Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Primeira picape elétrica do mundo é JAC de R$ 289.900, mas não é para você

JAC iEV330P é uma picape média elétrica com autonomia declarada de 320 km por carga

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 set 2020, 23h39 - Publicado em 22 set 2020, 07h01
  • Seguir materia Seguindo materia
  • JAC iEV330P (2)
    iEV330P tem autonomia declarada de 320 km em ciclo NEDC (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

    A JAC bem ensaiou lançar uma picape média diesel no Brasil e nós até chegamos a dirigí-la em sua fase de testes. Mas a marca percebeu que entrar no segmento dominado por Toyota Hilux, Chevrolet S10 e Ford Ranger com uma picape mais simples e com motor 2.0 turbodiesel muito mais fraco, ainda que com preço de picape média flex, não seria a melhor ideia.

    Então a JAC percebeu que poderia explorar um segmento que ainda não existia lá fora, tampouco no Brasil: o das picapes elétricas.

    Quer ter acesso a todos os conteúdos exclusivos de Quatro Rodas? Clique aqui e assine por apenas R$ 8.90

    Tesla Cibertruck, Rivian R1T e Nikola Badger são algumas picapes elétricas já conhecidas, mas nenhuma delas está pronta e à venda. A JAC iEV330P abriu mão da sofisticação, dos múltiplos, das funcionalidades das futuras rivais famosas e chegou mais rápido. Já está à venda no Brasil por R$ 289.900.

    JAC iEV330P
    Capacidade de carga é de 800 kg (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
    Continua após a publicidade

    O que a fabricante chinesa fez, na prática, foi converter sua picape a diesel em elétrica. A única diferença da JAC iEV330P para a T8 (sua versão a diesel) está na caçamba mais longa à frente do eixo traseiro, o que também implicou em entreeixos 18 cm maior. E tem motivo: seu foco é o trabalho.

    De acordo com a JAC, das 25 unidades vendidas até o momento, apenas duas serão destinadas ao uso particular, em Fernando de Noronha – onde só existirá veículos elétricos a partir de 2022. As outras picapes foram compradas por empresas interessadas em reduzir custos com manutenção e seguro, mas também em reduzir emissões de CO2 para alcançar as próprias metas de sustentabilidade.

    Para elas, o mais importante é evitar a emissão de 10 toneladas de CO2 ao ano, considerando que o veículo rode 40.000 km no período. Isso, na comparação com as picapes médias diesel, que emitem 250 g de CO2 por km rodado, em média.

    JAC iEV330P (4)
    (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)
    Continua após a publicidade

    Tendo interesse ou necessidade, faz sentido pagar R$ 130.000 mais caro (aproximadamente) que em uma picape diesel cabine dupla com pacote equivalente. Mas é bem diferente do conceito de carro elétrico ao qual estamos acostumados.

    O painel até recebeu faixa de material macio ao toque, além de câmbio joystick e quadro de instrumentos digital, mas a central multimídia não se comunica com o sistema elétrico do carro. O próprio quadro digital não é personalizável e exibe poucas informações além da rotação do motor, consumo instantâneo e médio, e a autonomia estimada não está entre elas.

    JAC iEV330P (1)
    Quadro de instrumentos tem tela colorida e mostradores analógicos (Divulgação/JAC)

    O motor elétrico é conectado diretamente ao eixo traseiro e gera 150 cv e 33,7 kgfm. Mas não é fácil usar toda essa força. Com a picape vazia, o indicador de força (mostrador analógico à esquerda do quadro digital) não passou dos 60%. A fabricante diz que a força excedente é liberada quando a picape está carregada – sua capacidade é para 800 kg.

    Continua após a publicidade

    Vazia, a JAC iEV330P pesa 2.200 kg e precisa de 5,1 s para chegar aos 50 km/h. Já a velocidade máxima é limitada a 97 km/h, para preservar a autonomia das baterias de fosfato de ferro-lítio e 67,2 kWh de capacidade. 

    JAC iEV330P (8)
    Sob o capô, onde ficaria o motor, instalaram todos os controladores e inversores do sistema elétrico (Divulgação/JAC)

    A despeito das baterias por si só pesarem 354 kg, o comportamento da iEV330P não é muito diferente da versão diesel. A carroceria ainda chacoalha bastante quando a picape passa por imperfeições e rola em curvas, mas o sistema de regeneração ajuda a diminuir o uso dos freios. Só não é tão ágil quanto.

    Por conta do próprio peso e da limitação na entrega de força, a picape JAC é mais pacata e se torna ainda mais morosa quando com o modo ECO ativado. Ele deixa a resposta do acelerador mais lenta, a regeneração de energia mais intensa e limita a velocidade para prolongar a carga da bateria.

    Continua após a publicidade

    A picape acompanha um carregador de 7,4 kW capaz de elevar a carga dos 20 a 100% em 8 horas. Mas carregadores rápidos, de 40 kW, que geralmente estão instalados em empresas que utilizam veículos elétricos repõem a mesma carga em 1h30. As primeiras entregas da picape serão feitas em janeiro.

    Caminhão elétrico também está à venda

    jac iEV1200T
    (Divulgação/JAC)

    Com a mesma estratégia de oferecer uma alternativa sustentável a empresas, a JAC também oferece o caminhão iEV1200T, com PBT de 7,5 toneladas e 4 toneladas de carga útil. Custa R$ 349.900.

    Seu motor elétrico gera 177 cv e robustos 122,4 kgfm e a bateria de 97 kWh (praticamente a mesma capacidade da usada no Audi e-tron) garante autonomia para 200 km em ciclo NEDC. Contudo, de acordo com a JAC, caminhões urbanos percorrem cerca de 100 km por dia. A recarga de 20 a 100% em carregador de 7,4 kW leva 11 h.

    Continua após a publicidade
    Jac_1200_eletrica_06
    Motor elétrico é conectado na ponta do cardã (Divulgação/JAC)

    De acordo com a JAC, pouco mais de 100 unidades do iEV1200T já estão vendidas no Brasil. Destas, cerca de 50 serão entregues ainda em 2020 e as demais, até fevereiro de 2021.

    O que é inegável é que, a despeito do maior número de componentes eletrônicos, o JAC iEV1200T parece menos complexo que um caminhão diesel convencional. Isso poderia, de alguma forma, estimular sua montagem no Brasil.

    Jac_1200_eletrica_04
    (Divulgação/JAC)

    Questionado sobre isso, o presidente da JAC Motors, Sergio Habib, explicou que o grande complicador dos carros elétricos é a bateria. “Por segurança, é proibido importar baterias por avião e existe limitação de quantidade para transporte em container de navio, o que torna inviável se quiser ter algum volume. Transportar as baterias montadas nos veículos não tem tanto problema pois elas estarão mais seguras”, explica.

    Não pode ir à banca comprar, mas não quer perder os conteúdos exclusivos da Quatro Rodas? Clique aqui e tenha o acesso digital.

    Quatro Rodas 737 60 anos

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.