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Smart muda de ideia e voltará a ter carros com motores a combustão

Joint venture com a Geely leva Smart de volta aos motores a combustão, seis anos após anunciar eletrificação total

Por Cristiane Barreto
6 ago 2025, 19h03
Smart #5 EHD
 (Smart/Divulgação)
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Depois de anos como símbolo da eletrificação urbana, a Smart surpreendeu ao anunciar a reintrodução de motores a combustão em seus veículos. A guinada acontece em parceria com a chinesa Geely, sua atual proprietária, e começa pelo SUV Smart #5, que terá uma versão híbrida com nome oficial já definido: Smart #5 EHD.

O novo conjunto mecânico combinará um motor 1.5 turbo a gasolina, fornecido pela Aurobay (subsidiária da Geely), com motores elétricos. A transmissão será uma 3DHT de três marchas. A marca promete até 1600 km de autonomia, segundo o ciclo chinês CLTC — mais otimista do que os padrões brasileiros. Já a velocidade máxima ficará em 185 km/h.

Smart #5 EHD
(Smart/Divulgação)

Venda fraca na China e mudança de rota

A decisão de retomar motores a combustão não veio à toa. Em 2024, a Smart não conseguiu atingir 50.000 unidades vendidas na China, principal mercado da marca. A baixa procura por modelos 100% elétricos levou a joint venture a buscar uma solução intermediária: os híbridos de autonomia estendida.

O Smart #5 EHD será o primeiro dessa nova fase. Apesar do nome, o modelo terá funcionamento semelhante ao de um carro elétrico: o motor a combustão deve funcionar principalmente como gerador para recarregar as baterias, sem tração direta nas rodas. A estratégia lembra o conceito usado no extinto BMW i3 REx e no Nissan e-Power.

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(Smart/Divulgação)

Marca abandona plano de eletrificação total

A reintrodução dos motores a combustão contradiz uma das principais bandeiras recentes da Smart. Em 2019, a empresa havia anunciado o fim dos motores a gasolina e a diesel, com a promessa de se tornar uma marca exclusivamente elétrica até 2022. Até conseguiu isso, mas agora está voltando atrás.

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A transição foi terminada com o fim da produção do Fortwo e do Forfour movidos a combustão, substituídos por uma nova geração desenvolvida em parceria com a Geely. Os modelos Smart #1, #3 e #5 foram lançados como EVs, com produção concentrada na China.

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(Smart/Divulgação)

Com os resultados abaixo da expectativa, e a nova demanda que busca por flexibilidade, a marca revê seu plano original. O retorno dos motores a combustão pode não agradar os defensores da eletrificação, mas irá atender uma realidade mais prática, principalmente porque a infraestrutura de recarga ainda está longe de ser ideal na maior parte do mundo.

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Outros modelos também devem ganhar motor a combustão

Com a confirmação do Smart #5 EHD, é bem provável que outros modelos da linha também ganhem versões híbridas. Ainda não há anúncios oficiais sobre o Smart #1 ou #3, mas a criação de uma nova linha com a sigla EHD sugere que a marca está disposta a manter essa alternativa no portfólio.

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(Smart/Divulgação)

Essa mudança também abre espaço para a expansão da marca nos mercados em que os carros elétricos ainda enfrentam resistência, seja por preço, autonomia ou falta de carregadores. A estratégia, embora conservadora, pode garantir sobrevida à marca em um cenário de transição mais lenta do que o previsto.

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