Longa Duração: Jeep Compass para de queimar óleo, mas perde desempenho
Com nova bateria, a chave presencial parou de falhar. Mas novo teste mostra perda de desempenho e consumo pior com novo mapa de injeção
Um problema que aparenta ter acabado é o do alto consumo de óleo do motor 1.3 GSE Turbo do nosso Jeep Compass Longitude. Anteriormente, nosso carro estava consumindo pelo menos 1 litro do óleo 0W20 original a cada 10.000 km, sendo que o intervalo das revisões é de 12.000 km.
Tentamos reprogramar a injeção em uma parada em concessionária, preocupados com o consumo. Mas a concessionária Jeep recomendou aguardar a segunda revisão do SUV médio, aos 24.000 km.
Foi o que fizemos. Agora, após 5.000 km percorridos desde que a injeção foi reprogramada, o nível do óleo continua próximo do indicador de máximo da vareta. Parece ter dado certo! Mas levamos o Compass para uma nova bateria de testes de desempenho, dado o burburinho sobre seu desempenho após o novo mapa de injeção.
Da nossa parte, percebemos que o motor está mais suave e com menos atraso nas respostas (o turbo lag). Entre os proprietários, porém, a discussão é sobre perda de desempenho.
Tiramos a prova na pista de testes: agora o Compass foi de 0 a 100 km/h em 10,1 s, contra os 9,9 s do teste feito aos 2.000 km. A piora de 0,2 s se repetiu nas retomadas de 40 a 80 km/h (4,5 s) e 80 a 120 km/h (6,8 s).
Só na passagem de 60 a 100 km/h houve uma piora notável: aumentou de 5,7 para 6,3 s. O consumo piorou de 9,6 para 8,4 km/l no regime urbano e de 12,8 para 12,3 km/l no rodoviário.
O ruído em ponto morto se manteve em 42,4 dB, mas aumentou de 65,7 para 67,9 dB em rotação máxima.
Chave presencial parou
Voltamos aos problemas com a chave presencial do Jeep Compass relatados no mês passado. O fotógrafo Renato Pizzuto tentou fazer com que o carro reconhecesse a chave por 20 minutos.
Nessas horas, o segredo é aproximar a chave do botão de partida para haver o reconhecimento do transponder. Culpa da bateria, que acabou. Consultamos o preço da troca da peça em três concessionárias de São Paulo.
Na Jeep Toriba, custaria R$ 50, enquanto a Destaque cobrou R$ 45 e a Autostar, apenas R$ 20. Era mais barato do que na Chaveiro 2000, que cobrou R$ 35.
Para os adeptos do “faça você mesmo”, a dica é que do manual do Jeep Compass consta o passo a passo para a troca da bateria da chave. Compramos a CR2032 da Panasonic por R$ 10 e fizemos a substituição por nossa conta, sem dificuldade.
O problema do SUV não reconhecer a chave acabou imediatamente.
Jeep Compass – 28.929 km
Ficha técnica: | |
Versão: | Longitude 80 anos 1.3 Turbo |
Motor: | 4 cil., diant., transversal, 1.332 cm3, 16V, turbo, injeção direta, 185/180 cv a 5.750 rpm, 27,5 kgfm a 1.750 rpm |
Câmbio: | automático, 6 marchas, tração dianteira |
Seguro: | R$ 1.740 (Perfil Quatro Rodas) |
Revisões: | Até 96.000 km – R$ 5.819 |
Gasto no mês: | Combustível: R$ 1.201 |
Consumo: | No mês: 11 km/l com 29,2% de rodagem na cidade Desde agosto/21: 9,6 km/l com 33,1% de rodagem na cidade |
Combustível: | Flex (gasolina) |