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VW Polo GTS: testamos na pista o hatch esportivo de R$ 100.000

Polo com motor 1.4 turbo e ares de versão topo de linha tenta reviver a essência dos GTS do passado

Henrique RodriguezPor Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 17 abr 2020, 13h23 - Publicado em 23 jan 2020, 10h18
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  • Friso vermelho que entra nos faróis full-led é detalhe marcante do GTS (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Acho que eu sei o que você está pensando. Realmente, com suspensão levemente mais baixa e rodas maiores, como no conceito que estava no Salão do Automóvel de 2018, o Polo GTS ficaria mais atraente.

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    Poderia ter ido além, com teto solar. O hatch esportivo parece conservador na versão de produção, mas não foge à proposta dos antepassados.

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    As lanternas de led vêm da Europa: são as mesmas do Polo GTI (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O Passat GTS, lançado em 1983, e seu herdeiro Gol GTS, produzido entre 1987 e 1994, mantinham a mesma altura livre do solo das versões mundanas (14 e 13 cm, respectivamente).

    No Polo, os 14,9 cm de sempre garantem que o para-choque, com moldura preta-brilhante integrando os faróis de neblina como no Polo GTI europeu, não raspará em rampas e valetas das nossas ruas.

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    Cabine tem detalhes vermelhos nas saídas de ar laterais e no console (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Mas, assim como os GTS do passado, a suspensão passou por retrabalho para tornar o Polo mais firme e estável em tocadas, digamos, mais animadas.

    Entram na receita a barra estabilizadora dianteira mais grossa (passou de 20 para 21 mm), o eixo traseiro com perfil diferente, que o torna mais rígido, e as molas e os amortecedores com cargas definidas especificamente para o GTS.

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    Motor 1.4 TSI flex tem mapa de injeção exclusivo para o GTS (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O motor 1.4 TSI não é um AP1800, mas também é um velho conhecido. Flex, gera 150 cv e 25,5 mkgf como nos demais Volks equipados com ele.

    A diferença nesse caso está no mapa do sistema de injeção direta, também feito exclusivamente para o GTS. O Polo GTI 2006, que teve 30 unidades importadas para o Brasil, cujo motor 1.8 20V Turbo tinha os mesmos 150 cv e 22,4 mkgf de torque. O GTI atual tem o 2.0 TSI de 200 cv e câmbio DSG.

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    Motor 1.4 TSI flex tem mapa de injeção exclusivo para o GTS (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O que pode não agradar aos mais puristas é que o câmbio não é manual, mas sim o Aisin automático de seis marchas. É preciso se contentar com as trocas sequenciais na alavanca ou nas borboletas atrás do volante.

    Se serve de alento, o câmbio sabe como se portar, principalmente em modo Sport (o mais instigante entre os Eco, Normal e Individual, que pode ser personalizado pelo motorista), quando permite reduções tão agressivas que levam o motor acima das 5.000 rpm, além das rotações de potência e torque máximos.

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    No centro dos bancos, material tipo couro e acabamento em alto relevo (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Por sinal, a reação é a mesma quando se chama marcha no kickdown. Portanto, é melhor controlar sua mão e seu pé para aproveitar toda a elasticidade do 1.4 turbo.

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    Foram longe demais

    O modo Sport ainda deixa a direção mais pesada e encorpa o ronco de modo sintético. Ele não vem do coletor de admissão nem das saídas de escape cromadas, mas do Soundaktor, um atuador de som instalado na base do para-brisa para fazê-lo ressonar na mesma frequência que o motor, como se ele realmente tivesse algo diferente.

    Engana muito bem até você mudar o modo de condução em plena aceleração e perceber o ronco desaparecendo de imediato. Ou até você reparar que pelo lado de fora o que se escuta é o motor 1.4 TSI de sempre.

    O Soundaktor é instalado na calha do para-brisas e tem a função de fazer a peça vibrar na mesma frequência do motor (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

    Quer ver a tecnologia a seu favor? O quadro de instrumentos digital tem os mesmos grafismos do Polo GTI, e representa um avanço e tanto frente aos GTS do passado.

    Grafismo do quadro de instrumentos é o mesmo do Polo GTI (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O carro de hoje mostra informações inimagináveis décadas atrás. Na central multimídia pode-se acompanhar a temperatura de óleo, a força G suportada por você e pelos pneus nas curvas e até mesmo a potência gerada no motor naquele momento. Outro extra é um cronômetro pronto para registrar seu tempo de volta na pista.

