Porque os fabricantes estão aumentando a garantia de carros novos
Fabricantes têm seguido a tendência e aumentado os períodos de garantia no Brasil até para carros usados
Até poucos anos atrás, era comum ter períodos de dois a três anos para a garantia de um veículo vendido no Brasil. Recentemente, porém, uma (boa) onda tomou conta do mercado e diversas marcas aumentaram a vigência de suas garantias.
Entre os motivos estão três principais: o primeiro, como um acompanhamento da concorrência; o segundo, como mais uma resposta às marcas chinesas, que já chegaram ao país com períodos maiores de cobertura; o terceiro, de olho no período cada vez maior em que o primeiro dono de um carro permanece com ele.
Algumas empresas foram precursoras no aumento da garantia para, em média, cinco anos, a depender do modelo. O Grupo Caoa, com Hyundai, Subaru e Chery, pratica o período há bons anos para as linhas completas, assim como Kia, Mitsubishi e Toyota. Em seguida chegaram as chinesas BYD e GWM, com a mesma política.
Outras marcas, porém, adotam períodos maiores para modelos específicos. Na Stellantis, a picape Titano, da Fiat, foi o primeiro modelo do grupo a ter garantia de cinco anos. A prática passou, no último mês, também para a Jeep, com o mesmo período para os modelos nacionais, como Renegade, Compass e Commander. Para os importados, como Wrangler, Grand Cherokee e Gladiator, permanecem os dois anos, apenas.
Na Nissan, a Frontier vai além da média de mercado com seus seis anos, contra três nos demais modelos da marca. Outra picape a ter garantia específica dentro da linha é a nova S10, também com meia década. Demais modelos, como Onix, Onix Plus, Spin, Tracker, Montana e Equinox, têm três anos.
Por fim, ainda há quem permaneça integralmente com os tempos de vigência antigos, de três anos. Ford, Volkswagen e Renault, por exemplo, ainda oferecem três anos de fábrica para toda a linha zero-quilômetro disponível no mercado brasileiro.