico Corolla XLi nasceu com um motor 1.6 a gasolina. De acabamento simplório, perdia em vendas para o Corolla XEi, com motor 1.8, airbags laterais, ABS, faróis de neblina, rodas de liga, ar digital, volante multifunção e abertura das portas na chave.

Toyota Corolla 2.0 XEi
Toyota Corolla 2.0 XEi (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Câmbio automático de quatro marchas, bancos de couro e piloto automático eram opcionais. O top SE-G, com câmbio automático de série, acrescentava faróis de xenônio, acabamento simulando madeira, banco de couro (o do motorista com regulagem elétrica de altura) e sensor de ré e de chuva.

Os carros mais econômicos de 2012 segundo o Inmetro

(Acervo Quatro Rodas/Quatro Rodas)

Devido ao abismo entre os XLi e XEi, em 2009 surgiu um XEi simplificado: o Corolla GLi não tem farol de neblina, pisca no retrovisor e airbag lateral, só airbags dianteiros.

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Corolla GLi 1.8 16V Dual VVTi (aut.) - 4/2011
Lanterna traseira tem um quê de VW da década passada (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Em 2010 foi lançado o motor 2.0 flex de 153/142 cv com câmbio automático sequencial com comandos no volante, exclusivo dos Corolla XEi e o inédito Altis. Este substitui o SE-G, enquanto o 1.6 deixa de ser oferecido.

Toyota Corolla XRS
Toyota Corolla XRS 2.0 (divulgação/Toyota)

A linha 2012 recebeu leves mudanças na dianteira e traseira e ganhou um 1.8 de 144/139 cv, com um novo câmbio manual de seis marchas (com o automático de quatro opcional) e ainda ganhou a versão esportivada XRS 2.0.

Toyota Corolla 2.0 XEi
No porta-malas, cabem 470 litros. (Christian Castanho/Quatro Rodas)
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Robusto, confortável e bom de loja, o Toyota Corolla só decepciona quem busca esportividade: é um carro pouco comunicativo, que filtra a resposta de direção, suspensão e freios, sem a emoção de um Focus ou Civic.

Fuja da roubada

Evite o Corolla XLi. Além do acabamento simplório, o ar-condicionado é analógico e o ABS só existe na versão automática com motor de 1,6 litro a gasolina, considerado fraco para seu porte.

Problemas e defeitos do Toyota Corolla

COMPARATIVO – COROLLA XEI 2.0 X COROLLA GLI 1.8
Toyota Corolla GLi 1.8 2010 (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Sonda lamba: Desconfie de carros com marcha lenta irregular ou estouros no escape. Maus mecânicos trocam sondas originais por universais do mercado paralelo, com valor de resistência incorreto.

Transmissão: Vibração nas rodas dianteiras após o balanceamento indica mau funcionamento ou desgaste das juntas tripoides (trizetas), peças que transmitem o torque do câmbio para as homocinéticas. O ideal é substituir o semieixo danificado, ao custo de 1.000 reais, já com a mão de obra.

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Válvulas: Até a linha 2011, o motor 1.8 não utilizava tuchos hidráulicos, por isso a folga das válvulas deve ser verificada a cada 20.000 km – em geral pedem ajuste só a 60.000 km. Portanto, fique atento a qualquer barulho anormal no cabeçote.

Corolla 2.0 XEi aut. - ed. 4/2011
As rodas de liga leve ganharam novo design na linha 2012 (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Defletor do spoiler dianteiro: Ele se rompe com facilidade em saídas de garagens. Se estiver danificado, provocará barulho em altas velocidades e comprometerá o encaixe da capa do para-choque.

Câmbio automático: O fluido deve ser inspecionado a cada 40.000 km. Também é recomendável a troca do filtro do fluido e limpeza dos ímãs internos, que fazem a retenção de limalha. Uma revisão preventiva custa em torno de 250 reais.

