Longa Duração: Volkswagen Virtus passa (seco) por teste de estanqueidade
Após três casos de infiltração, fizemos chover para achar o ponto de invasão da água. Ela se negou a entrar, mas mesmo assim a gente desvendou o mistério
Na edição passada, falamos aqui sobre os resultados da última avaliação do Virtus em nosso campo de provas e também nos comprometemos a fazer um teste molhado para mostrar exatamente o ponto de entrada de água no porta-malas – um mal que acometeu o sedã em três ocasiões.
Conforme prometido, descobrimos por onde a água ganhou o porta-malas. Mas, durante o teste, é preciso dizer: não entrou nem uma gota sequer.
Antes de iniciar o processo de desmontagem para análise das peças na oficina Fukuda Motorcenter, retiramos os acabamentos do porta-malas, deixamos o fotógrafo Alexandre Battibugli dentro, fechamos a tampa e começamos a jogar água com baixa pressão, simulando uma chuva – situação real que levou às três infiltrações.
De lá de dentro, o fotógrafo dizia: “Nada. Não entrou nenhuma gota”. Aumentamos o fluxo e a pressão e, mesmo assim, continuou tudo seco.
Nem com força máxima e com o jato apontado para as frestas da carroceria a água entrou. “Variáveis como temperatura e posição são a única explicação plausível”, disse Yutaka Fukuda.
Experiente, foi ele que fez a descoberta mais importante daquele dia, na face interna da carroceria, na lateral traseira esquerda.
“Há manchas de escorrimento abaixo de um dos furos que fazem o travamento da lanterna na posição correta”, disse.
“Por algum motivo, a arruela de calafetagem deixou de cumprir sua função, causando a primeira entrada de água. Depois disso, é provável que o tira e põe da lanterna nas duas tentativas que a rede fez de sanar a infiltração tenha agravado o problema.
Apesar de não flagrar a invasão da água, conseguimos elucidar por onde isso aconteceu”, disse o editor de Longa Duração, Péricles Malheiros, que idealizou e conduziu o último teste antes do desmonte.
Virtus |
60.391 KM |
Ficha técnica | |
Versão | Highline 200 TSI |
Motor | 3 cilindros, dianteiro, turbo, injeção direta, transversal, 999 cm3, 12V, 128/116 cv a 5.500 rpm, 20,4 mkgf a 2.000 rpm |
Câmbio | automático, 6 marchas, tração dianteira |
Consumo | |
No mês | 11,2 km/l com 26,3% de rodagem na cidade |
Desde JUN/19 |
11,5 km/l com 29,3% de rodagem na cidade |
Combustível | flex (gasolina) |
Gastos no mês | |
Combustível | R$ 405 |
Revisões | |
Até 60.000 km | R$ 2.321 |
Seguro | |
Perfil QUATRO RODAS | R$ 1.436 |