Correio técnico: ainda vale a pena usar compressor em motores?
Ainda há alguma vantagem técnica no uso desse tipo de tecnologia?, pergunta o leitor Gabriel Veloso, de São Luis (MA)
![Ford EcoSport 1.0 Supercharger](https://quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/03/ecosport-1.0-supercharger-utilitc3a1rio-esportivo-da-ford-testado-pela-revista-qu-e1554315577942.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
O compressor (supercharger) aumenta o consumo de combustível? Ainda há alguma vantagem técnica no seu uso? – Gabriel Veloso, São Luís (MA)
Na verdade, por permitir que o motor gere mais potência e torque a rotações menores, o compressor reduz o consumo, além de ter uma vantagem técnica – sobretudo com a tecnologia de 48V.
![Compressor mecânico ou supercharger de motor.](https://quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/03/turboxsupercharger-e1554315675255.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Primeiro, vale lembrar como funciona o compressor, que nada mais é do que um rotor (ou rotores) geralmente movimentado por uma correia e capaz de enviar mais ar aos cilindros, como no turbo.
![Compressor elétrico turbo elétrico](https://quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2016/11/57b75dc70e2163719703a71aa162943_large.jpeg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
A diferença é que, por não precisar de um volume mínimo de gases para funcionar, o compressor entrega uma melhoria de potência a qualquer rotação, sem o atraso inerente do turbocompressor.
Um dos problemas do sistema, porém, era que suas perdas mecânicas e maior ruído o fizeram ser preterido por turbos menores, eficientes mesmo a baixas rotações.
O que permitiu um retorno do compressor foi a adoção dos sistemas de alta tensão (48V), capazes de alimentar compressores elétricos, que não usam a força do motor e são mais leves e eficientes.
Esse sistema, geralmente usado em associação com o turbo, já é adotado em modelos como o Audi SQ7.