Comprar carro pela internet vale a pena?
Tentativa frustrada em outras épocas, a venda de veículos pela internet está de volta
Comprar pela internet é uma realidade e já há uma geração de consumidores habituada ao e-commerce. De acordo com uma pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), 89% dos internautas fizeram ao menos uma compra online em 2016.
Vestuário, ingressos, livros e celulares lideram a lista de produtos mais vendidos pela web. Mas ainda há resistência em algumas categorias de bens de consumo. Automóvel, por exemplo.
Carros passam longe desse índice, mas, mesmo assim, marcas como a Citroën ainda apostam que a venda online pode se tornar mais um atrativo da indústria.
No início dos anos 2000, a tentativa de vender carro via web foi bem difundida. A Fiat começou com o Mille Online e passou para o Palio Young. Já a Renault teve o Clio Yahoo, enquanto a GM ofereceu o Celta exclusivamente na rede digital.
Se na teoria soava como inovador, na prática nunca deu muito certo. E as vendas foram inexpressivas. Agora, Renault e Citroën querem dar mais uma chance ao consumidor.
A primeira com a pré-venda do Kwid feita só na internet. A segunda com o programa St@rt, que oferece versões exclusivas para a web de C3 e Aircross.
É simples: basta entrar no site da marca, escolher o carro, pagar por meio de boleto e, depois, buscar na concessionária.
De acordo com a Citroën, o programa visa oferecer um modelo a um preço competitivo e flexibilidade, já que o cliente pode fazer a compra quando e de onde quiser.
Foram feitos mais de 250 pedidos em 2017 – 50 entregas apenas em julho. E o crescimento não é recente: segundo uma pesquisa de 2015 da Capgemini, 31% dos entrevistados gostariam de comprar seu próximo carro pela web.