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Teste: Renault Sandero ganha câmbio CVT e visual exclusivo para o Brasil

Dependendo do ângulo, não dá para perceber mudanças, mas ele melhorou no que precisava para manter os clientes – e lutar por novos

Por Gabriel Aguiar
Atualizado em 16 Maio 2022, 21h06 - Publicado em 24 jul 2019, 11h00
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  • Sandero CVT
    Lanternas na tampa traseira são funcionais, com luzes de led (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Esse é o novo Renault Sandero, que está de costas na primeira foto porque você dificilmente perceberia as novidades da dianteira – já falarei dela daqui a pouco.

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    Por R$ 46.990 já dá para levar o modelo na versão de entrada Life 1.0, mas para quem não é frotista, melhor já cogitar a partir da Zen (R$ 49.990). Confira aqui os preços de todas as versões, incluindo o sedã Logan e o aventureiro Stepway.

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    Já esse Intense 1.6 CVT que testamos custa R$ 65.490 e é a opção mais próxima que teremos do Megane por aqui.

    Sim, a traseira das fotos é exclusiva do Brasil e foi criada por brasileiros. Essa foi a solução para dar sobrevida ao modelo durante alguns anos, lembrando que a nova geração segue em testes lá fora.

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    Sandero CVT
    Mudanças foram discretas no para-choque e faróis são novos (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O projeto começou em 2015 e deveria chegar às concessionárias dois anos depois. Só que, pelas condições do nosso mercado, a marca decidiu atrasar a reestilização.

    Se nas fotos as lanternas já parecem exageradas, espere só até você encontrar o primeiro carro pelas ruas.

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    Por uma questão de custos, os projetistas tiveram que manter os recortes originais da carroceria – e adaptar um puxadinho na nova tampa traseira.

    Sandero CVT
    Novo volante é a principal mudança da cabine, que agora está mais escura (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    E pensou que seria apenas um enfeite? Que nada! Realmente existe um filete de led funcional ali atrás.

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    Eu não falei da dianteira até agora porque não há muitas surpresas – ao menos para leitores da QUATRO RODAS. Isso porque nosso modelo finalmente recebeu a atualização que já existia em outros países desde 2016.

    Quem for mais observador perceberá que os faróis têm formato invertido próximo à grade do motor e até luzes de condução diurna integradas.

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    Não conseguiu enxergar? Fique tranquilo: é só visitar uma concessionária Renault para comparar a novidade em relação ao Sandero RS, que manteve a mesma frente de antes para não enxugar as economias da empresa.

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    Sandero CVT
    Bancos têm novos materiais de revestimento (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Além disso, toda a linha ganhou opção de câmbio automático CVT, que também inclui nova fantasia (quase) aventureira com altura elevada e alguns plásticos.

    Entre-eixos de 2,59 m é digno de modelos de segmentos mais caros
    Entre-eixos de 2,59 m é digno de modelos de segmentos mais caros (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Se você está meio desconfiado com a promessa de aposentar o pedal da embreagem, posso garantir que agora a Renault acertou – afinal, é a terceira tentativa, após o automático de quatro marchas (em 2011) e o automatizado Easy’R (2015).

    Nada daquela sensação de ligar um liquidificador, típica dos câmbios CVT: graças às seis marchas simuladas, o hatch é bem menos irritante.

    Para quem procura conforto e vida mansa, pouco importam os 12,3s que o Sandero, sempre com o motor 1.6 16V de 118 cv e 16 mkgf, precisou para chegar aos 100 km/h na nossa pista de testes.

    Mesmo assim, bem melhores que os 13,3 s do Toyota Etios 1.5, rival mais próximo em preço e proposta (com um defasado câmbio aposentada do Corolla).

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    Sandero CVT
    Falta velocímetro digital no computador de bordo (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Já o consumo, com médias de 10 km/l na cidade e 13,4 km/l na estrada, só é razoável.

    Pena que os engenheiros da marca tenham se esquecido de atualizar algumas outras pendências do Sandero, como a direção com assistência eletro-hidráulica, pesada para manobras e imprecisa a velocidades mais altas.

    Já a suspensão, emprestada do Stepway, deixa a carroceria rolar nas curvas e basta alguma ondulação no asfalto para balançar como barco.

    Pensando nisso, talvez seja até bom que o motorista não consiga desligar o controle eletrônico de estabilidade, que será oferecido só nas configurações automáticas e na versão RS.

    Sandero CVT
    Agora há cinto de três pontos e apoio de cabeça para todos os ocupantes (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    No começo até pensei que essa babá eletrônica fosse daquelas bem intrometidas, mas bastaram algumas voltas para notar que o hatch tem tendência a sair de frente e traseira razoavelmente solta em trechos sinuosos.

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    Talvez esses problemas passaram despercebidos porque a Renault estava preocupada em consertar outros defeitos: agora dá para acionar todos os vidros pela porta do motorista e a central multimídia tem Android Auto e Apple CarPlay.

    Ótima notícia: todas as versões ganharam airbags laterais, cinto de três pontos e apoios de cabeça para quinto ocupante de série.

    Sandero CVT
    Todos os vidros podem ser acionados pela porta do motorista (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Não há muitas novidades no acabamento, que continua simples como antes, mas agora tem superfície macia onde os cotovelos ficam apoiados.

    Além disso, o volante é igual ao utilizado pelo modelo reestilizado na Europa – e também pelo novo Duster que chegará ao nosso mercado em breve –, enquanto revestimento de colunas e teto são da cor preta.

    Se você pensava em colocar um Sandero na garagem, agora terá motivos de sobra, já que ele manteve o bom espaço interno e ainda melhorou alguns pontos fracos.

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    Caso esteja com o dinheiro contado, não tenha dúvidas: compre o hatch e seja feliz. Claro que há opções mais modernas, como Toyota Yaris e VW Polo, só que elas são bem mais caras.

    Sandero CVT
    Conjunto mecânico é igual a Captur e Duster (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Veredicto

    Com novos itens de segurança, o Sandero é uma das melhores opções para quem busca um automático
    de entrada.

    Sandero CVT
    Porta-malas manteve a mesma capacidade de 320 litros (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Teste

    Aceleração
    0 a 100 km/h: 12,3 s
    0 a 1.000 m:
    34,5 s – 147,1 km/h

    Velocidade máxima
    177 km/h (dado de fábrica)

    Retomada
    D 40 a 80 km/h: 5,3 s
    D 60 a 100 km/h: 7,3 s
    D 80 a 120 km/h: 9,8 s

    Frenagens
    60/80/120 km/h – 0 m: 15/24,6/55,1 m

    Consumo
    Urbano: 10 km/l
    Rodoviário: 13,4 km/l

    Ficha técnica

    Preço: R$ 65.490
    Motor: flex, dianteiro, transversal, 4 cil. em linha, 16V, 1.597 cm3; 118 cv a 5.500 rpm, 16 mkgf a 4.000 rpm
    Câmbio: automático, CVT, 6 marchas simuladas, tração dianteira
    Suspensão: McPherson (dianteira) e eixo de torção (traseira)
    Freios: disco ventilado (dianteiro) e tambor (traseiro)
    Direção: eletro-hidráulica, 10,6 (diâmetro giro)
    Rodas e pneus: liga leve, 205/55 R16
    Dimensões: comprimento, 407 cm; altura, 157 cm; largura, 173 cm; entre–eixos, 259 cm; peso, 1.140 kg; tanque, 50 l; porta-malas, 320 l

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