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Dacia Logan

O sedã muda de roupa em 2013, mas conserva o espaço e o baixo preço que fizeram sua imagem

Por Joaquim Oliveira | Divulgação e Diego Souto
Atualizado em 9 nov 2016, 01h24 - Publicado em 9 ago 2013, 00h02
impressoes

Quando foi lançado no Brasil em 2007, o Logan tornou-se logo uma estrela e deu origem a um subsegmento: os hatches baratos de grande porte, com preço e acabamento de Classic mas porte e espaço de Corolla. O sucesso nas lojas trouxe um crescimento sem igual para a Renault (que saltou de 2,82% para 4,4% do mercado nacional), mas foi acompanhado por um gradual aumento da concorrência. Que o digam Crevrolet Cobalt, Nissan Versa e recentemente Toyota Etios. Essa reação das rivais mais a falta de grandes mudanças no meio do caminho (ele sofreu uma leve reestilização em 2010) fizeram suas vendas caírem da média de 3 500 mensais e da 20ª posição do ranking em 2008 para as atuais 2 000 e 44ª posição.

Assim, já dá para imaginar com que ansiedade a rede autorizada aguarda a chegada do novo Logan, que estreia este ano, a partir de outubro. Seu design mudou por inteiro, mas não pense que esta é uma segunda geração. Sob essa carroceria com cheiro de novidade, ele traz a mesma base do carro atual. No resto do mundo, o sedã terá dois nomes, dependendo do país: Dacia Logan ou Renault Symbol, com leves diferenças na dianteira. No Brasil, teremos uma solução mista: a cara do Symbol com o nome Logan. Sorte nossa, pois o desenho que leva o emblema Renault parece mais refinado, com o diamante da marca emoldurado entre o capô e o parachoque, que no geral ganhou um ar mais moderno e menos barato que o sedã atual (os leitores mais atentos poderão ver ao lado que as fotos de exterior são do Renault e as do interior, do Dacia).

No interior, a diferença entre o modelo novo e seu predecessor é mais discreta. Há comandos levemente modernizados e cromados que tornam o painel mais atraente, reduzindo a sensação de acabamento pobre, apesar de continuar com seu jeitão de “low cost”, feito de plásticos duros. Por isso, não deixa de ser curioso o capô com um amortecedor integrado, que ajuda a levantá-lo e mantê-lo aberto, raríssimo no segmento. Houve reforço dos equipamentos de conforto, como um monitor colorido para som e GPS, opcional, além de mais itens de segurança, ao menos na Europa: controle de velocidade de cruzeiro e sensor de ré dependendo da versão, mas sempre com airbags dianteiros e laterais, direção hidráulica e controle de estabilidade (ESP). Para o sedã brasileiro, esperam-se apenas os airbags frontais e ABS, graças à lei que obriga a presença desses equipamentos nos automóveis fabricados em 2014.

Na cabine há vários espaços para guardar pequenos objetos e a oferta de espaço é ótima, principalmente em largura e altura atrás, já que ele mantém o mesmo entre-eixos do Logan anterior. Com seus enormes 510 litros, o porta-malas é praticamente o mesmo, maior do que a maioria dos sedãs médios, e pode ser ainda ampliado por meio do rebatimento em partes assimétricas dos encostos.

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Proliferam comandos (como botões dos vidros elétricos, comando-satélite do som etc.) e outros tipos de peças que vimos em vários Renault dos anos 90. Outros anacronismos são o volante, em posição um pouco horizontal, como em alguns Clio e Mégane do passado, que permite só ajuste de altura, e os botões dos vidros mantidos na parte central inferior do painel, menos prático que nas portas, este sim o padrão do mercado. Também desagrada a regulagem da altura do banco do motorista, que só sobe se aliviarmos o peso para que a pressão do corpo não impeça o movimento de subida do assento.

Já a direção é imprecisa e pesada em balizas, mesmo sendo bastante desmultiplicada (3,3 voltas). O câmbio manual de cinco marchas tem a imprecisão e o ruído como suas principais marcas, e a suspensão está mais voltada ao conforto que à estabilidade em curvas. Os engenheiros dizem que a regulagem ficou mais seca nesta versão, mas não deixamos de sentir a frente do carro oscilar em curvas e frenagens.

Uma das peças mais sofisticadas do sedã avaliado na Espanha é o motor: três cilindros, turbo, 900 cm3, e 90 cv, que infelizmente não será vendido aqui. No Brasil, o Logan continuará com o 1.0 de 77/76 cv e o 1.6 de 106/98 cv que já equipam os modelos atuais. O que também não deve mudar é o preço, a partir de 27 500 reais. E não poderia ser diferente, já que este é um dos grandes valores do Logan brasileiro.

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VEREDICTO

O novo Logan continua sendo o sedã espaçoso de acabamento pobre de sempre, porém o design o deixou mais bonito e moderno, além de diminuir aquele ar de carro barato.

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