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Brabus CLS

A preparadora alemã estreia no Brasil com seus Mercedes envenenados

Por Joaquim Oliveira
Atualizado em 8 nov 2016, 21h52 - Publicado em 30 jun 2014, 23h27
impressoes

Você adora Mercedes-Benz, mas acha que os modelos tradicionais são meio fracos. A saída, então, é partir para osAMG. Com o tempo, porém, você tem a impressão de que os carros já não são tão potentes assim e ainda se tornaram figurinhas fáceis na paisagem urbana. Seu próximo passo é um só: um Brabus. Se esse for seu caso, pode comemorar. Em abril começaram a ser vendidos no Brasil os esportivos da preparadora alemã que desde 1977 envenena os carros da montadora de Stuttgart – enquanto os AMG são apimentados por uma divisão da própria Mercedes, a Brabus é uma empresa independente.

Importada pelo grupo Strasse, que abriu a primeira loja em São Paulo, a nova gama contará no início com três modelos: o C 18 de 182 cv a R$ 149000, o C 20 de 224 cv por R$ 175000 (ambos baseados no Classe C) e o topo de linha CLS 63, com potência que começa em 620 cv e um preço a partir de US$ 310 000 no país.

Para saber o que muda na personalidade de um Mercedes AMG ao se converter num Brabus, é preciso fazer uma parada em Dubai para um test-drive num B63 620, outro nome adotado no exterior para o CLS da Brabus. Sob o forte sol do deserto, a pintura branca ressalta o spoiler dianteiro com luzes diurnas de leds, as saídas de ar para resfriar o motor no para-lama dianteiro (ambas de fibra de carbono) e as rodas de titânio de 20 polegadas. São os primeiros sinais mais evidentes de que esse CLS é diferente dos demais. Neste carro, a estrela na grade é a da Mercedes, mas ela pode trazer um enorme B, uma versão ampliada do logotipo que vem no capô ou na tampa do porta-malas.

O interior também foi retrabalhado buscando o mesmo nível de exclusividade. Aqui encontramos batentes das portas com o nome Brabus iluminado e um novo revestimento de couro e Alcantara, com mais qualidade e maior variedade de cores. É bom lembrar que o nível de sofisticação e personalização depende sempre do gosto e do bolso do cliente. Um olhar mais atento vai mostrar a assinatura Brabus em vários pontos da cabine: nas pedaleiras de alumínio, no volante, na alavanca de câmbio, no quadro de instrumentos e nas borboletas atrás do volante, de dimensões avantajadas como vemos nos carros da Fórmula 1. Afinal, quem viaja no banco do motorista deste sedã está mais para um piloto amador que para um executivo voltando do trabalho.

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Se as doses de potência nos MercedesAMG sempre foram cavalares, a Brabus elevou-a para níveis industriais: o V8 biturbo de 5,5 litros saltou dos 557 cv originais para 620 cv, resultado de um cuidadoso remapeamento da central eletrônica e do aumento de pressão dos turbo. Com isso, o torque crsceu de 91,8 mkgf para 102 mkgf, disponível numa rotação mais ampla, entre 2 250 e 3 750 rpm.

O efeito dessa alteração pode ser sentida e ouvida nas longas retas que cortam o deserto de Dubai. Qualquer pressão mais rápida no acelerador transforma-se num imediato salto à frente. Pise até o fundo de uma vez e sentirá o corpo colar no banco. O ponteiro correrá até o fim do conta-giros e voltará furiosamente várias vezes, resultado do câmbio automatizado de dupla embreagem e sete marchas trabalhando enlouquecidamente. Pressione um botão e uma válvula no escapamento vai se abrir para transformar o grave ronco do V8 num estridente grito que chama a atenção dos outros motoristas, que, mesmo acima dos 100 km/h, são ultrapassados como se estivessem parados. As respostas do motor são tão nervosas que fazem parecer que o sedã tem mais de 620 cv. Não é à toa que seus números de fábrica são intimidadores: 0 a 100 km/h em 4,2 segundos e velocidade máxima de 320 km/h.

Se o CLS 63 AMG de série já tem uma suspensão que não perdoa muito as irregularidades do piso, no Brabus a situação é mais extrema. Com uma calibragem mais dura de molas a amortecedores, a suspensão sente com uma precisão cirúrgica qualquer leve fissura do asfalto. Em compensação, permite entrar nas curvas em alta velocidade quase sem inclinação da carroceria, apesar dos seus 5 metros de comprimento.

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Se todo esse aparato ainda não for do agrado do cliente, não faz mal: os engenheiros da Brabus acabam de apresentar na Alemanha uma versão do sedã com 850 cv e tração integral, que também pode ser encomendado no Brasil. Futuramente, a importadora deve oferecer no país outros modelos preparados baseados nos Classe E, ML e G.

Vale lembrar que as alterações não invalidam a garantia Mercedes-Benz e que, por isso, toda a manutenção deve ser realizada seguindo o manual do proprietário original. E, além de vender carros novos, a importadora faz a conversão de qualquer Mercedes com até um ano de uso. Nesse caso, após a execução do serviço, a garantia passa a ser da Brabus. A partir de 2015, a empresa promete desembarcar em outras capitais brasileiras, como Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Salvador. Ou seja, não vai faltar opção para os apaixonados por Mercedes que acham que os AMG deixaram de ter a aura de exclusividade do passado.

VEREDICTO

É o carro para quem gosta do estilo e luxo da Mercedes, mas não quer correr o risco de ver o vizinho com um modelo igual na garagem.

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