Auto-serviço

Proprietários de carros da Citroën relatam demora para ter peças e serviços

Proprietários de Citroën C3, Basalt e Aircross reclamam da falta de peças e das constantes falhas dos novos modelos da marca

Por Waldez Carmo Amorim
4 nov 2025, 07h53

Existe um coro, pode-se dizer generalizado, contra a Citroën, em relação à qualidade de seus carros e ao atendimento nas concessionárias. Por diferentes razões, proprietários de diferentes modelos enfileiram queixas. O servidor público municipal Thiago Alexandre Marques Thomaz, de Porto Alegre (RS), dono de um C3 Aircross 2024, é um deles.

“Dois meses após pegarmos o carro, começaram os avisos sonoros e as mensagens intermitentes no painel para verificar o airbag”, conta Thiago. “Na concessionária, disseram que só teriam horário para me atender após um mês”, lembra. “Levei e disseram que era apenas um conector debaixo do banco com folga, e mesmo assim só recebi o carro de volta quase um mês depois, esperando a tal peça chegar”, afirma reclamando que, nesse tempo, lhe deram um carro reserva de qualidade inferior ao comprado.

Versão You! foi a primeira do C3 equipada com motor 1.0 turbo de 130 cv (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Outro inconformado é o jornalista Antônio Angelo Ferreira Raposo, de João Pessoa (PB), dono de um C3 You 2024. “Por causa de um barulho ao frear, me pediram três dias para chegar os discos e pastilhas novos que seriam necessários trocar; mas levaram 36 dias para ao final descobrirem que o problema não estava nas peças trocadas, e sim em uma regulagem nos freios”, diz Antônio.

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No Facebook, encontramos diversos outros relatos, como o da empresária Mariane Anelli, de Treviso (SC), proprietária de um Aircross 2024, no grupo Citroën Basalt e C3 Aircross: “Em novembro de 2024 bateram na traseira do meu carro e o conserto se transformou em um transtorno absurdo, demoraram seis meses para me entregar o carro que tinha seis meses de uso”, protesta.

Citroën Basalt Shine Turbo 200 (Pedro Bicudo/Citroën)

E isso porque Mariane decidiu não esperar mais pelo assoalho do carro, que foi atingido na batida, optando pelo conserto (repuxo), em vez da troca. “Eu estava grávida e não recebi nenhum tipo de suporte da fábrica”, conta. “Não ofereceram sequer um carro reserva”, afirma. “Foi uma experiência frustrante com uma marca que demonstrou total descaso e falta de comprometimento com o consumidor”, resume seu sentimento.

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Questionada, a Citroën se limitou a dizer que todos os clientes mencionados aqui foram atendidos e tiveram seus carros consertados.

O povo reclama

“Amanhã, o Basalt vai pela quarta vez para a concessionária. Vão trocar a barra estabilizadora por ordem do Procon, ou a devolução do dinheiro.” Post editado de grupo no Facebook

“Com uma semana, meu Basalt apresentou problemas de direção e suspensão. Estava parado na concessionária desde 26/02/25, por falta de peça. Aí me entregaram o carro com o mesmo defeito. Minha indignação foi tanta com a Citroën que não aceitei a troca e pedi o cancelamento da compra.” Post editado de grupo no Facebook