BYD Song Plus muda de novo na linha 2026 e fica mais ‘premium’
Com vocação familiar e urbana, Song Plus chega à linha 2026 mantendo o mesmo visual da versão mais cara, Premium, e com mais equipamentos

O BYD Song Plus é o modelo eletrificado mais vendido do Brasil segundo a ABVE, Associação Brasileira do Veículo Elétrico, com mais de 25.000 unidades comercializadas desde o seu lançamento, em novembro de 2022, até maio de 2025. Um dos fatores que explicam o sucesso são os preços promocionais. O SUV híbrido chegou a ter desconto de R$ 25.000 na linha 2025, partindo de R$ 219.800, praticamente o mesmo preço que um Toyota Corolla Cross Hybrid, que é menor e é um híbrido pleno.
Na linha 2026, porém, o SUV ficou R$ 5.000 mais caro em relação ao preço de tabela e teve mudanças visuais e de conteúdo que justificam o aumento.
Agora, o visual do Song Plus ficou idêntico ao do Song Plus Premium, modelo topo da linha. Ele perde a grade tradicional, ganhando uma nova formada por linhas horizontais. Há também novos faróis afilados e duas entradas de ar maiores e com linhas semelhantes às da grade. A traseira também está mudada. As lanternas ganharam um novo formato, e a barra iluminada é totalmente plana, perdendo a elevação que abrigava o nome da marca por extenso “Build Your Dreams”. Ela foi substituída pelas iniciais “BYD”, posicionadas acima do conjunto óptico.

Outra alteração está nos equipamentos. O Song Plus passa a ter o mesmo conteúdo do Premium. Ou seja, traz head-up display e sistema de som Infinity com dez alto-falantes. A central multimídia ainda é de 15,3” giratória (na linha 2024 ela era menor, de 12,3”), mas recebe um sistema operacional novo, que funciona como um videogame.
No mais, o Song Plus mantém sua lista de equipamentos que já era bem completa, contemplando faróis full-led, teto solar, quadro de instrumentos de 12,3”, bancos em material sintético, com ajustes elétricos e ventilação nos dianteiros, ar-condicionado digital bizona, detector de ponto cego, câmera 360o, piloto automático adaptativo, frenagem automática de emergência e assistente de permanência em faixa.

A qualidade do acabamento é digna de elogios graças à quantidade de superfícies emborrachadas e uma combinação atraente de brilhos, cores, texturas e materiais. Outra mudança se concentra no console central, que ganhou nova disposição com direito a dois carregadores por indução e uma manopla de câmbio menor e mais estilosa.
O Song Plus é híbrido plug-in. Ou seja, combina um motor a combustão a um elétrico, mas esse elétrico é alimentado por uma bateria com capacidade de 18,3 kWh recarregável na tomada. Porém, não há a opção de recarga rápida (DC), enquanto o concorrente GWM Haval H6 oferece essa possibilidade. A autonomia elétrica foi mantida em 68 km.
Outro dado sem alteração é o da potência combinada: 235 cv. Porém, os motores sofreram mudanças, em especial o 1.5 aspirado para atender as exigências da nova fase do programa de emissões, Proconve L8. Ele rendia 105 cv e agora oferece 98 cv, enquanto o elétrico aumentou a potência de 194 cv para 197 cv.


Comportamento dinâmico
Levamos o SUV atualizado para um tira-teima em nossa pista de testes e o tempo de 0 a 100 km/h foi tecnicamente o mesmo obtido pelo modelo anterior: 8,7 segundos, ao passo que o antigo fez 8,8 segundos. Ambos mais lentos que o rival H6 PHEV19, que tem 326 cv e acelerou em 7,2 segundos.
Se a alteração nos motores não fez diferença no desempenho, contribuiu para o consumo urbano. O Song Plus 2026 fez 19,6 km/l na cidade e 16,1 km/l na estrada, já seu antecessor conseguiu, respectivamente, 18,1 km/l e 16,1 km/l.

Há um excelente isolamento acústico e o comportamento da suspensão privilegia o conforto. O SUV, que traz estruturas McPherson, na dianteira, e multilink, na traseira, é confortável até demais, porque, quando passa por pisos irregulares, o balanço da carroceria é sentido a bordo, sobretudo pelos ocupantes traseiros. Com o mesmo propósito de oferecer conforto, a direção também é leve e pouco responsiva, desautorizando um tipo de condução mais esportivo, embora os motores convidem a isso.
O BYD Song Plus 2026 custa R$ 249.990. Ficou mais caro que o rival, o Haval PHEV19, que sai por R$ 245.000. Porém, a BYD ainda oferece a versão de entrada, a Pro, que custa R$ 194.800, mas é menos potente e tem alcance elétrico menor. E não será surpresa se o preço baixar, em promoção.
Teste – BYD Song Plus 2026
Aceleração
0 a 100 km/h: 8,7 s
0 a 1.000 m: 30,7 s / 171,8 km/h
Retomadas
D 40 a 80 km/h: 5,8 s
D 60 a 100 km/h: 4,7 s
D 80 a 120 km/h: 6,3 s
Frenagens
60/80/120 km/h a 0: 14,5/26,4/68,6 m
Consumo
Urbano: 19,6 km/l
Rodoviário: 16,1 km/l
Ruído interno
Neutro/RPM máx. : – dBA
80/120 km/h: 60,9/72,1 dBA
Velocidade real a 100 km/h: 101 km/h
Rotação do motor a 100 km/h: –
Volante: 3 voltas
Ficha técnica – BYD Song Plus 2026
- Preço: R$ 239.800
- Motor combustão: gasolina, dianteiro, transversal, 4 cilindros, 16V, 1.497 cm³, 98 cv, 13,8 kgfm;
- Motor elétrico: dianteiro, 197 cv, 33,1 kgfm – 235 cv combinados
- Câmbio: CVT, tração dianteira
- Bateria: 18,3 kWh com recarga AC a 6,6 kWh
- Suspensão: McPherson (diant.)/ multilink (tras.)
- Freios: disco ventilado (dianteira) e disco sólido (traseira)
- Direção: elétrica
- Rodas e pneus: liga leve, 235/50 R19
- Dimensões: comprimento, 470,5 cm; largura, 189 cm; altura, 168 cm; entre-eixos, 276,5 cm; tanque, 52 l; peso, 1.790 kg; porta-malas, 574 l