Dia das Mães: Assine por apenas 5,99/mês

Yamaha YS 250 Fazer Blueflex

A popular Fazer 250 agora é flex: as maiores vantagens são ambientais

Por Eduardo Viotti | fotos: Marco de Bari
Atualizado em 9 nov 2016, 12h03 - Publicado em 12 set 2012, 16h01
Yamaha YS 250 Fazer Blueflex

A Yamaha mandou bem outra vez ao lançar a primeira moto de 250 cc dotada de tecnologia multicombustível, a Fazer YS 250 Blueflex. Não que ela traga grandes vantagens econômicas – é bem verdade que em algumas regiões do país o uso do álcool não traz vantagem financeira – ou de desempenho, praticamente igual com álcool ou gasolina. Seu maior valor agregado é principalmente ambiental.

A queima de álcool é menos danosa ao ambiente que a da gasolina. Há emissões também com o uso do combustível vegetal, claro, que precisam ser controladas, mas menos tóxicas que as causadas pelos combustíveis fósseis.

A Blueflex segue a tradição de inovar, já que a Fazer foi a primeira moto a adotar injeção eletrônica no país. O pistão é forjado e o cilindro é revestido de cromo. Isso permite maior facilidade para subir de giro, menos atrito e maior durabilidade. Entretanto, a retífica é complicada e exige a troca de componentes caros. Além de ter um barulhinho mecânico incômodo que, sem ser um defeito, é meio desagradável e toma tempo para se acostumar.

A montadora desenvolveu um sistema de alerta chamado Sistema Yamaha de Segurança (SYS), que assegura que a moto não será posta em movimento em temperaturas abaixo da ideal para a queima do combustível no motor. Funciona por meio de uma luz indicadora no painel (aliás, bonito e funcional, como sempre, o melhor da categoria).

Se essa luz estiver acesa com o motor em funcionamento, indica que o SYS está ativo. Só engate a marcha quando ela se apagar. Caso a marcha seja engatada com a luz do SYS acesa, o motor apaga automaticamente. Um sensor de temperatura envia sinais para a central de processamento, que corta o motor. Quando ela pisca, significa que a temperatura do motor está abaixo de 20 oC, mas que, mesmo assim, a moto pode ser pilotada. Finalmente, se a luz estiver apagada, é só ligar, engatar e sair normalmente. Todo esse processo só entra em ação quando o tanque con- tém 70% ou mais de etanol.

Para as regiões geladas, onde o uso de álcool é sempre mais crítico, a Yamaha recomenda o uso de pelo menos 4 litros de gasolina em um tan- que de álcool. A medida é sugerida para temperaturas abaixo de 20 oC, facilmente atingidas no Sul e Sudeste do país e também nas regiões frias onde a amplitude térmica supere os 5 oC em um mesmo dia. A empresa recomenda o uso de pelo menos 8 litros de gasolina por tanque se a temperatura ambiente estiver abaixo de 10 oC.

Continua após a publicidade

O uso de álcool puro para quem mora em região fria fica praticamente limitado aos meses quentes. Mas nos estados mais tropicais é só botar álcool e rodar – com a consciência tranquila.

Há mais recomendações curiosas. A primeira aconselha a abastecer com 50% de gasolina e 50% de etanol depois de uma pane seca, para facilitar o reconhecimento e a adaptação do sistema ao novo combustível. A segunda informa que a central eletrônica precisa de algum tempo para reconhecer a mistura presente no tanque e que, por isso, quando o piloto alterar a proporção entre os combustíveis em um reabastecimento, deve dirigir por algum tempo com atenção redobrada, “até que o sistema reconheça o novo combustível utilizado”, prega o manual.

DESEMPENHO IGUAL

Apesar de tanto blá-blá-blá, nós testa- mos a moto sob o rigoroso inverno paulistano. Nenhuma dificuldade para pegar de manhã, mesmo usando álcool puro, e nenhuma falha nos primeiros quilômetros, a chamada fase fria.

Fizemos as medições de desempenho em condições iguais, com mesmo piloto, dia e local. Surgiram diferenças, mas tênues e insuficientes para bancar a afirmação de que o desempenho é superior com álcool. Bem, se os números de fábrica para potência e torque são os mesmos, o desempenho também deveria ser idêntico.

Continua após a publicidade

Na prova de aceleração, à medida que as rotações avançam, a diferença a favor do álcool torna-se mais evidente. Os tempos são precisamente idênticos para a aceleração de 0 a 60 km/h, mas uma vantagem de 0,5 segundo surge na tomada de 0 a 80 km/h e manifesta-se com maior intensidade na arrancada até 100 km/h, quando a diferença é de 9 décimos – quase 1 segundo.

Já nas retomadas, que espelham mais o torque que a potência, não há qualquer vantagem para o álcool. Ao contrário, algumas são mais rápidas com o uso de gasolina. A velocidade final também foi igualzinha com os dois combustíveis.

Se para o desempenho é indiferente usar álcool ou gasolina, esta última é consumida em menor quantidade, como é de se esperar.

Na média simples entre as medições de consumo esportivo e econômico com os dois combustíveis, chegamos a 31,8 km percorridos com 1 litro de álcool e 39,8 com gasolina. A Fazer 250 Blueflex é cerca de 20% mais econômica com gasolina. Com essa proporção, felizmente, é vantajoso também em termos econômicos usar o combustível de origem vegetal, mais amigável ao ambiente e mais barato na maioria das regiões brasileiras, onde o álcool custa pelo menos 20% menos que a gasolina. A qualidade do ar agradece.

TOCADA

Rápida, ligeira
e urbana. O motor tem respostas fluentes e nenhum sintoma de engasgo em retomadas súbitas.

Continua após a publicidade

★★★★

DIA A DIA

Poucas são melhores: total economia, menos emissões de poluentes, consciência levíssima e correção ambiental.

★★★★

ESTILO

Não mudou, sai apenas na cor prata com os adesivos “Blueflex” nas
alas laterais da rabeta. Poderia ter apelo mais intenso na versão flex.

★★★★

MOTOR E TRANSMISSÃO


O motor flex manteve os mesmos dados
de potência e torque da versão apenas
a gasolina. O câmbio mantém os engates rijos de sempre.

Continua após a publicidade

★★★

SEGURANÇA

Freios bons, assim como a estabilidade. Claro que ABS vai bem, ejáestánahorade
a Yamaha oferecê-lo como opcional.

★★★

MERCADO

Tem ótima reputação na praça e compradores fiéis. Boa de revenda, tem liquidez.

★★★

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

DIA DAS MÃES

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.