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Renault promete: Kwid será o carro elétrico mais barato do Brasil em 2022

Elétrico de entrada será importado da China e pretende popularizar a eletrificação no Brasil; CEO da Renault disse estudar a produção local de híbridos

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 11 nov 2021, 17h23 - Publicado em 11 nov 2021, 16h28

A experiência com Kangoo EV, Twizy e Zoe rodando no Brasil há alguns anos parece ter encorajado a Renault a dar mais um passo na comercialização de carros elétricos no Brasil.

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O CEO da Renault, Luca de Meo veio ao Brasil para anunciar que, o Renault Kwid elétrico será vendido no Brasil a partir de meados de 2022. O compacto será importado da China e tem tudo para disputar o posto de carro elétrico mais barato do Brasil com o JAC e-JS1, que custa R$ 149.990.

“A intenção é justamente essa. Ainda será um produto caro para boa parte dos brasileiros, mas também será a oportunidade de muitos terem contato com carros elétricos. Também será importante para empresas que buscam reduzir suas emissões como um todo”, explicou Luca de Meo. “Só não deixe que nossos concorrentes descubram isso”, completou.

A Renault aproveitará o lançamento do Kwid 2022 na virada do ano para preparar o terreno para a chegada da versão elétrica. QUATRO RODAS apurou, porém, que algumas unidades do Dacia Spring, o Kwid elétrico destinado à Europa, já estão no Brasil para testes.

A reestilização do Kwid (assim como a atualização da Oroch) faz parte de um ciclo de investimentos que acaba em meados de 2022. De acordo com Luca de Meo, o próximo ciclo de investimentos e novos produtos já está em discussão.

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Dacia Bigster
Dacia Bigster (Divulgação/Renault)

O que o executivo adiantou é que serão carros globais. A discussão é justamente para definição sobre a produção local deles.

O plano global da Renault prevê carros mais caros, para segmentos B+ e C. “Não faremos distinção entre países de primeiro e segundo escalão. O preço dos Renault aumentarão, mas isso é uma estratégia global”, disse.

De acordo com o CEO global da Renault, a nova plataforma do segmento B é muito versátil em termos de dimensões e tecnologia. Esta plataforma seria a B0+, base do Bigster, um SUV de sete lugares maior que Duster e Captur, e que seria um dos carros cotados para produção no Brasil, assim como um SUV compacto inédito.

Renault HJF SUV compacto brasil
Renault HJF será SUV compacto exclusivo para a América do Sul (Renato Aspromonte/Quatro Rodas)

Contudo, também confirmou a estreia de carros híbridos no Brasil para os próximos anos. “A Renault está muito, muito bem posicionada no mercado de híbridos, por também ter carros plug-in e híbridos leves”, conta. “Vamos ver se seremos capazes de fabricar híbridos no Brasil ou decidir se importaremos estas versões”, completou.

Não por acaso, está confirmado para a Europa um Bigster híbrico, com motor 1.0 turbo a gasolina.

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De acordo com Luca de Meo, a Renault não vai abandonar os carros de entrada. Contudo, o segmento tende a ser ocupado pelo Kwid. O executivo sinalizou que e o ciclo de vida de Sandero e Logan acaba em dois anos. A produção local das respectivas novas gerações, porém, já foi descartada internamente.

Como é o Renault Kwid elétrico?

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O espaço para bagagens é de 300 litros (Divulgação/Renault)

Você pode chamá-lo por dois nomes. Existe o Renault City K-ZE, que é o carro vendido na China, e o Dacia Spring, com todas as evoluções técnicas necessárias para ser vendido na Europa. QUATRO RODAS já teve a oportunidade de dirigir os dois no exterior.

Fabricados pela joint venture Dongfeng-Renault, os dois modelos preservam as formas do compacto original e usam conjunto pequeno de motor e bateria para se tornarem mais baratos.

Dacia Spring
(Divulgação/Renault)

O motor elétrico tem 44 cv, distante dos 70 cv do Kwid nacional com etanol. O conjunto elétrico, porém, naturalmente se destaca quando o assunto é torque: 12,75 mkgf entregues de forma instantânea, enquanto nosso Kwid alcança, no máximo, 9,8 mkgf a 4.250 rpm. A potência pode, inclusive, ser reduzida a 31 cv com o modo Eco.

interior city k-ze
(Divulgação/Renault)

A bateria de íons de lítio (com capacidade líquida de 27,4 kWh e garantia de oito anos ou 120.000 km) pesa 186 kg (quase 20% do peso do veículo). Com isso, ajuda a baixar o centro de gravidade e a tornar quase equitativa a repartição de massas pelos dois eixos (53% na frente e 47% atrás). Ela não rouba espaço do porta-malas, que tem 290 litros.

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DACIA_SPRING_124
Uma carga é suficiente para rodar 230 km, no ciclo WLTP (Dacia/Divulgação)

Dotado de um conector para recarga rápida, o Kwid elétrico precisa de 30 minutos para ir de 30 a 80% de carga da bateria em um carregador de 50 kW.

Porta-malas Dacia Spring
As baterias sob o banco mantiveram o porta-malas (Dacia/Divulgação)

A autonomia prometida é de 230 km, em ciclo misto WLTP (condições reais), podendo chegar aos 305 km em ciclo urbano. A velocidade máxima, porém, é de 105 km/h. Para chegar a 100 km/h são quase 20 segundos. E o pequeno hatch precisa de 40 segundos para fechar o primeiro quilômetro, partindo da imobilidade.

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Com 12,7 kgfm de torque e 1.045 kg de peso, o Spring vai de 0 a 50 km/h em 5,8 s e atinge 125 km/h de velocidade máxima (Dacia/Divulgação)

O peso superior a 1 tonelada (1.045 kg) é alto. Como comparação, o Kwid brasileiro pesa entre 758 e 806 kg, dependendo da versão. Mas elétricos são assim. O Zoe pesa 1.786 kg.

Dacia Spring carregador
A tomada fica na dianteira (Dacia/Divulgação)

Na Europa, os preços do Dacia Spring partem de 16.800 euros (cerca de R$ 106.000), sem levar em conta incentivos oferecidos por algumas nações, que podem reduzir esse preço para cerca de 10.000 euros em alguns países. Como comparação, o Renault Zoe, elétrico mais vendido no continente, custa a partir de 32.500 euros (perto de R$ 210.000), também sem incentivos.

 

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