Apresentado em 2011, o Jetta de sexta geração trouxe duas configurações: a sofisticada Highline (motor 2.0 turbo e suspensão traseira multilink) e a básica Comfortline (motor 2.0 de aspiração natural e suspensão traseira por eixo de torção).
A Highline é, de longe, a preferida do mercado. Com 200 cv e 28,5 mkgf a 1.700 rotações, o motor EA888 está acoplado à rápida transmissão sequencial DSG de dupla embreagem, com seis marchas e borboletas para trocas manuais no volante – o novo Jetta receberá câmbio de oito marchas.
Seu desempenho é imbatível no segmento: 0 a 100 km/h em 7,1 s e máxima de 238 km/h. Pisando leve é possível atingir médias superiores a 10 km/l na cidade e 14 na estrada.
De série, tem ar bizona, couro, ESP, seis airbags, rodas aro 17, sensores de farol e chuva, piloto automático, volante multifuncional, sensores de estacionamento (dianteiro e traseiro). Teto solar e banco do motorista elétrico eram opcionais.
Um Highline 2.0 TSI da primeira fornada já pode ser encontrado por menos de R$ 60.000. No modelo 2014, o motor EA888 de primeira geração (CCZA), conhecido por ser problemático, foi substituído pelo de segunda (CPLA): a potência saltou para 211 cv graças à redução do atrito interno e revisão de itens eletrônicos. Reestilizado em 2015, o Jetta Highline ganhou ainda novos painel e volante.
Bem mais civilizada, a Comfortline tinha o fraco motor EA113 , 2.0 com 8 válvulas. É a mais indicada para quem vê no Jetta só as virtudes de um bom sedã médio, como a distância entre-eixos de 2,65 metros e o porta-malas de 510 litros.
Apesar de flex, o EA113 rende só 116/120 cv, pouco para seus 1.346 kg. Está combinado a um câmbio manual de cinco marchas ou automático sequencial de seis (Tiptronic). São facilmente encontrados por menos de R$ 40.000.
Mais interessantes são as versões Trendline 2.0 (descontinuadas em 2016) e Comfortline oferecidas a partir da linha 2016 com o motor EA211, o famoso 1.4 TSI que já equipava o Golf.
Movido apenas a gasolina, sua potência salta para bons 150 cv, mas o destaque é o torque máximo de 25,5 mkgf a 1.500 rpm. Em ambas as versões, o ESP é de série.
Um dos poucos defeitos do Jetta é o alto custo de manutenção na rede autorizada. Mas, após tantos anos no mercado, já é possível optar por oficinas independentes e peças de boa qualidade no mercado paralelo.
Problemas e defeitos do VW Jetta
Caixa de direção: Ruídos anormais são provocados por folga excessiva nos mancais dos motores elétricos responsáveis pela assistência da direção. O problema costuma ser sanado com o simples reaperto dos parafusos de fixação.
Preparação: Nos 2.0 TSI, evite carro que sofreu remapeamento e mudança na pressão do turbo. Isso gera mais potência, mas pode comprometer a vida do motor.
Cabeçote: Atenção ao tensionador da corrente dos comandos: em caso extremo pode causar o choque entre válvulas e pistões. Outro problema em motor de
injeção direta é a carbonização das válvulas de admissão, devido à recirculação de gases provenientes da queima de gasolina com elevado teor de enxofre.
Câmbio: DSG A troca do óleo deve ser feita a cada 60.000 km ou na sexta revisão, o que ocorrer primeiro. Por ser um procedimento caro (R$ 1.700) muitos deixam de fazê-la.
Suspensão: Verifique buchas, batentes e bieletas, que costumam fazer barulho no final da vida útil. Ruídos na traseira costumam ser solucionados com o kit de molas 5C511115A fornecido pela rede.
Recalls: Foram cinco em carros produzidos entre 2010 e 2015. Eles envolvem galeria de combustível, eixo traseiro, airbag do motorista, comando de válvulas e cabeçote.
A voz do dono
- Nome: Aléssio Victor Prado
- Idade: 37 anos
- Profissão: advogado
- Cidade: São Caetano do Sul (SP)
O que eu adoro – “Excelente para o dia a dia: espaçoso, prático e com diversos itens de segurança ativa e passiva. O conjunto de motor 2.0 turbo e câmbio DSG é excepcional em conforto e performance.”
O que eu odeio – “O acabamento interno deixa a desejar para um sedã médio, principalmente quando comparado ao Jetta antigo. Os valores cobrados por peças e serviços na rede autorizada são equivalentes ao de um sedã de luxo.”
Quanto vale um VW Jetta usado (KBB)
Versão do Jetta | 2011 | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 |
Comfortline 2.0 flex manual |
R$ 51.659
|
R$ 55.641 | R$ 61.595 |
R$ 63.904
|
– | – | – |
Comfortline 2.0 flex tiptronic |
R$ 53.652
|
R$ 56.635 | R$ 63.300 |
R$ 67.000
|
R$ 70.700
|
R$ 76.500 | – |
Trendline 2.0 flex tiptronic | – | – | – | – |
R$ 65.565
|
R$ 70.000
|
–
|
Trendline 1.4 TSI manual gasolina | – | – | – | – | – | R$ 69.000 | R$ 74.000 |
Trendline 1.4 TSI tiptronic gasolina | – | – | – | – | – | R$ 72.000 | R$ 76.500 |
Comfortline 1.4 TSI tiptronic gasolina | – | – | – | – | – | R$ 77.728 | R$ 83.480 |
Highline 2.0 TSI |
R$ 58.900
|
R$ 69.000 | R$ 72.259 |
R$ 76.016
|
R$ 83.759
|
R$ 90.667
|
R$ 97.621
|
Preço das peças do VW Jetta
Peças | Original | Paralelo |
Para-choque (dianteiro) | R$ 2.590 | R$ 1.800 |
Farol completo (cada um) | R$ 1.859 | R$ 1.739 |
Pastilhas de freio (par dianteiro) | R$ 503 | R$ 430 |
Disco de freio (par dianteiro) | R$ 980 | R$ 459 |
Amortecedores | R$ 2.630 | R$ 2.574 |