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BMW iX1: X1 elétrico anda como sedã esportivo mas tem até modo relaxante

Ainda sem confirmação para o Brasil (mas com grandes chances), a versão elétrica do X1 tem visual comum e interior com telas curvas

Por Guilherme Fontana, de Regensburg (Alemanha)
Atualizado em 29 set 2022, 10h08 - Publicado em 29 set 2022, 09h16
BMW iX1
BMW iX1 (Divulgação/BMW)
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Primeiro carro elétrico da BMW na era moderna, o carismático i3 teve sua produção encerrada em meados deste ano, dois anos antes do previsto pela marca – apesar de ainda estar à venda no Brasil. Além dos custos altos de produção, o modelo não faria mais sentido na atual linha, especialmente pela chegada de um integrante inédito, que virá a ser seu substituto: o BMW iX1.

Para saber das promessas e da realidade do novo elétrico de entrada da fabricante bávara, QUATRO RODAS foi até Regensburg, na Alemanha, para conhecê-lo diretamente de seu local de nascimento. Ele ainda não está confirmado oficialmente para o Brasil, mas seguindo os recentes lançamentos da marca no mercado brasileiro fazemos nossas apostas de que, sim, o modelo deverá chegar por aqui em 2023.

BMW iX1
Traseira do iX1 tem lanternas de aspecto agressivo e para-choque com grande aplique preto (Divulgação/BMW)

É preciso dizer que o iX1 é, declaradamente, a versão elétrica do X1 — e ele não faz esforço algum para dar a entender que é um modelo diferente. Muito pelo contrário.

Caso esteja equipado com o pacote visual M, como as unidades das imagens e as que andamos pelas estradas alemãs, será preciso se atentar ao nome “iX1” na traseira e ao discreto “i” na “grade” dianteira. “Grade”, entre aspas, porque ela é fechada, o que também fica muito bem disfarçado pelos acabamentos em preto e prata, criando efeito de profundidade.

BMW iX1
Grade é fechada e tem a letra “i” ao canto, que identifica a versão elétrica (Divulgação/BMW)

Na traseira, o desenho geral remete bastante à primeira geração do SUV, com lanternas mais estreitas e de aspecto mais agressivo, e o vidro pronunciado. O mesmo vale para as laterais, com uma grande área envidraçada. De lado, o que muda são as rodas, de até 20 polegadas na versão elétrica, e as maçanetas embutidas.

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Sem o pacote visual o iX1 segue praticamente idêntico ao X1 a combustão (ou híbrido), mas deixa mais evidente que se trata do elétrico pelos detalhes em azul espalhados pela carroceria. Com o pacote M, eles não existem.

BMW iX1
Sem o pacote visual M, o iX1 tem detalhes em azul que o diferencia das versões com motores a combustão (Divulgação/BMW)

Não é só do lado de fora que o modelo está mudado e mais bonito do que nunca: o interior o novo X1 também é (finalmente) totalmente novo. O painel tem diversas superfícies com materiais e texturas diferentes, além de vincos. As saídas de ar têm posicionamento fora do comum, com uma central, outra à esquerda do motorista e duas à frente do passageiro, algo como no antigo Honda HR-V.

O console central tem “dois andares”, com uma seção inferior, onde há carregador de celular por indução (no qual o celular fica em pé e preso por uma barra, algo incomum), e outra seção superior que remete ao iX, com efeito flutuante, onde ficam comandos do câmbio, dos modos de condução e do freio de estacionamento.

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BMW iX1
Interior tem como destaque o conjunto de telas curvo (Divulgação/BMW)

Quem manda na parte de dentro, porém, é o conjunto curvo de telas – também como no “irmão” maior iX e no novo Série 3, que também conhecemos em Regensburg. São duas telas, uma de 10,25 polegadas para o quadro de instrumentos e, outra, de 10,7 polegadas para a central multimídia.

BMW iX1
Console superior é “flutuante” e tem comandos de câmbio e modos de condução (Divulgação/BMW)

Convivendo e acelerando o BMW iX1

Espaço é um dos pontos altos do SUV, mesmo no banco traseiro, com folga para pernas e cabeça de (quase) todos. Quase, porque quem precisar ir no assento central poderá reclamar do túnel central, que é alto. O console com as saídas de ar também invadem o espaço.