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    Central tem monitor de temperatura de óleo, potência instantânea e força G (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Particularmente preferimos usar nosso V-box para conferir os tempos nos testes em nossa pista. Lá o Polo GTS fez jus ao nome: levou 8,9 s para alcançar os 100 km/h – 1 s mais lento que o GTI de 2006 – e rompeu a barreira dos 1.000 m em 29,8 s a 176,3 km/h (veja teste na pág. 39).

    O Polo GTS é o único com modos de condução (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Para efeito de comparação, o Polo Highline com motor 1.0 TSI de 128 cv precisa de 10,6 s para chegar aos 100 km/h e de 32,1 s para percorrer 1.000 m, chegando lá a 162,1 km/h. Os 22 cv extras foram suficientes para fazer do GTS o Volkswagen nacional mais rápido da atualidade – o que ficou mais fácil após o fim do Golf GTI.

    Éramos felizes e sabíamos

    Os órfãos do Golf têm tudo para ver no Polo uma alternativa ao hatch médio, desde que relevem o fato de que o acabamento não chega aos pés.

    Não há painel emborrachado nem carpete nos porta-objetos, mas há bancos dianteiros esportivos, envolventes e com encosto de cabeça inteiriço (à moda do Up!).

    Faróis full-led com DRL é item exclusivo do Polo GTS (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    As saídas de ar-condicionado têm frisos vermelhos que combinam com as costuras dos bancos, do volante e da alavanca de câmbio. As pedaleiras são de alumínio, enquanto teto e colunas pretos reforçam o ambiente esportivo.

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    Versão Highline tem rodas aro 17 opcionais, mas as do GTS são do Golf GTI (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Só o GTS tem alguns equipamentos que antes eram próprios do Golf. Os faróis full-led têm luzes diurnas integradas (por isso os neblinas estão solitários no para-choque), que também fazem as vezes de seta. São exatamente os mesmos faróis do Polo GTI, que também forneceu as lanternas de led e com elementos internos diferentes.

    Assoalho é mais alto para esconder o subwoofer da grife Beats, opcional (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Arrematam o visual o friso vermelho na grade que continua nos faróis, o para-choque traseiro com colmeia na base e o prolongamento preto do aerofólio. Já as rodas aro 17 são herança dos Golf GTI básicos.

    GTS tem talento para acelerações, mas altura da suspensão não empolga (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O Polo GTS parte dos R$ 99.470. Faz lembrar dos R$ 99.990 pedidos pelo Polo GTI de 2006, mas o GTS de hoje é muito mais barato: atualizado, o preço do compacto esportivo de 14 anos atrás equivale a R$ 221.660 de hoje.

     

     

    Mas ainda é dureza custar quase o mesmo que um Golf antes de sair de linha.

    O que é exclusivo do Polo GTS?

    • Faróis full-led
    • Lanternas de led escurecidas
    • Saídas duplas de escape cromadas
    • Bancos esportivos
    • Maçanetas e retrovisores pretos
    • Start-stop
    • Seletor de modos de condução
    • Pedaleiras de alumínio
    • Soleiras estilizadas
    • Motor 1.4 TSI
    Opcional:
    • Sistema de som Beats com subwoofer e amplificador (R$ 2.400)
    • Pintura metálica (azul biscay, cinza platinum e prata sirius: R$ 1.570)

    Veredicto: O Polo já tinha um bom acerto e agora tem um motor forte e suave que tira vantagem disso. Mas o tempero esportivo poderia ser mais forte.

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    Teste – Volkswagen Polo GTS 1.4 TSI

    Aceleração
    0 a 100 km/h: 8,9 s
    0 a 1.000 m:
    29,8 s – 176,3 km/h
    Velocidade máxima
    207 km/h*
    * Dado de fábrica

    Retomadas (D)
    40 a 80 km/h: 3,8 s
    60 a 100 km/h: 4,7 s
    80 a 120 km/h: 5,9 s

    Frenagens
    60/80/120 km/h – 0 m: 13,8/24/54,4 m

    Consumo
    Urbano: 11 km/l
    Rodoviário: 16,4 km/l

    Ficha técnica – Volkswagen Polo GTS 1.4 TSI

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