Chevrolet Prisma usado tem motor antigo, mas é econômico e conectado
Confira versões, equipamentos, custos de peças, defeitos e qual é o valor do Chevrolet Prisma, que já saiu de linha no Brasil
O Chevrolet Onix tornou-se líder isolado ao unir qualidades como estilo, conforto, rendimento e conteúdo acima da média. Baseado no Cobalt, o sedã tem um rodar suave e confortável que não compromete o comportamento dinâmico.
O entre-eixos de 2,52 metros resulta em espaço adequado para quatro adultos. O porta-malas tem 500 litros e o acabamento interno é de boa qualidade.
Todo Chevrolet Prisma da segunda geração (pós-2013) traz sensor de ré, ABS com EBD, duplo airbag, direção hidráulica com regulagem de altura, painel digital, banco do motorista com ajuste de altura, abertura do porta-malas por controle remoto e vidros dianteiros elétricos.
Os motores 1.0 (80 cv) e 1.4 (106 cv) flex são antiquados, mas apresentam bons desempenho e consumo. A versão mais procurada é a LT 1.4, que tem lanternas escuras, faróis com máscara negra e rodas de aço aro 15. Mas fique atento: nos primeiros modelos, o ar era opcional.
O consagrado sistema multimídia MyLink com tela de 7 polegadas sensível ao toque também era opcional da LT, mas de série na LTZ. Bem intuitivo, incorpora rádio, Bluetooth e tocador de áudios.
Mais cara, a LTZ adiciona ar-condicionado, rodas aro 15 de liga, vidros traseiros elétricos, MyLink, faróis de neblina, espelhos elétricos e computador de bordo. A maior novidade do modelo 2014 foi o câmbio automático de seis marchas.
Em 2015, veio o volante multifuncional (revestido de couro na versão automática) e a equipada versão Advantage, com motor 1.0, aerofólio, rodas de liga aro 15, faróis de máscara negra, MyLink e volante multifuncional de couro.
Em 2016, adotou o motor 1.4 e piloto e câmbio automáticos.
Como o Onix, o Prisma desfruta de boa reputação entre os mecânicos, sem apresentar problema crônico nos últimos cinco anos. Bem projetado e construído, tornou-se um dos novos “cheques ao portador” no mercado de usados: basta anunciar que vende.
A linha 2017 recebeu motores reformulados, câmbio manual de seis marchas, direção elétrica e assistente OnStar. Todas as versões ganharam novos faróis, grade, para-choques e lanternas, menos a Joy, que manteve o visual anterior e não oferece o MyLink, apenas uma central multimídia vendida como acessório nas concessionárias.
Quando o Chevrolet Prisma saiu de linha?
A segunda geração do Chevrolet Prisma seguiu à venda até 2019, quando a nova geração do Onix foi lançada e o sedã passou a ser vendido como Onix Plus. Foi neste momento que os carros da geração anterior passaram a ser chamados de Joy e Joy Plus. A produção foi encerrada em 2021, com todo o ferramental sendo transferido para a Colômbia, onde seguirão em produção.
Preste atenção no histórico de manutenção e pesquise bem o preço de peças, que varia muito nas autorizadas. E é fácil achá-las no mercado paralelo, embora nem sempre com a mesma qualidade das originais.
Principais defeitos do Chevrolet Prisma
DIREÇÃO HIDRÁULICA – Vazamentos de fluido são causados por falhas nos retentores da caixa de direção, problema fácil de ser resolvido. Ruídos anormais ao esterçar o veículo geralmente indicam a presença de ar no sistema, que com o passar do tempo danifica a bomba hidráulica.
EMBREAGEM – Mesmo com acionamento hidráulico, pode ocorrer o endurecimento do pedal, causado pelo desgaste precoce do atuador. Este componente custa em torno de R$ 280, mas a rede autorizada costuma substituir o conjunto no período de vigência da garantia.
CÂMBIO – Notória pela confiabilidade, a transmissão automática de seis marchas pode apresentar problemas por mau uso ou negligência com cuidados básicos, como baixo nível do fluido. O reparo só pode ser feito por especialistas e raramente fica abaixo dos R$ 6.000.
RECALLS – São cinco chamados nessa geração: falha na porca que fixa a bomba de combustível (modelos 2013 e 2014), problemas de fabricação no filtro de combustível (linha 2014 e 2015), defeito na solda do suporte do pedal de freio (2013), travamento insuficiente do cinto de segurança lateral esquerdo do banco traseiro (2015 e 2016) e curto-circuito na caixa de fusíveis (2017 a 2019).
Qual é o preço médio dos Chevrolet Prisma usados (KBB):
Modelo | Prisma 2013 | Prisma 2014 | Prisma 2015 | Prisma 2016 | Prisma 2017 | Prisma 2018 | Prisma 2019 |
---|---|---|---|---|---|---|---|
Joy 1.0 8v | – | – | – | – | 53.000 | 54.100 | 58.000 |
Advantage 1.0 8V | – | – | 49.300 | – | – | – | – |
LT 1.0 8V | 44.000 | 47.200 | 48.900 | 51.800 | – | – | – |
LT 1.4 8V | 47.500 | 48.800 | 52.500 | 55.200 | 62.000 | 65.500 | 69.300 |
LTZ 1.4 8V | 50.300 | 52.800 | 55.400 | 59.000 | 65.800 | 69.300 | 72.800 |
LTZ 1.4 8V AUTO | – | 54.800 | 57.000 | 61.600 | 68.500 | 72.100 | 75.300 |
Preço das peças do Chevrolet Prisma
Peças | Original | Paralelo |
---|---|---|
Para-choque dianteiro | 786 | 480 |
Farol completo (cada um) | 846 | 599 |
Discos de freio (par dianteiro) | 189 | 115 |
Pastilhas de freio (par dianteiro) | 151 | 155 |
Amortecedores (jogo) | 1.398 | 1.020 |
Kit de embreagem | 823 | 300 |
A VOZ DO DONO
Nome: Soraya Gomes Cardim
Idade: 38 anos
profissão: advogada
Cidade: Santos (SP)
O que eu adoro: “O design tem personalidade, não se confunde com os rivais. Agrada muito pelo custo/benefício e alto rendimento mesmo com o ar-condicionado ligado. É silencioso e tem um ótimo porta-malas.”
O que eu odeio: “Suas linhas comprometem a funcionalidade: o vidro inclinado e a traseira altatornam a câmera de ré indispensável. E poderia ser mais espaçoso e ter maior vão livre, pois raspa a dianteira com facilidade.”
NÓS DISSEMOS
outubro de 2017: “A grande deficiência está na ergonomia, com comandos de difícil acesso e longe das mãos, como os botões do retrovisor elétrico (…) e do ar-condicionado, além da tela do MyLink muito baixa. A combinação do motor 1.4 e do câmbio de seis marchas não empolga, mas ajuda no consumo: registrou a média de 12,3 km/l em ciclo urbano.”
PENSE TAMBÉM EM UM…
Toyota Etios. O estilo é polêmico, mas traz interior espaçoso e mecânica apurada. O porta-malas de 562 litros supera com folga o do Corolla. O motor 1.5 tem cabeçote 16V (e comando variável na linha 2017) e é notório pela confiabilidade, desempenho e economia. O rendimento não é comprometido pelo câmbio automático de quatro marchas.