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As vantagens e desvantagens do tucho hidráulico

Dispositivo ajuda a eliminar folgas e ruídos na abertura das válvulas

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 3 Maio 2021, 16h34 - Publicado em 10 fev 2017, 16h43
Came da árvore de comando próximo ao tucho  (Reprodução/)
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Comandos e válvulas são peças fundamentais ao motor, mas entre elas estão outros componentes igualmente importantes: os tuchos. A função deles é eliminar as folgas provocadas por desgaste e preservar a regulagem fina do tempo de abertura e fechamento das válvulas.

Toda válvula do motor tem um tucho atribuído. E todo o conjunto funciona em sincronia, com tempo de funcionamento dependente da árvore de válvulas (ou comando de válvulas).

Ao girar, o ressalto dos câmes desse eixo empurra os tuchos, que pressiona a válvula correspondente, abrindo o canal de fluxo de gases.

 

 

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Kit de tuchos hidráulicos de um motor 1.0 Chevrolet (Reprodução)

Todo esse movimento gera atrito. Nas últimas décadas, os balancins passaram a ser roletados, facilitando a movimentação do comando de válvulas. Os tuchos passaram a ser hidráulicos, tecnologia que compensa as possíveis folgas de forma automática, graças a um pistão interno que é alimentado pelo próprio óleo do motor pressurizado.

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O sistema hidráulico provê o funcionamento gradual, como um amortecedor, ao acionamento dos tuchos – isso reduz os ruídos provocados pelo impacto do comando no topo do tucho, e também o atrito.

Na lateral desse tipo de tucho, um orifício lateral serve para dar vazão ao fluxo de óleo que o pressuriza. Outro benefício dessa estratégia é a redução de calor e maior durabilidade do conjunto.

Para que a gravidade não esvazie o tucho, há uma válvula de retenção. Ocorre que, em casos de desgaste moderado, esta válvula começa a falhar e o motor faz um característico “tec tec tec” por alguns segundos, até que o tucho seja pressurizado.

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Isso também pode ter relação com baixa pressão na bomba de óleo. O ideal neste caso é levar o carro em um mecânico de confiança para que o profissional faça a distinção dos problemas.

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Tuchos mecânicos do Honda Civic 1.6 2000 (Reprodução)

Em carros com tuchos mecânicos (sim, eles ainda existem e os Honda Fit, City, HR-V e Civic são exemplos), o acionamento das peças é mais barulhento e há um desgaste da superfície do tucho.

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Nos Honda, a cada 40.000 km, a manutenção envolve a abertura da tampa de válvulas para a troca da pastilha que fica acima do tucho. Essa providência preventiva corrige a folga entre os componentes e ajusta as válvulas.

Como é necessário trocar a junta desta tampa, que se danifica no momento em que abre a tampa de válvulas, o procedimento tende a ter valor elevado.

A Honda diz manter os tuchos mecânicos até hoje em prol da confiabilidade. O argumento tem justificativa: tuchos hidráulicos podem travar se a troca de óleo não for feita no tempo certo. E mais: como o óleo que circula nos tuchos é o mesmo do motor, pode acumular óleo velho mesmo após a troca do fluido que circula no motor.

Para fazer a limpeza correta desses pequenos componentes, claro, é necessário desmontar todo o conjunto – operação que tem custo de mão-de-obra onerosa.

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