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Teste: JAC T60 tem porte de Compass a preço de Tracker, mas é suficiente?

Um dos melhores carros vendidos pela marca no país tem bom conjunto para tentar enfrentar SUVs de peso. Mas ainda tem o que melhorar

Por Gabriel Aguiar
Atualizado em 18 jun 2020, 09h51 - Publicado em 18 jun 2020, 07h00
Visual remete ao Nissan Kicks e indica a nova linguagem visual da marca (Divulgação/JAC)

Em situações normais, já não seria fácil entrar na disputada briga dos SUVs.

Mas, neste momento, o principal desafio do JAC T60 não é apenas enfrentar os concorrentes do segmento, mas também a importação da China, a alta do dólar nas últimas semanas e a pandemia do novo coronavírus.

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Só que, afinal, oferecido a R$ 106.990 na configuração mais em conta, ele deve ao menos ser considerado?

Se falta uma pitada de personalidade à carroceria, que lembra (e muito) a do Nissan Kicks, pelo menos há detalhes que transmitem modernidade, como a grade com elementos flutuantes e a adesivagem opcional do teto.

Lanternas traseiras têm iluminação por led e há cromados em diversas partes (Divulgação/JAC)

E, apesar das semelhanças, seu porte é, de fato, bem mais parrudo que o do rival japonês: as medidas são quase iguais às do Jeep Compass, SUV uma categoria acima.

E se você ainda tem preconceito contra carros chineses, recomendo uma visita à cabine do T60. Na unidade que testamos, todas as peças estavam encaixadas perfeitamente e não havia rebarbas.

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Mas não é só pela montagem que o T60 impressiona, já que há revestimento macio até nas portas traseiras e também no painel (algo cada vez mais raro nos rivais), porta-objetos por todos os lados e tomadas USB para a segunda fileira.

Painel digital e revestimento que imita couro são itens opcionais (Divulgação/JAC)

O T60 tem espaço para quatro adultos viajarem com conforto, mas não se deixe enganar pelo túnel central baixo: um quinto passageiro sofrerá para se encaixar, por conta da largura.

Por outro lado, o modelo tem uma lista recheada de equipamentos, com central multimídia de 10,2 polegadas, chave presencial com partida por botão, câmeras 360 graus, freio de estacionamento elétrico com função auto hold e piloto automático.

Quem desembolsar R$ 4.000 a mais poderá levar a versão completa (mostrada aqui), que inclui quadro de instrumentos digital, bancos com revestimento que imita couro, projeção de luzes auxiliares ao abrir as portas e teto solar elétrico.

Bancos são confortáveis e do motorista tem ajustes elétricos (Divulgação/JAC)

Considerando o bom nível de itens de série, é uma pena que a marca não ofereça airbags laterais ou de cortina, já comuns até em veículos mais baratos.

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Apesar da evolução, principalmente quando comparado aos primeiros modelos que vieram da China, o novato ainda divide características negativas com conterrâneos, como o Caoa Chery Tiggo 5X.

Ambos têm central multimídia e quadro de instrumentos com navegação confusa, coluna de direção sem ajuste de profundidade e ar-condicionado sem regulagens graduais de temperatura ou função automática.

Há cintos de três pontos para todos e apoio central embutido (Divulgação/JAC)

Acontece que alguns pontos fracos são perceptíveis apenas no convívio diário. Um exemplo disso é que, na ficha técnica, o motor 1.5 turbo a gasolina rende 168 cv de potência e 21,4 kgfm de torque.

Ou seja, mais que todos os concorrentes diretos. Só que, na pista, seu desempenho foi mediano, com 11,5 segundos na prova de 0 a 100 km/h. No consumo, porém, ele teve boas médias de 12,1 km/l na cidade e 14,8 km/l na estrada.

É claro que o compromisso do SUV é com o conforto e isso fica claro pelo ajuste de suspensão mais macio, que absorve bem imperfeições do solo, ainda que falte aderência nas curvas fechadas, situação em que o T60 tende a sair de frente.

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No porta-malas cabem 650 litros de bagagem (Divulgação/JAC)

Já o câmbio automático CVT é melhor que o conjunto de dupla embreagem do Tiggo 5X, por exemplo, e pior que sistemas convencionais dos rivais Chevrolet Tracker e Volkswagen T-Cross.

No geral, o SUV cumpre bem a proposta de oferecer vida mansa a quem está a bordo, por mais que ainda esbarre em alguns pontos negativos. O principal problema do JAC é o preço próximo dos rivais já consolidados no mercado (e a falta de airbags laterais e de cortina).

Há também a situação da própria marca, que reduziu o tamanho da rede nos últimos anos. É um bom produto, mas ainda não tem musculatura para enfrentar os líderes do segmento.

Motor turbo abre mão do sistema de injeção direta (Divulgação/JAC)

Veredicto

Este talvez seja o melhor SUV já lançado pela JAC no Brasil, mas ainda tem pontos a serem melhorados. Além disso, pesa contra a rede cada vez mais enxuta, atualmente formada por menos de 20 concessionárias no país.

Teste

Aceleração
0 a 100 km/h: 11,5 s
0 a 1.000 m: 27,6 s – 191 km/h
Velocidade máxima: 195 km/h (dado de fábrica)

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Retomada (em D)
40 a 80 km/h: 4,8 s
60 a 100 km/h: 5,9 s
80 a 120 km/h: 8,3 s

Frenagens
60/80/120 km/h – 0 m: 15,5/26,4/59,2 m

Consumo
Urbano: 12,1 km/l
Rodoviário: 14,8 km/l

Ficha técnica

Preço: R$ 110.990
Motor: gasolina, dianteiro, transversal, 4 cilindros em linha, 16V, 1.499 cm3; 168 cv a 5.500 rpm, 21,4 kgfm a 2.000 rpm
Câmbio: automático CVT com 6 marchas virtuais; tração dianteira
Suspensão: McPherson (diant.) e eixo de torção (tras.)
Freios: disco ventilado (diant.) e disco sólido (tras.)
Direção: elétrica
Rodas e pneus: liga leve, 215/50 R17
Dimensões: comprimento, 441 cm; largura, 180 cm; altura, 166 cm; entre-eixos, 162 cm; peso, 1.365 kg; tanque, 50 l; porta–malas, 650 l

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(Arte/Quatro Rodas)
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