Novo Mercedes-AMG G63 se torna híbrido para ir além dos 600 cv
Nas versões mais baratas, o Mercedes-Benz Classe G ganhou, além da eletrificação, novo motor a gasolina e melhorias em sistemas de entretenimento e off-road
Queridinho de boleiros e estrelas da música, o Mercedes-Benz Classe G teve sua nova linha anunciada. O design do Classe G, que chega a custar R$ 1,8 milhão na linha atual no Brasil, foi pouco alterado, mas agora o sistema híbrido é item de série do jipe, que também ficou mais tecnológico.
Exclusivo do Mercedes-AMG G63 (variante topo de linha), o V8 4.0 rende, sozinho, 585 cv e 86,7 kgfm. Agora há um conjunto híbrido leve (MHEV), que eleva os números ao 605 cv e 107,1 kgfm por um pequeno período. Com transmissão automática de nove marchas e tração integral, é o suficiente para ir de 0 a 100 km/h em 4,3 s, segundo a marca, apesar dos 2.640 kg do carro.
No Mercedes-Benz G 500, intermediário, estreia o motor 3.0 biturbo: incrementado pelo sistema híbrido leve, o seis cilindros atinge 469 cv e 77,5 kgfm. Já o Mercedes-Benz G 450d é a única variante a diesel, com outro motor 3.0 biturbo e ápice de 387 cv e 96,9 kgfm, também sob ajuda do propulsor elétrico. Toda a linha usa o mesmo câmbio automático de nove marchas e tem tração integral permanente, com 60% do torque enviado à dianteira.
No exterior, os retoques incluem a nova grade do para-choque dianteiro (levemente alterada) e as listras verticais na grade dos modelos mais baratos (agora são quatro filetes, ao invés de três). Atrás, o para-choque mudou, mas é mais fácil notar isso vendo que a câmera de ré mudou de posição e tem limpador próprio, embutido na carroceria.
A Mercedes parece guardar a ousadia para o EQG, o Classe G elétrico. No jipe a combustão, a tradição foi mantida em detalhes como as maçanetas “rústicas”, no estepe externo e nos faróis circulares. Estilo mantido por dentro também, onde as saídas de ar mantêm forma e o controle dos três diferenciais segue como um conjunto de chaves. O que muda mais é o console central, que está visualmente mais limpo.
Novidades da linha incluem porta-copos com temperatura regulável e iluminação ambiente no painel. Quadro de instrumentos digital e central multimídia somam 24,6” e agora são item de série em todas as versões.
Um opcional inédito é o par de telas com 11,6”, que servem de entretenimento no banco de trás, mas estão conectadas de modo que um passageiro da segunda fila consegue mandar informações que serão úteis ao motorista na tela da frente, por exemplo.
Não é só luxo e força: o Classe G também precisa honrar a categoria dos jipes, e faz isso ao, daqui em diante, oferecer de série os amortecedores adaptativos. No G63, o conjunto é incrementado, com ajuste ainda mais fino para evitar inclinação no sentido do ângulo de ataque e da rolagem.
Todos esses parâmetros (incluindo também a dureza da direção e dos pedais) compõem os modos de condução, indo do asfalto mais liso à trilha mais bruta. Três pré-configurações, para escalada de rochas, cascalho e areia, estreiam na linha 2025, assim como a mudança na interface das telas.
No fora-de-estrada, o visual da imagem se altera, exibindo informações úteis na terra e até câmeras cujas imagens criam uma espécie de “transparência” no capô, permitindo aos ocupantes enxergar todos as pedras no caminho.
Falando em pedras no caminho, o preço do sonho de ter um Mercedes-Benz Classe G ainda não foi divulgado, mas deverá ser bem parecido ao até R$ 1,8 milhão cobrado no Brasil.