Preço dos Toyota Corolla usados (em média) 

Versão 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
XLI 1.6
R$ 39.423
R$ 45.500 R$ 50.860
XLI 1.8
R$ 40.000
R$ 48.900
R$ 49.000
R$ 49.679
R$ 55.900
R$ 58.999
R$ 66.500
XLI 1.8 AT
R$ 40.590
R$ 49.906
R$ 51.000
R$ 51.900
R$ 58.000
R$ 64.000
R$ 65.900
GLI 1.8
 –
R$ 52.500
R$ 57.426
R$ 59.993
R$ 62.059
GLI 1.8 AT
R$ 53.276
R$ 58.105
R$ 60.570
R$ 64.465
XEI 1.8 R$ 40.900 R$ 49.000
R$ 51.000
XEI 1.8 AT R$ 41.000 R$ 50.000
R$ 52.500
XEI 2.0 AT
R$ 55.700
R$ 57.659
R$ 63.082
R$ 66.142
R$ 69.876
SE-G 1.8 AT
R$ 44.900
R$ 54.500
R$ 55.624
Altis 2.0 AT
R$ 59.000
R$ 60.415
R$ 66.768
R$ 69.253
R$ 70.900
XRS 2.0 AT
R$ 65.500
R$ 67.355
R$ 70.180

Nós dissemos – Maio de 2008

Comparativo
Toyota Corolla XEi e Honda Civic LXS durante teste comparativo de maio de 2008 (Marco de Bari/Quatro Rodas)
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“As estradas do carro da Toyota sempre parecem mais bem asfaltadas – certos buracos que marcam no Civic simplesmente desaparecem. E não pense que o Corolla é molenga: dentro do uso normal, os dois fazem as mesmas curvas. (…) O Toyota tem quatro marchas e travamento de conversor apenas em terceira e quarta.

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Ainda assim, o Corolla foi melhor nos testes de desempenho e consumo. (…) Você não se apaixona por um Corolla, aprende a gostar. Sem dirigir outros carros, é capaz de o motorista nem notar o admirável esforço da Toyota em amenizar as durezas do trânsito. O foco não está na máquina, mas na vida de quem a usa.”

Marco de Bari
Toyota Corolla XEi 2.0 e GLi 1.8 (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Opinião dos proprietários do Toyota Corolla

“Robusto e confiável, ele aguenta a buraqueira do Brasil e não pede oficina à toa. O motor responde bem, apesar do câmbio automático de quatro marchas. O consumo é baixo, considerando seu peso e desempenho. É muito seguro, estável e confortável, mas a largura excessiva atrapalha na hora de estacionar.”

Hila Cavalcante, 66 anos, servidora pública, Piracicaba (SP)

O que eu adoro

“O que impressiona é o consumo: é muito bom para um carro com esse tamanho e desempenho. Pelo preço, só há outro igual: o Civic que guardo na outra vaga de garagem.”

Milton D’Emilio, 63 anos, advogado, São Bernardo do Campo (SP)

O que eu odeio

“O espaço interno não é proporcional às dimensões externas: quem viaja atrás merecia um pouco mais de espaço. E a ergonomia também deixa a desejar.”

Luis Roberto Silva, 55 anos, representante comercial, São Paulo (SP)

Pense também em um… Honda Civic

Toyota Corolla XEi e Honda Civic LXR durante teste comparativo da revista Quatro Rodas em 2013
Toyota Corolla XEi e Honda Civic LXR durante teste comparativo da revista Quatro Rodas. (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Corolla e Civic são grandes rivais – e parecidos entre si. São conhecidos por mecânica robusta e confiável, valor de revenda, padrão de qualidade e nível de itens de série.

A diferença do Civic é que ele abre mão da funcionalidade em favor da esportividade: do estilo agressivo à resposta dos comandos, tudo nele evoca o prazer de dirigir, mesmo nas versões automáticas.

Se o conteúdo pouco varia entre as versões LXS, LXL e EXS, a coisa muda de figura na esportiva Si, com seu 2.0 de 193 cv e câmbio manual de seis marchas com diferencial de deslizamento limitado.

Apenas não se esqueça da suspensão mais firme e do porta-malas pequeno, de apenas 340 litros.

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