Citroën C4 Lounge usado tem versões 1.6 THP por menos de R$ 50.000

Quem não se lembra do Citroën C4 Pallas, que marcou presença pelo espaço interno e itens únicos como volante de cubo fixo e até um odorizador de ambiente? Tudo isso sumiu com o seu substituto, o C4 Lounge.

Apresentado para o ano-modelo 2014, o sedã médio manteve a plataforma do Pallas, com os mesmos 2,71 metros de entre-eixos. O espaço interno também se repete, mas o porta-malas foi reduzido de 580 para 450 litros, graças aos 15 cm a menos no comprimento (4,63 m).

Essa redução foi uma estratégia para tornar o Citroën C4 Lounge mais esportivo e assim conquistar donos de Civic, Corolla e Cruze. O interior cativa pelo bom padrão do acabamento (similar ao da linha DS4) e pelo quadro de instrumentos em três módulos com indicadores digitais.

Uma das maiores queixas do Pallas, o frágil câmbio automático AL4 (quatro marchas) foi substituído pelo Aisin AT6 sequencial (seis marchas), com maior confiabilidade, conforto e economia.

Mesmo assim, o C4 Lounge não caiu nas graças do mercado, por isso sua alta desvalorização, o que favorece quem busca um seminovo.

Melhores versões do Citroën C4 Lounge

Por menos de R$ 50.000 leva-se a versão topo de linha Exclusive, automática e com motor 2.0 flex (o mesmo do Pallas) de 143/151 cv. Traz interior em couro e era a única com este motor que tinha controle de estabilidade (ESP) e airbags laterais e de cortina nos primeiros anos de vendas.

Um pouco mais cara é o C4 Lounge Exclusive 1.6 THP, com o motor turbo com ótimos 24,5 kgfm a 1.400 giros e 165 cv. Oferece ainda monitor de ponto cego, sensores de estacionamento dianteiros, câmera de ré e GPS. Opcionais interessantes são teto solar e faróis bixenônio autodirecionais.

A versão intermediária Tendance mantinha as rodas aro 17, Isofix, ar digital bizona, sensores de ré, de chuva e de faróis e central multimídia.

A linha 2015 requer atenção: chegou ao final de 2014 com o 1.6 THP na versão Tendance, mas em janeiro esse motor virou flexível e foi a 173/166 cv.

Por fim, há a básica Origine 2.0 flex manual. Bem equipada, é identificada pela roda aro 16 e traz luz diurna por leds e ar com saída atrás. Câmbio automático só veio no modelo 2016, no mesmo ano que o motor 2.0 saiu de linha. Logo, é um mico nas lojas assim como a versão 1.6 THP manual que a sucedeu. Por outro lado, se tornou um sedã médio com a mesma mecânica do hatch esportivo DS3.

No teste de Longa Duração, o C4 Loun­ge, assim como o Pallas, só foi preju­dicado pela rede, incapaz de seguir o plano de manutenção do marca.

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O Citroën C4 Lounge foi reestilizado em março de 2018. Foi quando o nome das suas versões mudaram para Live, Feel e Shine.

O sedã ganhou nova frente, com frisos paralelos como extensões do emblema (o duplo chevron), invadindo a área dos faróis. Na traseira, as lanternas incorporam o efeito 3D. Por dentro, não houve alterações visuais, mas técnicas: o quadro de instrumentos passou a ser digital, de cristal líquido, e a central multimídia incorporou os comandos do ar-condicionado automático, além de Android Auto e Apple Carplay.

As versões mais caras ainda trocaram os faróis de xenônio por leds. Desde a versão de entrada (Live), o sedã conta com câmbio automático de seis marchas, central multimídia, painel digital e rodas com novo design (aro 16).

O desempenho continuou bom. O Citroën C4 Lounge 1.6 THP cravou 9 segundos na prova de 0 a 100 km/h e nas medições de consumo, terminou com a média de 10,7 km/l na cidade e 14,2 km/l na estrada.

Problemas e defeitos do Citroën C4 Lounge

Freios – O C4 é um notório consumidor de freios: é raro o conjunto de discos e pastilhas passar dos 30.000 km. A boa notícia é que essas peças ficaram mais em conta na rede autorizada e é fácil de encontrá-las no mercado paralelo.

Eixos – O rolamento da roda traseira pode apresentar ruído, indicando desgaste natural ou provocado por montagem e ajuste irregulares. Em casos extremos, ele pode travar, ocasionando a queda da roda.

Suspensão – A durabilidade dos amortecedores melhorou comparada ao C4 Pallas, mas as buchas das bandejas pedem atenção especial. Aproveite para verificar o estado de batentes e bieletas.

Turbo – Os motores THP com manutenção negligenciada podem apresentar um excesso de fumaça em marcha lenta ou no intervalo entre as trocas de marcha. Esse sintoma pode indicar uma turbina danificada ou no fim de vida útil, reparo que custa de R$ 2.500 a R$ 6.500.

Recall – Uma falha na calibração do módulo do motor pode ocasionar vácuo insuficiente para os freios com o motor frio. Nas versões Tendance e Exclusive fabricadas entre abril e dezembro de 2013, chassi de EG500081 a EG537375.

A voz do dono

Nome: Rafael Brito
Idade: 38 anos
Profissão: vendedor de autopeças
Cidade: Casa Branca (SP)

O que eu adoro: “Não há rivais com os mesmos equipamentos na faixa de preço dele. Conforto, silêncio e espaço interno excelentes para viajar em família. O câmbio de seis marchas garante ótimo desempenho e consumo.”

O que eu odeio: “A durabilidade dos freios deixa a desejar: é sempre bom verificar o estado de discos e pastilhas. Com 40.000 km, a suspensão já apresenta algum barulho, e o valor das revisões é elevado.”

Preço médio dos Citroën C4 Lounge usados (KBB)

Preço das peças