Vale considerar, por isso, como o X1 cresceu em comparação com a geração passada. São 5,3 centímetros a mais no comprimento (agora de 4,5 metros), 2,4 cm na largura (1,84 m), 4,4 cm na altura (1,64 m) e 2,2 cm no entre-eixos (2,69 m). Além do espaço interno, o porta-malas também cresceu e ganhou 35 litros, chegando a bons 540 litros.

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BMW iX1
Espaço traseiro é bom, mas o ocupante do meio poderá reclamar do túnel central (Divulgação/BMW)

O BMW iX1 tem configuração única por ora, a xDrive30, com um conjunto mecânico composto por dois motores elétricos, posicionados um em cada eixo. Isso faz com que o SUV tenha tração integral, como já denuncia o “x” no nome da versão.

São 313 cv de potência e 50,4 kgfm de torque extraídos das unidades “abastecidas” com energia elétrica. Segundo a marca, o iX1 acelera de 0 a 100 km/h em 5,7 segundos, mas tem a velocidade máxima limitada a 180 km/h para preservar a bateria de 64,7 kWh e a autonomia. Por falar na autonomia, o alcance projetado do elétrico é de até 440 km no ciclo europeu.

BMW iX1
Porta-malas cresceu 35 litros em relação ao antigo X1 (Divulgação/BMW)

Os números de aceleração são muito bons para um SUV grande e pesado, e bem nítidos durante a condução. O iX1 tem acelerações fortes, com respostas rápidas graças ao bom volume de torque que, por sua vez, é instantâneo. Durante as acelerações, é possível ativar um “ronco” que sai pelos alto-falantes, com um ruído que busca imitar o barulho de um motor a combustão, mas com timbres mais metálicos e futuristas. É interessante para não viver no silêncio.

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BMW iX1
BMW iX1 xDrive30 (Divulgação/BMW)

Isso também dependerá do modo de condução escolhido. Entre os oferecidos estão os clássicos Personal, com ajustes mais equilibrados, Efficient, para uma condução mais econômica, e Sport, para uma tocada mais esportiva.

Além destes, porém, há outros dois inéditos: Expressive e Relax. Em ambos os novos modos as mudanças são apenas de ambientação, sem qualquer alteração mecânica, diferente do que ocorre nos três primeiros. Os dois últimos alteram o tema das telas e as cores ambiente. No Relax, a massagem presente no banco do motorista é ativada.

BMW iX1
BMW iX1 xDrive30 (Divulgação/BMW)

A dirigibilidade do iX1, assim como no i4, não renega as tradições de um BMW pela veia esportiva. A direção tem relativo peso e a suspensão é firme. Pelas ruas e estadas alemãs (incluindo trechos das famosas Autobahnen) ele foi bem, agarrado ao chão, com estabilidade garantida, mas um balanço confortável, sem pulos de um esportivo com curso menor de amortecedores.

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No único buraco encontrado pelo caminho, a pancada seca mostrou os contras de um conjunto tão firme – e onde deverá sofrer se (ou quando) for comercializado no Brasil. Na prática, é uma condução muito mais próxima dos sedãs da marca do que do iX, outro SUV elétrico.

BMW iX1: X1 elétrico anda como sedã esportivo mas tem até modo relaxante
BMW iX1 (Divulgação/BMW)

X1 nacional está garantido

Como já dissemos, nossa aposta é de que o iX1 chegue ao Brasil já em 2023. Porém, ele chegaria por aqui importado de Regensburg, já que a produção nacional do X1 em Araquari (Santa Catarina) será apenas para versões sem eletrificação. O modelo é equipado, atualmente, com um motor 2.0 turbo flex de 192 cv. Uma versão com este motor deverá continuar existindo.

Caso você tenha perdido algum capítulo desta história, o novo X1 já está confirmado para ser produzido por aqui a partir do próximo ano, já que algumas versões (como a elétrica) não chegaram nem mesmo às lojas europeias. Por aqui, as versões ainda não foram anunciadas, mas, além do elétrico e do puramente a combustão, uma versão híbrida também é esperada.

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