Nós já havíamos antecipado o lançamento do BMW mais potente da história. Mas agora ele é real e nós já pudemos experimentar as brutas reações do motor V8 de 635 cv ao volante do novo BMW M5 CS.
Clique aqui e assine Quatro Rodas por apenas R$ 7,90
A sigla CS vem de “Competition Sport” e é usada em modelos com peso aliviado e ainda mais potentes que os M tradicionais. O sedã é feito sobre a base da versão Competition, que já tem saudáveis 620 cv do mesmo propulsor 4.4. O sedã esportivo teve o peso aliviado em cerca de 70 kg.
O V8 4.4 biturbo rende impressionantes 76,48 kgfm de torque máximo, que estão disponíveis sob o pé direito do motorista a um regime de rotações mais amplo (entre as 1.850 a 5.950 rpm).
A tampa do capô, específica M Power, é feita em fibra de carbono, esconde os dois turbocompressores que foram otimizados e também as melhorias introduzidas na lubrificação e no arrefecimento.
A pressão máxima de injeção é de 350 bar, o que ajuda a conseguir tempos de injeção mais curtos e melhor aspersão do combustível, para uma resposta mais rápida do motor, bem como uma preparação de mistura mais eficiente.
O sistema de lubrificação usa uma bomba variável e foi projetado para utilização extrema em pista, onde pode lidar com níveis especialmente elevados de aceleração longitudinal e transversal.
3 s de 0 a 100 km/h e 305 km/h
A resposta do motor pode variar de acordo com o modo de dirigir selecionado, desde o mais calmo, Efficient, até aos mais agressivos, Sport e Sport+, com os quais será mais fácil alcançar desempenho fora de série, como as anunciadas pelo fabricante alemão: 3 segundos de 0 a 100 km/h (3 décimos mais rápido do que o M5 Competition), 10,4 s até aos 200 km/h (menos 0,4 s do que a mesma referência) e uma velocidade máxima de 305 km/h (ainda assim, eletronicamente limitada).
O BMW M5 CS está equipado com os coxins do motor do M5 de competição, que são mais rígidos do que os utilizados no M5 de rua. O objetivo é tornar a resposta do propulsor ainda mais rápida também na percepção dos ocupantes.
Existe um sistema de amplificação do som, com uma válvula de ramificação dupla. O som exterior é muito mais forte, cobre uma gama mais ampla e tem um caráter mais emocionante, mas variando também de acordo com o modo de dirigir selecionado. Se o motorista quiser diminuir apenas o nível de decibéis pode fazê-lo por meio da central multimídia, o que pode ser útil em situações em que o M5 CS esteja passando por regiões residenciais, por exemplo.
Chassi mais rígido e pneus de corrida
A base do chassi do M5 Competition já dispõe de uma versão mais rígida do que o M5 “normal”, por conta das modificações feitas nas molas, suspensão e barras estabilizadoras. No CS, porém, tem diminuição da altura do solo em sete milímetros e amortecedores desenvolvidos para o M8 Gran Coupé – que tem 625 cv, diga-se.
Além de melhorarem o conforto em altas velocidades, estes amortecedores também reduzem a flutuação de carga das rodas, útil quando se conduz perto dos limites.
Os pneus de série são os Pirelli P Zero Corsa de competição, 275/35 R20 à frente e 285/35 R20 atrás, montados em rodas M forjadas, com raios em Y e acabamento em bronze dourado. Os freios de série são cerâmicos (permitindo uma redução de peso de 23 kg em relação ao M5 Competition).
De motorista a piloto
Porque este é um esportivo versátil, que pode ser usado tanto nas ruas como em pista, quem se senta ao volante pode ser mais motorista ou piloto. Tudo vai depender da escolha entre os modos Road, Sport ou Track por meio do botão M.
Ao selecionar o Sport, tanto a tela da central de 12,3” como o head-up display passam a apresentar informação própria para uma condução mais esportiva, como o conta-giros M, indicações de troca de marchas, velocímetro digital, pressão do turbo, entre outros.
Também é possível variar a distribuição de potência entre as rodas dianteiras e traseiras, podendo mesmo passar a tração apenas traseira, para mais “liberdade de movimentos” em circuito (especialmente se o controle de estabilidade também for colocado no seu modo mais “permissivo”).
O caráter mais agressivo do CS também se manifesta em termos design. Há vários elementos da carroceria em plástico reforçado com fibra de carbono (CFRP) e outros em fibra de carbono exposta. A grade tem acabamento em bronze dourado, a mesma cor usada nos logótipos “M5 CS”.
O capô é todo feito em fibra de carbono, assim como as tampas dos retrovisores exteriores (“cedidos” pelo M8), o spoiler e difusor traseiros.
Já no interior chamam a atenção os quatro bancos individuais, sendo os dianteiros feitos em carbono e logotipos iluminados M5 e com revestimento de couro Merino e costuras em vermelho. Eles são aquecidos e eletricamente ajustáveis em altura, extensão da almofada do assento e ângulo do encosto, enquanto a largura do encosto pode ser alterada pneumaticamente.
O aro do volante M é envolto em Alcantara e a alavanca do câmbio é feita em fibra de carbono. Nada mal para o carro mais potente da história da BMW.
Não pode ir à banca comprar, mas não quer perder os conteúdos exclusivos da Quatro Rodas? Clique aqui e tenha o acesso digital.