Concessionários Citroën poderão dormir mais tranquilos e com a sensação de que dias melhores virão. Se hoje têm apenas dois carros para vender, o C4 Cactus (lançado há 3 anos) e o furgão Jumpy (lançado há 4 anos), até 2024 eles terão três carros novinhos para vender.
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A confirmação foi feita durante a apresentação mundial da nova geração do Citroën C3, nesta manhã. O compacto, que agora terá todo um jeitão de SUV, é o primeiro carro da nova família, batizada de C-Cubed.
De acordo com a Citroën, será “uma família de três veículos destinados ao mercado internacional, desenvolvidos e fabricados na América do Sul”. Eles serão lançados nos próximos três anos, sendo um carro por ano. Por sinal, o novo C3 2023 entrará em pré-venda em janeiro, com as primeiras entregas previstas para março de 2022.
Há muita coisa ainda no campo das promessas. De acordo com o CEO da Citroën, Vincent Cobée, serão “modelos pensados, desenvolvidos e produzidos em regiões estratégicas, com a identidade da Citroën em termos de estilo e serenidade a bordo.” Pelo não serão carros que chegarão ao Brasil apenas quando já estiverem no fim de sua vida na Europa.
Sobre o desenvolvimento dos carros C-Cubed, quer dizer que os carros estão sendo criados junto às equipes locais de cara região, inclusive quanto ao estilo do carro, para que seja feito sob medida. O próprio C3 de nova geração terá posicionamento e estratégia de mercado diferente daquele que chegará ao mercado indiano no final de 2021.
De acordo com a Citroën, esta nova família de três veículos seguem três pilares essenciais: proposta e preço competitivos, estilo forte e a experiência Citroën, que tem a ver com o bem-estar a bordo. Estes dois últimos itens vêm da tradição da marca, que sempre se destacou pelo rodar suave da suspensão hidropneumática e pela ousadia no design.
Por trás das palavras bonitas está uma clara intenção de a Stellantis garantir alguma economia em escala. É por isso que a empresa já trabalha para que os motores 1.0 e 1.3 Firefly, e também o 1.0 GSE Turbo (que estreará no Pulse), que são fabricados no Brasil, também estejam presentes nestes novos carros da Citroën.
Outra coisa estratégica para a Citroën será o custo total de compra e manutenção. Nisso, estar mais próximo dos custos de reparação dos Fiat do que dos Peugeot, por exemplo, é fundamental.
Quais serão esses três carros?
Esta família de modelos C-Cubed ainda pode dar origem a um carro maior, um SUV de fato, para substituir o Aircross (já fora de linha) e o C4 Cactus (que foi lançado tarde no Brasil, há exatamente três anos) ao mesmo tempo.
O terceiro carro da família seria um sedã compacto. A questão é: há espaço para um sedã compacto Citroën no Brasil? É um segmento que a Citroën nunca explorou no Brasil, ao contrário da Peugeot e seu 207 Passion. Mas, se for um carro com dimensões semelhantes com as do Citroën C3L vendido na China, dá para considerar.
A despeito da altura livre do solo e das molduras plásticas nas caixas de roda, o carro aparenta ser espaçoso. Tem 4,50 m de comprimento, 1,75 m de largura, 1,51 m de altura e invejáveis 2,65 m de entre-eixos, mesma medida de um Volkswagen Virtus. O porta-malas supera fácil os 521 l do VW: tem 625 litros de capacidade. É significativamente maior que um Fiat Cronos, por exemplo.
Quanto ao posicionamento do SUV, ainda há um grande mistério em relação ao posicionamento frente ao atual C4 Cactus, mas poderá ficar acima Peugeot 2008 em preços.
A partir do Brasil e da Argentina, os compactos C-Cubed também será enviada ao Chile, Colômbia, Uruguai, Peru e Equador.