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Câmbio automático quebra mais? Confira mitos e verdades

Os câmbios automáticos evoluíram muito, mas é preciso ficar atento para não provocar panes e defeitos

Por Redação
Atualizado em 14 dez 2023, 13h14 - Publicado em 10 jun 2023, 21h18

Carros automáticos já são maioria entre os automóveis novos vendidos no Brasil, mas algumas dúvidas permanecem entre os consumidores, como se o carro automático tem vida útil menor ou se o câmbio automático dá mais manutenção ou até se o sistema dispensa o uso do freio de estacionamento.

Por isso, separamos alguns mitos e verdades a respeito desse tipo de transmissão para esclarecer, de uma vez por todas, o que pode e o que não pode ser feito com um câmbio automático.

Em paradas, como um semáforo, devo mudar o câmbio para a posição N

Mito: a grande diferença do câmbio automático é que o motorista só tem que acelerar e frear, sem precisar tirar as mãos do volante. Isso vale também para os momentos de parada. Todo o sistema é preparado para manter o veículo em D, mesmo parado, sem nenhum tipo de desgaste anormal.

Na posição D, ao soltar o pé do freio, o carro já começa a andar.

Verdade: mesmo sem tocar no acelerador, em um local plano, o veículo já vai se movimentar lentamente, o que é muito útil em congestionamentos, quando se pode avançar pequenas distâncias só aliviando o pé do freio. E, em subidas, essa característica dá um tempo a mais para o motorista acionar o acelerador antes de o carro começar a descer.

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Câmbio automático consome mais combustível.

Mito: carros automáticos mais antigos, com transmissões de três ou quatro marchas, tinham um consumo de combustível mais alto que suas versões manuais. Mas isso é coisa do passado. Hoje, sua eficiência é muito maior, graças a evoluções no gerenciamento do momento das trocas de marcha, das trocas serem feitas mais rápido e também ao fato de câmbios com seis marchas serem o padrão, sendo que alguns modelos chegam a ter oito e nove marchas.

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câmbio automático
Câmbio automático AQ 160-6F, com conversor de torque e seis marchas , tem opção de troca sequencial apenas pela alavanca (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Câmbio automático quebra menos e dura mais.

Verdade: as transmissões automáticas são projetadas para durar toda a vida útil do veículo. Em alguns carros, nem mesmo a substituição do óleo lubrificante é necessária, por usarem lubrificantes de ultrabaixa viscosidade. Mas deve-se ficar atento a essa indicação no manual do carro. Transmissões manuais, além de sujeitas a erros de operação, demandam troca periódica do kit de embreagem.

Se o carro é automático, não preciso acionar o freio de estacionamento.

Mito: a posição P da alavanca do câmbio automático aciona uma trava mecânica que impede que as rodas de tração girem. Mas ela não substitui o freio de estacionamento. Não utilizá-lo pode provocar desgastes no suporte do câmbio, no próprio câmbio e levar a quebras – e, por consequência, a acidentes.

A transmissão automática, além de oferecer mais conforto, também traz esportividade.

Verdade: alguns carros automáticos têm a opção de troca manual de marchas ou a opção S, de “sport”, que estica as trocas de marcha, ampliando a utilização da potência e do torque do motor até seu limite de giro, o que dá maior sensação de esportividade.

Câmbio automático ZF 8HP
Câmbio automático ZF 8HP (ZF/Divulgação)

Não é possível fazer carro com câmbio automático pegar “no tranco”.

Verdade: essa manobra emergencial (um empurrão externo com o veículo engatado, que faz as engrenagens do motor girarem e, assim, possibilita a partida se a bateria estiver sem carga) só é possível em carros com câmbio manual. Nos automáticos, o acoplamento das marchas acontece com a pressão do óleo, gerada pelo funcionamento do motor. Tentar fazer essa manobra em um carro automático pode levar a uma quebra.

Nas ultrapassagens, devo reduzir as marchas manualmente ou usar a posição 3 ou L.

Mito: tal recurso deve ser usado em subidas ou descidas para manter o motor com a faixa de rotação ideal. Nas ultrapassagens, o motorista deve acionar o “kickdown”, recurso que consiste em pisar fundo no acelerador e manter a posição até a central eletrônica, ao perceber que você precisa de força do motor, reduzir uma ou duas marchas. O motorista pode decidir, antes de iniciar a manobra, por mudar o câmbio para a posição S, na qual as trocas subsequentes à redução serão feitas de forma mais esportiva, alongando as marchas. Se o carro tiver opção de troca manual, o motorista pode escolhê-la, mas é necessário experiência e familiaridade com o mecanismo para executar as trocas no tempo correto.

câmbio automático
O trava do parking é responsável por bloquear o movimento da transmissão (Reprodução/Internet)

Em um carro automático, o ideal é acelerar com o pé direito e frear com o esquerdo.

Mito: a perna esquerda do motorista comum não tem a sensibilidade necessária para lidar com o freio, pois está acostumada ao acionamento da embreagem, pesada e de curso mais longo. Por isso, insistir nessa técnica pode resultar em frenagens bruscas e acidentes. É melhor simplesmente dar férias para o pé esquerdo.

Posso colocar o câmbio em Neutro em descidas para economizar combustível.

Mito: isso afetará a lubrificação de rolamento e engrenagens do câmbio. As transmissões automáticas trazem, em conjunto com o motor, uma lógica própria para economizar combustível em situações de declive. Por meio de um giroscópio, o sistema reconhece o declive e, com o acelerador em modo de repouso, mantém o motor conectado ao câmbio. Com isso, o motor entra em cut-off, ou seja, não há injeção de combustível.

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